Concorrente do Uber diz que pessoas não terão carros em 2025
Co-fundador da Lyft, concorrente do Uber, prevê uma revolução no sistema de transporte ao longo dos próximos anos. Ápice seria o fim da propriedade de carros
Victor Caputo
Publicado em 19 de setembro de 2016 às 11h04.
São Paulo – Em um longo texto, o co-fundador e presidente da startup Lyft John Zimmer fez previsões sobre o futuro dos carros e do transporte urbano. A Lyft é uma empresa concorrente do Uber, mas que não atua no Brasil.
Zimmer afirma que veremos nos próximos anos a “terceira revolução no transporte”. As mudanças às quais ele se refere são impacto direto de tecnologias que permitirão que carros se desloquem sem auxílio de um motorista humano—os carros autônomos.
A previsão é que dentro de apenas cinco anos, mais da metade das corridas feitas pelo Lyft seja por meio de carros autônomos. Em janeiro deste ano, a General Motors investiu 500 milhões de dólares na Lyft em troca de 10% das ações. Também foi firmada uma parceria entre as empresas para o desenvolvimento de carros que se dirigem.
O principal concorrente da Lyft, o Uber, inaugurou uma temporada de testes com carros autônomos na cidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos na semana passada.
Se andar em um carro sem um motorista já puder ser chamado de revolução, espere para ver o que Zimmer prevê para depois disso. Ele acredita que dentro de dez anos ter um carro será algo extremamente raro. “O veículo médio é usado apenas em 4% do seu tempo e fica estacionado por 96% do tempo”, escreve Zimmer.
O argumento do empreendedor é que quando se coloca na ponta do lápis, ter um carro não é vantajoso. “Ter um carro implica fazer pagamentos mensais, procurar por estacionamentos, comprar combustível e lidar com reparos.”
Com o fim da propriedade sobre carros, ao menos nos EUA, como as pessoas poderiam se deslocar? Ele acredita que o transporte será feito graças a empresas como Lyft (e, claro, Uber, que ele não cita em seu texto).
Ele afirma que o interesse por ter carros já vem diminuindo nos Estados Unidos. A taxa de pessoas sem habilitação tem crescido ao longo dos últimos anos. Zimmer ainda afirma que o interesse por comprar um veículo é 30% menor entre jovens do que era na geração anterior. "A cada ano, mais e mais pessoas estão concluindo que é mais fácil e mais barato viver sem ter um carro."
Impactos urbanos
Essa revolução no sistema de transporte traria mudanças consideráveis no ambiente urbano e na forma como lidamos com a cidade.
“Da próxima vez que você andar, preste atenção no espaço. Veja quanta terra é dedicada somente a carros. Quanto espaço veículos estacionados ocupam dos dois lados da rua e quanto de nossas cidades fica inutilizada para servir de estacionamento”, escreve Zimmer.
Ele ainda ressalta que a mudança traria benefícios. “Imagine por um minuto como nosso mundo seria se encontrássemos uma maneira de tirar a maioria desses carros das ruas. Ele seria um mundo com menos engarrafamento e menos poluição.”
São Paulo – Em um longo texto, o co-fundador e presidente da startup Lyft John Zimmer fez previsões sobre o futuro dos carros e do transporte urbano. A Lyft é uma empresa concorrente do Uber, mas que não atua no Brasil.
Zimmer afirma que veremos nos próximos anos a “terceira revolução no transporte”. As mudanças às quais ele se refere são impacto direto de tecnologias que permitirão que carros se desloquem sem auxílio de um motorista humano—os carros autônomos.
A previsão é que dentro de apenas cinco anos, mais da metade das corridas feitas pelo Lyft seja por meio de carros autônomos. Em janeiro deste ano, a General Motors investiu 500 milhões de dólares na Lyft em troca de 10% das ações. Também foi firmada uma parceria entre as empresas para o desenvolvimento de carros que se dirigem.
O principal concorrente da Lyft, o Uber, inaugurou uma temporada de testes com carros autônomos na cidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos na semana passada.
Se andar em um carro sem um motorista já puder ser chamado de revolução, espere para ver o que Zimmer prevê para depois disso. Ele acredita que dentro de dez anos ter um carro será algo extremamente raro. “O veículo médio é usado apenas em 4% do seu tempo e fica estacionado por 96% do tempo”, escreve Zimmer.
O argumento do empreendedor é que quando se coloca na ponta do lápis, ter um carro não é vantajoso. “Ter um carro implica fazer pagamentos mensais, procurar por estacionamentos, comprar combustível e lidar com reparos.”
Com o fim da propriedade sobre carros, ao menos nos EUA, como as pessoas poderiam se deslocar? Ele acredita que o transporte será feito graças a empresas como Lyft (e, claro, Uber, que ele não cita em seu texto).
Ele afirma que o interesse por ter carros já vem diminuindo nos Estados Unidos. A taxa de pessoas sem habilitação tem crescido ao longo dos últimos anos. Zimmer ainda afirma que o interesse por comprar um veículo é 30% menor entre jovens do que era na geração anterior. "A cada ano, mais e mais pessoas estão concluindo que é mais fácil e mais barato viver sem ter um carro."
Impactos urbanos
Essa revolução no sistema de transporte traria mudanças consideráveis no ambiente urbano e na forma como lidamos com a cidade.
“Da próxima vez que você andar, preste atenção no espaço. Veja quanta terra é dedicada somente a carros. Quanto espaço veículos estacionados ocupam dos dois lados da rua e quanto de nossas cidades fica inutilizada para servir de estacionamento”, escreve Zimmer.
Ele ainda ressalta que a mudança traria benefícios. “Imagine por um minuto como nosso mundo seria se encontrássemos uma maneira de tirar a maioria desses carros das ruas. Ele seria um mundo com menos engarrafamento e menos poluição.”