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Dispositivos móveis acessam mais pela banda larga fixa

Projeções da Cisco e da Telefônica/Vivo afirmam que mais de 70% do tráfego em dispositivos móveis será por meio de redes wireless fixas

Homem acessa internet pelo tablet: conexões por meio de pontos de acesso Wi-Fi são as preferidas (David Gannon/AFP)
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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2013 às 10h31.

São Paulo - A tendência de crescimento de tráfego nas redes móveis é um fato, mas há de se notar que também haverá um aumento na utilização da rede em dispositivos móveis através de conexões fixas wireless. Duas estimativas divulgadas nesta terça-feira, 14, corroboram isso.

Segundo o diretor de operadoras da Cisco, Anderson André, as conexões por meio de pontos de acesso Wi-Fi são as preferidas. "Cerca de 70% do tráfego de um usuário móvel se dá em hotspots, como em casa e no trabalho. Só 30% do uso acontece enquanto o usuário está realmente em deslocamento", afirmou durante a divulgação do estudo Barômetro Cisco de Banda Larga 2.0, realizado pela IDC.

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Por isso André justifica a necessidade de investimentos em hotspots Wi-Fi como escoamento para as redes móveis. "O offload é fundamental. A média global de offload do tráfego móvel é de 22% e no Brasil já está chegando perto", complementa o diretor de Assuntos Regulatórios da Cisco do Brasil, Giuseppe Marrara, citando esforços da Anatel para limpar as faixas de 2,4 GHz e 5 GHz e otimizar seu uso para Wi-Fi e o padrão 802.11ac com capacidade de escoar mais tráfego em áreas onde a demanda é muito grande, como em grandes eventos esportivos.

"O Brasil tem apenas entre 0,6% e 0,7% dos hotspots Wi-Fi do mundo, mas como aconteceu com Pequim, Londres e cidades da África do Sul com Olimpíadas e Copa do Mundo, esse eventos devem fazer com que aumente muito o número de hotspots por aqui", diz Anderson André.

LTE insuficiente

Por outro lado, o diretor de fibra ótica na Telefônica/Vivo, André Krieger, estima que há uma parcela sensivelmente maior. Durante palestra na conferência FTTH 2013 nesta terça, ele disse que "85% dos dados transmitidos para dispositivos móveis acontecem dentro de uma residência ou escritório utilizando banda larga fixa".

Krieger diz que o consumo de conteúdo multimídia como vídeo só será possível dessa forma. "Os acessos com dispositivos móveis vão crescer, mas o único jeito (de consumir esse tipo de conteúdo) será com acesso da banda larga fixa. O LTE não vai chegar à largura de banda de que a gente precisa", decretou.

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