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Copa mais poluente da história foi também a mais sustentável, diz ministra

Segundo a ministra, o governo estabeleceu várias linhas de ação para garantir a sustentabilidade ambiental do Mundial

Ministra do Meio Ambiente - Izabella Teixeira (EFE)

Ministra do Meio Ambiente - Izabella Teixeira (EFE)

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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2014 às 14h02.

A Copa do Mundo 2014, a mais poluente da história de acordo com estatísticas da Fifa, foi também a mais sustentável, e abriu "um precedente na gestão ambiental dos grandes eventos esportivos", disse nesta quinta-feira a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

A titular, em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, classificou como um sucesso os planos do governo brasileiro para reduzir o impacto ambiental do campeonato de futebol e destacou que os ministérios do Meio Ambiente, Esportes, Turismo e Desenvolvimento Agrário trabalharam juntos para definir as medidas de mitigação.

Segundo a ministra, o governo estabeleceu várias linhas de ação para garantir a sustentabilidade ambiental do Mundial, como a construção de estádios com tecnologias ecológicas certificadas.

De acordo com Teixeira, uma das linhas de ação mais destacadas foi a inauguração em São Paulo da primeira fábrica de separação de resíduos sólidos da América Latina.

"Em matéria ambiental, a Copa é um tremendo legado", disse a ministra.

A funcionária assegurou que o Castelão de Fortaleza, no nordeste do Brasil e uma das 12 sedes da competição, foi o primeiro do mundo a obter o certificado LEDE de projeto sustentável.

A certidão também foi outorgada aos estádios Fonte Nova (Salvador), Arena Pernambuco (Recife), Maracanã (Rio de Janeiro), Mineirão (Belo Horizonte) e Arena da Amazônia (Manaus).

Isso porque os estádios construídos ou modernizados para a Copa adotaram tecnologias para aproveitar a água de chuva, a luz solar, fontes renováveis de energia e iluminação de baixo consumo energético, entre outras.

Ao ser perguntada sobre os planos para reduzir as emissões poluentes enquanto aumenta o consumo devido à redução da pobreza, a ministra respondeu que "não existe qualidade de vida sem qualidade ambiental", e explicou que "Brasil está apostando em sustentabilidade apesar de não receber o reconhecimento dos países desenvolvidos".

O diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Achim Steiner, parabenizou na mesma entrevista coletiva o governo brasileiro pelo sucesso do "Green Passport", uma iniciativa para promover o turismo sustentável durante a Copa, no qual eram esperados cerca de 600 mil visitantes estrangeiros.

"Os próximos campeonatos mundiais de futebol se inspirarão no Brasil em matéria do meio ambiente", declarou Steiner.

A Fifa estima que a Copa 2014 gerará um total de 2,72 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono, número que triplica as emissões do campeonato da Alemanha 2006 e quase dobra o 1,62 milhão de toneladas métricas de CO2 do campeonato mundial realizado na África do Sul 2010.

A entidade máxima do futebol mundial atribui 84% das emissões da Copa aos deslocamentos dos visitantes ao longo do território brasileiro.

Segundo a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, o Mundial contaminará o equivalente a 534 mil veículos circulando durante um ano.

 

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