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Facebook muda política de pesquisas com usuários

Empresa está "comprometida em fazer pesquisas para tornar o Facebook melhor", mas quer que isso aconteça "da maneira mais responsável possível", disse diretor

Facebook: equipe de pesquisa foi criticada após ter assumidamente feito experiências no feed de usuários (Karen Bleier/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2014 às 06h46.

São Paulo - O Facebook anunciou estar estabelecendo diretrizes a serem seguidas pela equipe de pesquisas da rede social.

O diretor de tecnologia Mike Schroepfer disse em um post que a empresa ainda está "comprometida em fazer pesquisas para tornar o Facebook melhor", mas que querem que isso aconteça "da maneira mais responsável possível".

As declarações públicas de Schroepfer demonstram um posicionamento da empresa em relação às críticas sofridas pela equipe de pesquisa após terem assumidamente feito experiências no feed de notícias de mais de 689 mil usuários em 2012.

O estudo, publicado em junho deste ano na publicação científica americana PNAS, visava testar se a visualização de posts positivos de amigos deixava mesmo usuários mais tristes.

A pesquisa do Facebook concluiu de forma contrária, que posts positivos geravam positividade entre os usuários.

Na época, a empresa foi vastamente criticada e se tornou alvo de uma reclamação formal da organização pró-privacidade Electronic Privacy Information Center, via Comissão Federal de Comércio (FTC).

Os maiores problemas apontados foram o fato de que o uso de informações de usuários para pesquisas pela rede ou para terceiros não estar previsto nos termos de uso e privacidade da rede na época (posteriormente a palavra "pesquisa" foi incluída), e a ausência de aviso prévio aos usuários alvos do experimento.

Comentando a pesquisa, o diretor diz que o Facebook não esperava a reação negativa sobre o trabalho.

"Está claro agora que há coisas que nós deveríamos ter feito de forma diferente", diz.

"Deveríamos ter considerado outros modos não-experimentais de fazer esta pesquisa", afirmou Schroepfer.

"A pesquisa teria se beneficiado também se tivesse sido revista por um grupo ainda maior de pessoas. Por último, ao publicar o estudo, falhamos ao comunicar de forma clara o que fizemos."

Segundo o executivo, nos últimos três meses a empresa analisou formas de melhor conduzir suas pesquisas, que agora terão um portal centralizando seus resultados.

Os conceitos que devem nortear a nova política de pesquisas foram apresentados divididos em: •

Diretrizes - as propostas de pesquisas sobre grupos específicos serão analisadas antes de começarem; o rigor aumenta se houver parceria na pesquisa com instituições acadêmicas; •

Revisão - tendo as diretrizes iniciais como base, um grupo de pesquisadores revisará o desenvolvimento da pesquisa -, treinamento; •

Treinamento - o Facebook promete criar um programa de treinamento dos especialistas da área de pesquisa, com foco inclusive em privacidade e segurança;

O Facebook incluiu em seus termos a possibilidade de usar dados da rede social em pesquisas.

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São Paulo - O Facebook anunciou estar estabelecendo diretrizes a serem seguidas pela equipe de pesquisas da rede social.

O diretor de tecnologia Mike Schroepfer disse em um post que a empresa ainda está "comprometida em fazer pesquisas para tornar o Facebook melhor", mas que querem que isso aconteça "da maneira mais responsável possível".

As declarações públicas de Schroepfer demonstram um posicionamento da empresa em relação às críticas sofridas pela equipe de pesquisa após terem assumidamente feito experiências no feed de notícias de mais de 689 mil usuários em 2012.

O estudo, publicado em junho deste ano na publicação científica americana PNAS, visava testar se a visualização de posts positivos de amigos deixava mesmo usuários mais tristes.

A pesquisa do Facebook concluiu de forma contrária, que posts positivos geravam positividade entre os usuários.

Na época, a empresa foi vastamente criticada e se tornou alvo de uma reclamação formal da organização pró-privacidade Electronic Privacy Information Center, via Comissão Federal de Comércio (FTC).

Os maiores problemas apontados foram o fato de que o uso de informações de usuários para pesquisas pela rede ou para terceiros não estar previsto nos termos de uso e privacidade da rede na época (posteriormente a palavra "pesquisa" foi incluída), e a ausência de aviso prévio aos usuários alvos do experimento.

Comentando a pesquisa, o diretor diz que o Facebook não esperava a reação negativa sobre o trabalho.

"Está claro agora que há coisas que nós deveríamos ter feito de forma diferente", diz.

"Deveríamos ter considerado outros modos não-experimentais de fazer esta pesquisa", afirmou Schroepfer.

"A pesquisa teria se beneficiado também se tivesse sido revista por um grupo ainda maior de pessoas. Por último, ao publicar o estudo, falhamos ao comunicar de forma clara o que fizemos."

Segundo o executivo, nos últimos três meses a empresa analisou formas de melhor conduzir suas pesquisas, que agora terão um portal centralizando seus resultados.

Os conceitos que devem nortear a nova política de pesquisas foram apresentados divididos em: •

Diretrizes - as propostas de pesquisas sobre grupos específicos serão analisadas antes de começarem; o rigor aumenta se houver parceria na pesquisa com instituições acadêmicas; •

Revisão - tendo as diretrizes iniciais como base, um grupo de pesquisadores revisará o desenvolvimento da pesquisa -, treinamento; •

Treinamento - o Facebook promete criar um programa de treinamento dos especialistas da área de pesquisa, com foco inclusive em privacidade e segurança;

O Facebook incluiu em seus termos a possibilidade de usar dados da rede social em pesquisas.

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