Estudo do Twitter confirma que o algoritmo tende a cortar negros em fotos
A análise foi realizada após reclamação dos usuários
André Lopes
Publicado em 20 de maio de 2021 às 10h39.
Última atualização em 20 de maio de 2021 às 11h04.
Depois que usuários criticaram o Twitter por perceberem que postagens com imagens frequentemente focavam em outras partes do corpo quando se tratava de uma pessoa negra , a divisão de engenharia da rede social conduziu um estudo para verificar o que de fato ocorria com o algoritmo que não centralizava rostos de pessoas negras com a mesma frequência que fazia com o de pessoas brancas.
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Publicado na quarta-feira, 19, a análise concluiu que algoritmo criavauma diferença de 8% em favor das mulheres e de 4% em relação a pessoas brancas. Entre as razões possíveis para o fenômeno, estão problemas com fundos de imagens e cor dos olhos. Mas no relatório os pesquisadores ponderaram que a falha não se justifica.
“O corte de imagem baseado em aprendizado de máquina é fundamentalmente falho porque remove a capacidade do usuário e restringe a expressão de sua identidade e seus valores, em vez de impor um olhar normativo sobre qual parte da imagem é considerada a mais interessante”, escreveram os pesquisadores.
Para solucionar a questão, o Twitter recentemente começou a mostrar fotos na íntegra – sem qualquer corte – em seus aplicativos móveis e está tentando ampliar esse esforço. Os pesquisadores também avaliaram se os cortes favoreciam os corpos das mulheres, refletindo o que é conhecido como “olhar masculino”. Mas para isso não houve evidências.
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