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Apple vai pagar US$ 113 milhões por deixar iPhones antigos mais lentos

Companhia foi acusada de lançar uma atualização que fez com que as baterias durassem mais tempo. Mas isso deixou os iPhones antigos mais lentos

Aparelhos antigos da Apple, como o iPhone 6s, ficaram mais lentos com atualização que aumentou a duração das baterias (Getty Images/Getty Images)
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Rodrigo Loureiro

Publicado em 19 de novembro de 2020 às 09h30.

Última atualização em 19 de novembro de 2020 às 09h38.

A Apple vai pagar 113 milhões de dólares em um acordo feito com órgãos de justiça de diversos estados americanos após a comprovação de que a companhia prejudicava a velocidade de iPhones antigos. O caso remonta acusações feitas ainda em 2018, quando a fabricante admitiu que baterias dos aparelhos prejudicavam a velocidade do celular – veja se você foi uma das vítimas deste problema.

O acordo foi firmado na quarta-feira (18), conforme um anúncio do procurador-geral do Arizona, Marke Brnovich. Eram 34 estados envolvidos na investigação de que as baterias da Apple deixavam os aparelhos antigos mais lentos, mas ao mesmo tempo permitiam que os aparelhos ficassem mais tempo longe da tomada. O problema ocorreu após uma atualização de software que alterou o funcionamento dos celulares.

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Conforme reportado pelo Axios , a alegação processual é de que a fabricante deveria ter avisado aos clientes que iria realizar o update e quais seriam as consequências da atualização. A acusação também entende que a empresa também deveria ter oferecido alternativas aos consumidores, como o oferecimento da substituição gratuita das baterias.

Com isso, órgãos de justiça dos Estados Unidos entendem que a empresa pode ter prejudicado a velocidade de iPhones antigos mais vender novos aparelhos aos consumidores. A venda de celulares é a principal fonte de renda da companhia – mesmo que ainda não se saiba até quando. Do faturamento de 274,5 bilhões de dólares no ano fiscal de 2020, uma fatia de 137,7 bilhões de dólares veio das vendas de iPhones.

O acordo da Apple vem em um momento importante para a empresa, que luta para tentar sair da mira de órgãos regulatórios americanos que entendem que a Apple prejudica a competição nos Estados Unidos. Ao lado de outras gigantes do mercado de bits e bytes, como Facebook, Google e Amazon, a companhia foi citada em um relatório antitruste devastador e que a acusa de ser anticompetitiva.

No mesmo dia em que firmou o acordo para a indenização no caso das baterias do iPhone, a empresa de Cupertino também informou que estava criando um programa voltado para desenvolvedores de aplicativos hospedados na App Store e que reduz pela metade a comissão a ser paga para a Apple. Isso só acontece caso os desenvolvedores obtenham receita menor do que 1 milhão de dólares no ano, já deduzida a comissão da Apple.

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