Cibercriminosos não focam mais apenas o Windows
Pesquisa afirma que crackers estão invadindo smartphones e que o ano de 2010 registrou a primeira queda nas mensagens do tipo SPAM
Da Redação
Publicado em 24 de janeiro de 2011 às 14h54.
São Paulo – Um estudo anual divulgado pela Cisco aponta que os cibercriminosos mudaram seu foco ao “abandonar” o Windows como plataforma comum de ataques e visam outros sistemas e dispositivos.
O Relatório Anual de Segurança de 2010 da Cisco também revelou que ano passado foi o primeiro da história da internet a ter o número de mensagens spam reduzido.
O motivo apontado pela empresa seria o fato dos criminosos preferirem golpes melhores remunerados, como a transferência online de dinheiro, e em plataformas largamente utilizadas hoje e que ainda não possuem tanta proteção, como os smartphones.
Isto ocorre devido às mudanças nos sistemas operacionais promovidas pelos seus fabricantes, tornando os programas menos vulneráveis e mais seguros. E isto dificulta a ação dos criminosos, que optam por golpes mais fáceis.
E os smartphones e aplicativos desenvolvidos para este formato são ultimamente os mais procurados pelos criminosos para disseminar seus golpes.
Em 2010 os ataques spam sofreram uma queda, principalmente nos países em desenvolvimento. No Brasil, de 2009 para 2010, houve uma queda de 47,5% no envio e recebimento de mensagens spam.
De acordo com o relatório, a queda de botnets como Waledac e Pushdo/Cutwail e os ISPs, restringiram a circulação de e-mails maliciosos nas redes banda larga.
Para não perder o lucro anual gerado pelos ataques, criminosos optam por golpes mais elaborados e que tem como foco dados bancários e financeiros, ou que explorem as “fraquezas” dos usuários.
Entre os assuntos e sentimentos mais explorados pelos criminosos para a criação de novos golpes estão os de apelo sexual, crenças, vaidade, confiança, ociosidade, compaixão e urgência.
Os criminosos também recrutam laranjas para abrirem contas em bancos, para que auxiliem a retirada ou lavagem de dinheiro. E segundo a Cisco, esta será a principal estratégia dos cibercriminosos em 2011.