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África efetua primeira prisão de usuário do Pirate Bay

A prisão é a primeira a ser efetuada no país por envolvimento com pirataria na internet


	O nome da obra não foi revelado pela Safact, a federação sul-africana que age contra o roubo de direito autorais, mas os métodos para encontrar o internauta
 (Reprodução)

O nome da obra não foi revelado pela Safact, a federação sul-africana que age contra o roubo de direito autorais, mas os métodos para encontrar o internauta (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2014 às 18h24.

Acusado de fazer o upload de um “filme de grande porte” no Pirate Bay, um sul-africano foi preso por autoridades locais na Cidade do Cabo. A prisão é a primeira a ser efetuada no país por envolvimento com pirataria na internet.

O nome da obra não foi revelado pela Safact, a federação sul-africana que age contra o roubo de direito autorais, mas os métodos para encontrar o internauta, sim. Ao site MyBroadband, o CEO da entidade Codé Guldenpfennig afirmou que toda uma equipe de “hackers éticos” trabalha “monitorando a internet em busca de títulos de grande importância”.

“Os downloaders pensam que podem se esconder na internet, assim como os uploaders, mas eles não podem, não importa o quão inteligentes sejam”, completou Guldenpfenning. Ou seja, pelo visto as autoridades sul-africanas estão confiantes quanto sua capacidade de combater os “pirateiros” online.

Polêmica

Um ponto interessante foi levantado pelo TorrentFreak, no entanto. Apesar de o nome não ter sido revelado, dada a repercussão da morte de Nelson Mandela, a hipótese é de que a obra pirateada seja a local “Mandela: Long Walk to Freedom”, uma cinebiografia sem versão em português.

O filme ainda não estreou nem nos Estados Unidos, mas no país do ex-presidente, tornou-se um sucesso. Uma busca feita pelo site no Pirate Bay não trouxe nenhum resultado “legítimo” – apenas torrents que levavam a uma infecção do computador. O procedimento foi repetido com outras obras cinematográficas da África do Sul, e o fim foi o mesmo.

Vale conferir a teoria inteira aqui. Por ela, vê-se que é grande a possibilidade de o internauta preso ser, na verdade, um cracker mal-intencionado usando o Pirate Bay, e não um compartilhador de arquivos “de verdade”. Ou seja, o que o Safact teria feito seria um “favor” à comunidade de usuários de BitTorrent. Mas a realidade só será descoberta mais tarde, já que o acusado deve ir ao tribunal nesta sexta-feira, 13.

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