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D-Wave Systems atinge marca de processamento de 1 000 bits quânticos

Conquista tecnológica ajudará a resolver problemas computacionais mais complexos

D-Wave (Divulgação)

Lucas Agrela

Publicado em 24 de junho de 2015 às 11h39.

A D-Wave Systems anunciou nesta semana que ultrapassou a marca de processamento de 1 000 qubits (bits quânticos) com um novo chip que tem o dobro do tamanho do último criado pela própria empresa. Com isso, o processador considera 2^1 000 possibilidades simultaneamente, o que minimiza as 2^512 possibilidades que estavam disponíveis com o D-Wave Two. Para efeito de comparação, o número de possibilidades que o chip pode considerar é maior do que o número de partículas de todo o universo visível.

Em termos práticos, a conquista tecnológica da D-Wave Systems permitirá que um computador quântico possa resolver problemas computacionais mais complexos do que qualquer outro. Isso porque o qubit, que é uma unidade de informação com propriedades quânticas, trata os dados de maneira diferente do bit comum. Em vez de considerar as informações de forma isolada, como fazem os computadores tradicionais, ele as integra para criar novas dimensões para o processamento.

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“Quebrar a barreira dos 1 000 qubits marca o resultado de anos de pesquisa e desenvolvimento de nossos cientistas, engenheiros e fabricantes”, afirmou Vern Brownell, CEO da D-Wave. “Esse é um passo essencial para trazer a promessa da computação quântica para lidar com problemas mais desafiadores que as organizações possam enfrentar, sejam eles técnicos, comerciais, científicos ou de segurança nacional.”

Os novos processadores, que compreendem mais de 128.000 junções de Josephson em 6 camadas de metal num processo de 0,25µm, são os supercondutores de circuitos integrados mais complexos já produzidos com sucesso.  Para que funcionem, esses chips precisam estar 40% mais refrigerados do que os outros processadores quânticos – que já requeriam estar próximos do zero absoluto. Com esse novo processo de fabricação, a D-Wave conseguiu também reduzir o barulho dos componentes em 50%.

"Para a indústria de computação de alto desempenho, a promessa da computação quântica é muito emocionante. Ela oferece o potencial para resolver problemas importantes que não podem ser resolvidos hoje ou tomariam uma quantidade razoável de tempo para isso", disse Earl Joseph, vice-presidente da IDC ao HPC.

Baseada em Palo Alto, na Califórnia, a D-Wave é a maior fabricante de compontentes de computação quântica do momento e presta serviços para a NASA (a agência espacial americana) e para o Google.

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