Cientistas tentam prever expansão do ebola nos EUA
Estudos levam em conta variáveis como o número de novas infecções na África, o ritmo de viagens internacionais e as possibilidades de transmissão
Da Redação
Publicado em 1 de novembro de 2014 às 18h55.
Stanford - Especialistas em medicina que estudam o ebola dizem que o público pode esperar um aumento no número de casos nos Estados Unidos até o final do ano na medida em que pessoas chegam no país vindas da África Ocidental.
Cientistas têm feito modelos para tentar prever quantos novos casos ainda podem aparecer. Os estudos levam em conta variáveis como o número de novas infecções na África, o ritmo de viagens internacionais e as possibilidades de transmissão.
Durante esta semana, vários especialistas em doenças infecciosas fizeram simulações a pedido da agência Associated Press.
As previsões variam entre um ou dois novos casos nos Estados Unidos até o fim de 2014 num cenário mais otimista, até 130 novos casos na pior hipótese.
"Não acredito numa grande epidemia", disse o professor de microbiologia e imunologia da escola de medicina da Universidade de Stanford, David Relman.
"Apesar disso, da melhor forma como podemos analisar hoje, é bem possível que todas as grandes cidades possam vir a ter pelo menos um punhado de casos", comentou.
Até o momento, projeções publicadas em jornais médicos qualificados pela Organização Mundial da Saúde e centros de controles de doenças nos Estados Unidos se concentram nos piores cenários possíveis para a África Ocidental, concluindo que casos em território americano serão episódicos.
Eles não quiseram comentar sobre números específicos.
O especialista em risco pandêmico Dominic Smith fez uma simulação para os Estados Unidos esta semana e projetou entre 15 a 130 casos até o final de dezembro.
Isso ainda é menos do que um caso para cada 2 milhões de pessoas. O método considera que a maioria dos casos importados para os EUA seriam de profissionais da medicina que trabalharam na África.
Numa segunda simulação, o professor da Universidade de Northeastern Alessandro
Vespignani projetou entre um novo caso (o que seria mais provável) até oito novos até o fim de Novembro. Em um artigo recente, ele escreveu que a probabilidade de o vírus se espalhar fora da África é pequena, mas não pode ser negada.
Até o momento, oito pacientes foram tratados de ebola nos Estados Unidos e um morreu. Seis foram infectados na África Ocidental.
O professor de Harvard, Ashish Jha, disse que não está preocupado com um punhado de casos novos nos Estados Unidos. A maior preocupação seria, segundo ele, se a doença saísse da África para a Índia.
O médico Peter Hotez, do Baylor College of Medicine, estima que novos casos podem variar entre cinco e 100.
Já a professora de biologia da Universidade do Texas Lauren Ancel Meyers Dosse que há incoerências consistentes em previsões porque o curso das ações sendo tomadas impactam o futuro.
As simulações feitas a pedido da AP, segundo ela, são consistentes entre si, afirmou, e "consistentes com o que se sabe sobre a doença".
Stanford - Especialistas em medicina que estudam o ebola dizem que o público pode esperar um aumento no número de casos nos Estados Unidos até o final do ano na medida em que pessoas chegam no país vindas da África Ocidental.
Cientistas têm feito modelos para tentar prever quantos novos casos ainda podem aparecer. Os estudos levam em conta variáveis como o número de novas infecções na África, o ritmo de viagens internacionais e as possibilidades de transmissão.
Durante esta semana, vários especialistas em doenças infecciosas fizeram simulações a pedido da agência Associated Press.
As previsões variam entre um ou dois novos casos nos Estados Unidos até o fim de 2014 num cenário mais otimista, até 130 novos casos na pior hipótese.
"Não acredito numa grande epidemia", disse o professor de microbiologia e imunologia da escola de medicina da Universidade de Stanford, David Relman.
"Apesar disso, da melhor forma como podemos analisar hoje, é bem possível que todas as grandes cidades possam vir a ter pelo menos um punhado de casos", comentou.
Até o momento, projeções publicadas em jornais médicos qualificados pela Organização Mundial da Saúde e centros de controles de doenças nos Estados Unidos se concentram nos piores cenários possíveis para a África Ocidental, concluindo que casos em território americano serão episódicos.
Eles não quiseram comentar sobre números específicos.
O especialista em risco pandêmico Dominic Smith fez uma simulação para os Estados Unidos esta semana e projetou entre 15 a 130 casos até o final de dezembro.
Isso ainda é menos do que um caso para cada 2 milhões de pessoas. O método considera que a maioria dos casos importados para os EUA seriam de profissionais da medicina que trabalharam na África.
Numa segunda simulação, o professor da Universidade de Northeastern Alessandro
Vespignani projetou entre um novo caso (o que seria mais provável) até oito novos até o fim de Novembro. Em um artigo recente, ele escreveu que a probabilidade de o vírus se espalhar fora da África é pequena, mas não pode ser negada.
Até o momento, oito pacientes foram tratados de ebola nos Estados Unidos e um morreu. Seis foram infectados na África Ocidental.
O professor de Harvard, Ashish Jha, disse que não está preocupado com um punhado de casos novos nos Estados Unidos. A maior preocupação seria, segundo ele, se a doença saísse da África para a Índia.
O médico Peter Hotez, do Baylor College of Medicine, estima que novos casos podem variar entre cinco e 100.
Já a professora de biologia da Universidade do Texas Lauren Ancel Meyers Dosse que há incoerências consistentes em previsões porque o curso das ações sendo tomadas impactam o futuro.
As simulações feitas a pedido da AP, segundo ela, são consistentes entre si, afirmou, e "consistentes com o que se sabe sobre a doença".