"É a pior falha que o WhatsApp já teve", diz professor da FGV
Aplicativo teve brecha de segurança encontrada em versões para Android e iPhone
Lucas Agrela
Publicado em 14 de maio de 2019 às 11h36.
Última atualização em 14 de maio de 2019 às 11h49.
São Paulo – O WhatsApp reportou uma falha de segurança que permitia a instalação de um software espião no smartphone dos usuários. Bastava uma ligação para infiltrar o programa em celulares Android ou iPhones . Para Arthur Igreja, professor da FGV especialista em tecnologia e inovação, o problema de segurança é grave.
"É a pior crise que o WhatsApp já teve. O tipo de malware que pode ser instalado permite monitorar qualquer atividade no celular. Não falamos apenas de mensagens lidas, é algo mais grave. E não sabemos há quanto tempo isso acontece", afirmou Igreja, em entrevista a EXAME.
Como o WhatsApp não guarda dados de usuários – apenas você e pessoa ou grupo para o qual escreve pode ler suas mensagens –, a empresa não sofreu ataque de hackers. Em vez disso, a falha estava no código do aplicativo. Por isso, cada usuário deve atualizar o app.
Igreja acredita que apenas uma minoria saiba que o aplicativo do WhatsApp pertence ao Facebook – recentemente envolvido casos de uso indevido de dados de usuários. A falha de segurança do WhatsApp, no entanto, não fazer o app perder parte dos seus 1,5 bilhão de usuários no mundo. "Esse problema vai arranhar a credibilidade do aplicativo, mas ainda não acho que seja o suficiente para fazer as pessoas deixarem de usar o aplicativo", diz o professor.
Procurado por EXAME, o WhatsApp informou o seguinte:
“O WhatsApp incentiva as pessoas a atualizarem o nosso aplicativo para a versão mais recente, assim como manter o sistema operacional dos dispositivos atualizados, a fim de proteger contra possíveis ataques destinados a comprometer as informações armazenadas em dispositivos móveis. Estamos trabalhando constantemente ao lado de parceiros da indústria para fornecer os aprimoramentos de segurança mais recentes para ajudar a proteger nossos usuários.”