Destroços da cauda do avião da AirAsia são encontrados no fundo do mar
A agência de resgate da Indonésia confirmou que os mergulhadores identificaram a cauda do Boeing 320-200 do voo QZ8510
Da Redação
Publicado em 7 de janeiro de 2015 às 04h59.
As equipes de resgate encontraram nesta quarta-feira (7) os destroços da cauda do avião da AirAsia no fundo do mar de Java, onde a aeronave caiu no dia 28 de dezembro com 162 pessoas a bordo, informaram fontes oficiais.
O porta-voz da Agência Nacional de Busca e Resgate (Basarnas), Bambang Soelistyo, confirmou que os mergulhadores identificaram a cauda do Boeing 320-200 do voo QZ8510, o que aumenta as esperanças de que as caixas-pretas sejam encontradas, segundo a imprensa local.
Os mergulhadores demoraram vários dias para poder submergir devido à força das ondulações e correntes marítimas. As equipes estão tentando confirmar se outros sete destroços avistados no leito marinho pertencem ao avião da AirAsia.
"Soube que uma parte da cauda foi encontrada. Se for a seção correta, as caixas-pretas devem estar lá", disse o fundador e executivo-chefe da companhia aérea, Tony Fernandes, através do Twitter.
"Necessitamos encontrar todas as partes em breve para achar todos os passageiros e assim aliviar nossas famílias. Esta é ainda nossa prioridade", declarou Fernandes.
Até o momento, as autoridades recuperaram 40 corpos em uma operação de busca que inclui dezenas de navios e aviões de Indonésia, Estados Unidos, Rússia, China, Malásia e Cingapura, entre outros.
O voo QZ8501 decolou da cidade de Surabaia, na ilha de Java, no dia 28 de dezembro e deveria ter aterrissado em Cingapura cerca de duas horas depois, mas caiu no mar de Java 40 minutos após partir.
A aeronave transportava 155 indonésios, três sul-coreanos, um britânico, um francês, um malaio e um cidadão de Cingapura, entre passageiros e tripulação.
O piloto solicitou à torre de controle para fazer um desvio à esquerda na rota e subir de 32 mil para 38 mil pés com o objetivo de contornar uma tempestade. A alteração de curso foi aprovada, mas a elevação negada porque outra aeronave já trafegava na mesma altitude.
Minutos depois, quando os controladores de voo tentaram entrar em contato para informar que o avião da AirAsia estava autorizado a subir até 34 mil pés, não houve resposta. A aeronave já havia sumido dos radares.