Viber (Divulgação)
Lucas Agrela
Publicado em 22 de abril de 2014 às 11h14.
Hiroshi Mikitani, CEO do Viber, disse em uma entrevista à CNN que pretende usar o aplicativo da empresa, que oferece chamadas de voz e mensagens via internet, como uma plataforma de e-commerce. A ideia seria vender livros digitais, jogos e outros conteúdos diretamente no aplicativo.
O Viber foi comprado pela Rakuten, uma empresa japonesa de comércio online e fabricante do leitor digital Kobo, por 900 milhões de dólares, em fevereiro deste ano. "Não estamos tentando virar uma gigante máquina de vendas, estamos tentando replicar as transações frente a frente usando a tecnologia de informação ", disse o CEO.
Cinco dias depois da compra do WhatsApp pelo Facebook, a empresa anunciou que iria oferece chamadas de voz por internet. Em resposta, o Viber, que é conhecido pelas ligações via web, tomou uma medida agressiva para ganhar mercado: disponibilizou chamadas telefônicas para números fixos gratuitamente por período indeterminado. A condição é que o número de mensagens trocadas por meio do app aumentem 25% a cada semana. "Estamos ganhando um milhão de usuários por dia", disse Mikitani. A empresa informa contar com mais de 300 milhões de internautas ativos mensalmente. O WhatsApp, em contrapartida, tem mais de 450 milhões.
Quando perguntado pela CNN se ficou surpreendido com a compra do WhatsApp pelo Facebook por 19 bilhões de dólares, O CEO do Viber disse que não. "Os dois são mensageiros instantâneos, mas são muito diferentes. O Viber tem funções de voz e mensagens, é muito diferente do WhatsApp", dizendo ainda que Zuckerberg teria uma forma diferente de pensar sobre o negócio.