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Especialistas questionam uso de placebo em testes do Ebola

Grupo de influentes especialistas de saúde argumentou que a prática padrão de se utilizar placebo em testes de medicamentos seria antiética no caso

Ebola: com uma taxa de morte entre 40 e 90 por cento, testes aleatórios controlados seriam injustos (Harrison McClary/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2014 às 11h19.

Lonrdres - Um grupo de influentes especialistas de saúde argumentou que a prática padrão de se utilizar placebo em testes de medicamentos seria antiética no caso de drogas experimentais contra o Ebola , dado que o mundo está no meio de uma mortal epidemia.

Com uma taxa de morte entre 40 e 90 por cento, testes aleatórios controlados - sob os quais os pacientes recebem o medicamento ou uma pílula falsa - seriam injustos e eticamente inaceitáveis, de acordo com especialistas da Europa, da África e dos Estados Unidos.

“Aceitamos que esses testes aleatórios podem gerar fortes provas em circunstâncias comuns; mas não no meio da pior epidemia de Ebola da história”, disseram especialistas, entre os quais David Heymann, chefe do Centro Chatham House de Segurança Global de Saúde, em uma carta à publicação de medicina Lancet.

Alguns testes para potenciais tratamentos ou vacinas do Ebola no oeste da África começaram recentemente, ou devem começar nos próximos meses, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse esperar que alguns remédios possam ser já liberados no começo do ano que vem.

Um outro grupo de especialistas em doenças argumentou, no mês passado, em uma carta ao periódico da Associação Médica Americana que drogas experimentais contra o Ebola seriam melhor testadas em testes aleatórios controlados normais.

Um debate semelhante acontece no campo de drogas contra o câncer, onde pesquisadores cada vez mais questionam se a aleatoriedade — sob a qual alguns pacientes recebem o tratamento e outros a substância “controlada" — faz sentido em pacientes com doenças incuráveis.

No tratamento do câncer, novos formatos de testes estão sendo desenvolvidos para permitir avaliações mais rápidas sobre drogas experimentais em grupos menores e mais específicos, potencialmente cortando grandes custos e tempo do processo comum.

A epidemia de Ebola já infectou quase 8.400 pessoas até agora e matou mais de 4.000, principalmente na Guiné, em Serra Leoa e na Libéria.

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Com uma taxa de morte entre 40 e 90 por cento, testes aleatórios controlados - sob os quais os pacientes recebem o medicamento ou uma pílula falsa - seriam injustos e eticamente inaceitáveis, de acordo com especialistas da Europa, da África e dos Estados Unidos.

“Aceitamos que esses testes aleatórios podem gerar fortes provas em circunstâncias comuns; mas não no meio da pior epidemia de Ebola da história”, disseram especialistas, entre os quais David Heymann, chefe do Centro Chatham House de Segurança Global de Saúde, em uma carta à publicação de medicina Lancet.

Alguns testes para potenciais tratamentos ou vacinas do Ebola no oeste da África começaram recentemente, ou devem começar nos próximos meses, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse esperar que alguns remédios possam ser já liberados no começo do ano que vem.

Um outro grupo de especialistas em doenças argumentou, no mês passado, em uma carta ao periódico da Associação Médica Americana que drogas experimentais contra o Ebola seriam melhor testadas em testes aleatórios controlados normais.

Um debate semelhante acontece no campo de drogas contra o câncer, onde pesquisadores cada vez mais questionam se a aleatoriedade — sob a qual alguns pacientes recebem o tratamento e outros a substância “controlada" — faz sentido em pacientes com doenças incuráveis.

No tratamento do câncer, novos formatos de testes estão sendo desenvolvidos para permitir avaliações mais rápidas sobre drogas experimentais em grupos menores e mais específicos, potencialmente cortando grandes custos e tempo do processo comum.

A epidemia de Ebola já infectou quase 8.400 pessoas até agora e matou mais de 4.000, principalmente na Guiné, em Serra Leoa e na Libéria.

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