Rio de Janeiro - Quatro consórcios integrados por empresas brasileiras conseguiram cinco das sete concessões de transmissão elétrica leiloadas na sexta-feira pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), informou o órgão regulador.

Os outros dois leilões foram canceladas devido à falta de interessados nos contratos, uma operação caracterizada pela pouco comum ausência de empresas estrangeiras na disputa. No último leilão da Aneel, em maio, das seis concessões disponibilizadas, cinco ficaram nas mãos de companhias com capital espanhol (Abengoa, Isolux e Neoenergía).

Segundo a Aneel, os vencedores das cinco concessões se comprometeram a receber uma remuneração anual pelo uso de suas linhas na média em 12,76% a menos que o preço mínimo fixado pelo órgão regulador para outorgar as concessões.

O diretor da Aneel, André Pepitone da Nóbrega, admitiu que essa porcentagem é inferior à média dos anteriores leilões (26%), mas esclareceu que o valor está de acordo com a nova realidade econômica brasileira e mundial. As concessões de transmissão elétrica no Brasil são outorgadas às empresas que se comprometem a cobrar as menores tarifas anuais.

Segundo a Aneel, os vencedores terão prazos de 24 a 36 meses para construir as linhas de transmissão e as subestações nos oito estados que serão beneficiados. Os novos concessionários terão que investir cerca de R$ 1,2 bilhão nas obras e gerar cerca de 4.790 empregos diretos.