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Estádio do Palmeiras vai ter uma cobertura inovadora

A maior novidade para a torcida será a função termoacústica da cobertura, que propiciará sensação mais agradável ao público e permitirá audição mais nítida

Projeto do estádio Nova Arena Allianz, do Palmeiras: a Usiminas projetou uma cobertura totalmente integrada à fachada, o que aumentará o espaço para circulação (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2014 às 09h17.

São Paulo - Enquanto a diretoria do Palmeiras corre atrás de reforços para o time, a construtora WTorre se apressa para tentar entregar o quanto antes a Allianz Parque. A previsão é que até junho a obra esteja concluída. Uma das principais novidades do novo estádio palmeirense será sua cobertura, que terá tecnologia inédita no Brasil.

A reportagem teve acesso ao projeto e constatou que a cobertura não vai mais ser apoiada em um ponto externo à área do estádio, como inicialmente estava previsto. A Usiminas projetou uma cobertura totalmente integrada à fachada, que, além de aumentar o espaço para circulação, pela ausência de pilastras de sustentação, também terá aspectos inovadores.

A maior novidade para a torcida será a função termoacústica da cobertura, que propiciará sensação mais agradável ao público, reduzindo em até 2ºC a temperatura entre o nível do campo e as cadeiras superiores. Além disso, o som produzido dentro do estádio será ouvido com mais clareza, o que fará diferença nos jogos e nos shows. Haverá também uma significativa redução de ruídos na área externa do estádio.

A maior parte da cobertura é formada por uma estrutura do tipo "sanduíche", composta por três camadas. Na parte inferior, estão sendo utilizadas telhas de aço galvanizado que permitem a absorção do som da arena. O meio é composto por uma camada de lã de rocha envolta em um filme especial com função acústica e a parte superior é feita de telhas de aço galvanizado sem emendas, para garantir a vedação completa da cobertura, impedindo a entrada de água em dias chuvosos.

A ideia da WTorre é captar 100% da água que cairá sobre a cobertura e reaproveitá-la. Assim, será reduzido o consumo de água da rede pública e evitado o volume excessivo nas galerias pluviais, problema que pode causar enchentes.

Em torno do campo, será instalada uma cobertura transparente de policarbonato que deverá garantir o máximo de insolação ao gramado. O Estádio Aviva, de Dublin, e o Etihad, de Manchester, são alguns dos poucos no mundo que usam essa tecnologia.

A obra da Allianz Parque vai custar cerca de R$ 630 milhões para a WTorre, que terá o direito de explorá-la por 30 anos.

ACORDO DISTANTE - A relação entre o Palmeiras e a WTorre continua muito ruim. Ainda neste mês, com a ajuda de um mediador, deverá ser realizada uma nova reunião para tentar selar um acordo. Kazuo Watanabe representará o clube, Braz Martins Neto responderá pela construtora e Sydney Sanches foi o escolhido para ser a figura neutra na negociação.

Várias são as divergências, mas o problema maior se concentra no número de cadeiras que cada um poderá comercializar. A WTorre entende que ela pode vender 100% dos assentos, enquanto o Palmeiras diz que apenas 10 mil são da construtora e o restante pertence ao clube.

Caso o acordo não aconteça, a decisão definitiva e irrevogável será da Câmara de Conciliação e Arbitragem da Fundação Getúlio Vargas.

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São Paulo - Enquanto a diretoria do Palmeiras corre atrás de reforços para o time, a construtora WTorre se apressa para tentar entregar o quanto antes a Allianz Parque. A previsão é que até junho a obra esteja concluída. Uma das principais novidades do novo estádio palmeirense será sua cobertura, que terá tecnologia inédita no Brasil.

A reportagem teve acesso ao projeto e constatou que a cobertura não vai mais ser apoiada em um ponto externo à área do estádio, como inicialmente estava previsto. A Usiminas projetou uma cobertura totalmente integrada à fachada, que, além de aumentar o espaço para circulação, pela ausência de pilastras de sustentação, também terá aspectos inovadores.

A maior novidade para a torcida será a função termoacústica da cobertura, que propiciará sensação mais agradável ao público, reduzindo em até 2ºC a temperatura entre o nível do campo e as cadeiras superiores. Além disso, o som produzido dentro do estádio será ouvido com mais clareza, o que fará diferença nos jogos e nos shows. Haverá também uma significativa redução de ruídos na área externa do estádio.

A maior parte da cobertura é formada por uma estrutura do tipo "sanduíche", composta por três camadas. Na parte inferior, estão sendo utilizadas telhas de aço galvanizado que permitem a absorção do som da arena. O meio é composto por uma camada de lã de rocha envolta em um filme especial com função acústica e a parte superior é feita de telhas de aço galvanizado sem emendas, para garantir a vedação completa da cobertura, impedindo a entrada de água em dias chuvosos.

A ideia da WTorre é captar 100% da água que cairá sobre a cobertura e reaproveitá-la. Assim, será reduzido o consumo de água da rede pública e evitado o volume excessivo nas galerias pluviais, problema que pode causar enchentes.

Em torno do campo, será instalada uma cobertura transparente de policarbonato que deverá garantir o máximo de insolação ao gramado. O Estádio Aviva, de Dublin, e o Etihad, de Manchester, são alguns dos poucos no mundo que usam essa tecnologia.

A obra da Allianz Parque vai custar cerca de R$ 630 milhões para a WTorre, que terá o direito de explorá-la por 30 anos.

ACORDO DISTANTE - A relação entre o Palmeiras e a WTorre continua muito ruim. Ainda neste mês, com a ajuda de um mediador, deverá ser realizada uma nova reunião para tentar selar um acordo. Kazuo Watanabe representará o clube, Braz Martins Neto responderá pela construtora e Sydney Sanches foi o escolhido para ser a figura neutra na negociação.

Várias são as divergências, mas o problema maior se concentra no número de cadeiras que cada um poderá comercializar. A WTorre entende que ela pode vender 100% dos assentos, enquanto o Palmeiras diz que apenas 10 mil são da construtora e o restante pertence ao clube.

Caso o acordo não aconteça, a decisão definitiva e irrevogável será da Câmara de Conciliação e Arbitragem da Fundação Getúlio Vargas.

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