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4G cresce 5 vezes em 2014 no Brasil, mas com concentração

A participação do LTE agora é maior do que as de terminais de dados (tablets e modems)

4G: dois maiores players do mercado, Vivo e TIM, somados, detêm mais de dois terços da base (David Ramos/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2015 às 20h39.

São Paulo - Em dezembro do ano passado, os acessos por tecnologia 4G cresceram mais de cinco vezes em relação ao mesmo período de 2013, e agora totalizam 6,765 milhões de conexões, segundo balanço da Anatel divulgado nesta sexta-feira, 30.

Isso significa que a participação do LTE agora é maior do que as de terminais de dados (tablets e modems), que finalizaram o ano passado com 6,433 milhões de acessos.

De novembro para dezembro, houve crescimento de quase 1 milhão de acessos somente nessa tecnologia, o que representou um aumento de 17,03%.

É interessante notar, no entanto, que os dois maiores players do mercado 4G, Vivo e TIM, somados, detêm mais de dois terços de toda a base, ou 69,16% de market share.

Mesmo fechando o ano consolidando sua posição de liderança no mercado de LTE, com 2,629 milhões de acessos, a Vivo registrou o maior crescimento dentre todas - 21,55% em relação a novembro, ou 466,3 mil novas conexões somente em um mês.

Em dezembro, a TIM passou a barreira de 2 milhões (total de 2,049 milhões) ao subir 15,28%. A Claro teve um crescimento menor: de 12,65%, totalizando 1,348 milhão de acessos.

A Oi, por sua vez, é a única das quatro grandes que possui menos de 1 milhão de acessos: são 541,8 mil, crescimento de 7,07%.

A Nextel corre por fora com seu 4G exclusivo no Rio de Janeiro na faixa de 1,8 GHz, com 196,2 mil acessos, aumento de 43,20%.

A Sercomtel fecha a conta com 751 acessos.

Demais tecnologias

Apesar de o LTE ser a tecnologia de maior crescimento, em números absolutos o 3G continua sendo líder, tendo crescido 3,29% em dezembro, total de 144,668 milhões de acessos, ou 4,612 milhões a mais em um mês – mais de quatro vezes o que cresceu o 4G.

Por sua vez, as conexões de terminais de dados de banda larga retraíram 0,09% e totalizaram 6,433 milhões.

Juntando essas tecnologias com o LTE, o Brasil registra um total de 157,867 milhões de acessos de banda larga móvel, um crescimento mensal de 3,67%. Comparando com dados de janeiro, essas conexões cresceram 48,38%.

Por sua vez, os acessos GSM (2G) decaíram 4,58%, fechando o ano com 112,982 milhões de linhas.

Ainda há algumas conexões CDMA, 8.851, número que também mostra queda (-12,19%).

Os acessos de máquina-a-máquina (M2M) considerados como "padrão" pela Anatel (máquinas de cartões de crédito e débito habilitados nas redes das operadoras, por exemplo) continuam sendo a maioria, com 8,585 milhões de acessos.

Os da categoria "especial", que podem receber o benefício da desoneração do Fistel, somaram 1,287 milhões de conexões.

No total, o Brasil fechou 2014 com 280,73 milhões de linhas ativas, um aumento de 3,55% em relação a dezembro de 2013 e de 0,09% em relação a novembro (258,5 mil acessos).

São Paulo - Reunir 20 coisas que a internet está ajudando a enterrar de vez parecer ser uma tarefa fácil. Mas não é. É difícil saber o que não irá resistir a a internet e as transformações que ela provoca. Entretanto, nos arriscamos aqui a elencar algumas coisas que, se não desaparecerem, vão ter que se reinventar para continuarem existindo.

  • 2. Cartas

    2 /21(Hulton Archive/Getty Images)

  • Veja também

    Hoje em dia, só se envia cartas em situações raríssimas. Após séculos, esta forma de comunicação foi substituída por WhatsApp, e-mails e outras formas de comunicação, que usam a internet para chegarem a seus destinatários.

  • 3. CDs

    3 /21(Stock Exchange)

  • Os CDs têm sido uma das maiores vítimas da internet, que permitiu novas formas de acesso à música - como o download e o streaming. Hoje, as gravadoras estão brigando com o YouTube e comprar um CD se tornou algo cada vez mais raro.

  • 4. Enciclopédias de papel

    4 /21(Getty Images)

    Quem ainda usa enciclopédias de papel com frequência? Importante fonte de referência no passado, elas foram substituídas por sites como Google e Wikepedia na corrida pelo conhecimento. Alguns casos são emblemáticos - como a Britânica, que, em 2012, deixou de ser impressa após 244 anos de existência.

  • 5. Discussões de bar

    5 /21(FERNANDO FRAZAO/VEJA RIO)

    Uma das coisas que a internet vem matando são as intermináveis discussões de mesa de bar. Perguntas como "A Lady Gaga é homem?" e "Como curar um coração partido?" dariam pano para manga em outros tempos - mas hoje estão entre as mais procuradas no Google.

  • 6. Esquecimento

    6 /21(Philippe Huguen/AFP)

    O espanhol Mario Costeja acionou o Google no Tribunal de Justiça da União Europeia. O motivo: a empresa estaria interferindo no seu direito ao esquecimento. Na era da internet, o esquecimento está mesmo se tornando um recurso cada vez mais escasso.

  • 7. O mistério da medicina

    7 /21(AFP)

    De acordo com o Urban Dictionary, Dr. Google é o termo usado para qualificar uma "pessoa que usa o Google para diagnosticar sintomas de doença". Como se vê, o mistério em torno do conhecimento dos médicos pode estar sendo ameaçado pela praticidade oferecida pela internet.

  • 8. Privacidade

    8 /21(TAMIRES KOPP / INFO EXAME)

    Aconteceu em março em Rio Claro (SP). A Justiça determinou que a prefeitura local pagasse a dois empregados uma indenização por danos morais. O motivo foi a violação de mensagens eletrônicas trocadas entre eles em horário de trabalho. Este é apenas um exemplo dos problemas envolvendo privacidade e internet, cada vez mais comuns.

  • 9. Comparação de preços

    9 /21(Nacho Doce / Reuters)

    Ir de loja em loja comparando os preços de um produto é hoje um trabalho desnecessário. Tudo isso graças à internet, que por meio de sites como Buscapé, fez com que esta tarefa se tornasse bem mais fácil.

  • 10. Fanzines

    10 /21(Domínio Público)

    Durante muito tempo, as fanzines foram um dos carros-chefes de quem se dizia "independente" e acreditava ter algo a dizer. Hoje, as revistinhas fotocopiadas que eram distribuídas de mão em mão deram lugar aos blogs - alcançando assim um número muito maior de pessoas graças à internet.
  • 11. Memória

    11 /21(Artem Chernyshevych / SXC)

    Ao mesmo tempo em que destrói o esquecimento, a internet também está acabando com a memória. Um estudo realizado nos EUA apontou que o acesso fácil à informação reduziu nossa capacidade de armazenar dados. "Quando se deparam com questões difíceis, as pessoas tendem a pensar em computadores", afirma o artigo.

  • 12. Locadoras de vídeo

    12 /21(Victor J. Blue/Bloomberg)

    No passado, alugar um filme numa locadora era quase um ritual. Havia até atendentes especializados, que indicavam a melhor opção de acordo com o gosto do cliente. Hoje em dia, isso é cada vez mais raro. Em serviços como YouTube e Netflix, filmografias inteiras estão disponíveis para quem quiser assistir. E não faltam sites para repletos de referências na internet.

  • 13. Fax

    13 /21(Domínio Público)

    Num futuro próximo, ninguém mais saberá o que foi um fax. Revolucionário em seu tempo, o aparelho permitia que uma cópia idêntica de determinada mensagem fosse produzida por outro aparelho do mesmo tipo a quilômetros de distância. Hoje em dia, uma foto de um documento enviada via internet produz o mesmo resultado.

  • 14. Loja de games

    14 /21(Divulgação)

    Assim como alugar filmes já foi uma aventura, comprar games também não era muito diferente. Na década de 1990, vários jovens ainda juntavam moedinhas para comprar o cartucho que permitiria bons momentos de diversão. Com a popularização da internet e o surgimento de serviços como Xbox Live, isso se tornou coisa do passado.

  • 15. Lista telefônica

    15 /21(Stock.xchng)

    Calhamaços de páginas amareladas nas quais constavam todos os telefones da cidade. Assim eram as listas telefônicas, que por muito tempo ajudaram as pessoas a saber o número exato para entrar em contato com alguém. Com a internet, isso perdeu completamente o sentido - já que sempre é possível dar uma "googlada" para descobrir qualquer telefone.

  • 16. Rádios

    16 /21(Getty Images)

    Recém-chegado ao Brasil, o Spotify é mais um serviço online que oferece ao usuário a possibilidade de ouvir música. Até pouco tempo, esse era o papel das rádios - que devem continuar existindo, mas vêm perdendo espaço e importância. Em 2012, um levantamento feito na Inglaterra mostrou que 30% da audiência das rádios no país vinham da internet.

  • 17. Burocracia

    17 /21(Divulgação)

    Dentro de um ano e meio, o Ministério do Trabalho e Emprego pretende lançar o eSocial. O site funcionará como uma folha de pagamento digital e mostra que a internet (mesmo que muito lentamente...) pode estar ajudando a matar a burocracia no Brasil.

  • 18. Concentração

    18 /21(Justin Sullivan/Getty Images)

    Cem pessoas participaram de um estudo realizado na Inglaterra em 2010, que apontou que a internet pode estar reduzindo a capacidade de concentração das novas gerações. Por serem mais dispersos, os mais jovens deram respostas menos consistentes a uma série de perguntas propostas pelos cientistas, as quais poderiam ser respondidas após consultas à internet.

  • 19. Empresas de internet

    19 /21(lfelton/Freeimages)

    Desde que se popularizou, a internet cria e devora empresas que atuam nela mesma. Quem aí se lembra de GeoCities, Tiscali e outras vítimas da bolha da internet, que explodiu no ano 2000? Há quem diga que estamos passando agora por um fenômeno parecido, com empresas como LinkedIn e Facebook vendendo ações na bolsa. Se vai dar certo no longuíssimo prazo, só o tempo irá dizer. Os milionários e bilionários criados por essas empresas atestam que sim, é claro. Mas a história joga contra.

  • 20. Ócio

    20 /21(Ryan McVay / Getty Images)

    A "inatividade de espírito" que é uma das definições do ócio também está se perdendo com a internet. Afinal, todo mundo que tem qualquer tempo livre aproveitando para conferindo seus perfis nas redes sociais e lendo as últimas notícias aqui em EXAME.com.

  • 21. Agora, saiba quais são as vítimas dos smartphones

    21 /21(Jerome Favre/Bloomberg)

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