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EUA perdem a corrida na tecnologia de banda larga

Países asiáticos estão mais adiantados no desenvolvimento e aplicação da internet de banda larga, o que lhes confere mais vantagens competitivas e econômicas

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h25.

Embora seja o berço da internet, os Estados Unidos estão ficando perigosamente para trás na corrida pelo desenvolvimento e aplicação das tecnologias de banda larga. Entre 2001 e 2004, os americanos caíram da quarta para a 13ª posição no ranking dos países que mais usam o acesso rápido à rede mundial. Já os países asiáticos avançaram. O Japão, por exemplo, possui 13 assinantes de internet de alta velocidade para cada 100 habitantes, enquanto os Estados Unidos têm 11.

Enquanto no Japão e na Coréia do Sul, as conexões já alcançam velocidades de até 40 megabits por segundo, os americanos ainda acessam a rede a 1,5 megabit por segundo. O país também está atrás dos asiáticos no acesso à banda larga sem fio (wireless). Para Thomas Bleha, ex-diretor do Escritório de Assuntos Estrangeiros dos Estados Unidos, o avanço dos asiáticos sobre as novas tecnologias da internet terá fortes impactos sobre a economia mundial. "O Japão e seus vizinhos estão se movendo para serem os primeiros a explorar os benefícios da era da banda larga: crescimento econômico, maior produtividade, inovação tecnológica e maior qualidade de vida", afirmou Bleha à revista britânica The Economist.

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Parte do atraso americano deve-se à regulamentação do serviço. As companhias de telecomunicações relutam em realizar novos investimentos na melhoria e na expansão das redes de fibra ótica que sustentam a transmissão de dados de alta velocidade. O temor das empresas é que, após a conclusão dos investimentos, elas sejam forçadas pelo governo a compartilhar a capacidade ociosa de suas redes com concorrentes que pouco ou nada investiram. A agência americana que regulamenta o setor tem negado que isso possa ocorrer.

Segundo a revista britânica, as opiniões de Bleha são um tanto alarmistas. A publicação afirma que grandes companhias americanas estão investindo na internet de alta velocidade, como a SBC Communications, que planeja investir 4 bilhões de dólares até 2007 para atingir 18 milhões de domicílios. Para The Economist, Bleha corre o risco de criticar a política americana para o setor antes que ela tivesse tempo de mostrar seus resultados.

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