19 momentos que marcaram a estreia da Xiaomi no Brasil
Com o nome de Mi, a Xiaomi fez a estreia no Brasil no final de junho. A apresentação oficial aconteceu no Shopping Vila Olímpia, em São Paulo.
Lucas Agrela
Publicado em 30 de junho de 2015 às 17h50.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h42.
Com o nome de Mi, a Xiaomi fez a estreia no Brasil no final de junho. A apresentação oficial aconteceu no Shopping Vila Olímpia, em São Paulo, em um auditório com cerca de mil pessoas, entre parceiros da empresa, imprensa e fãs. Os últimos estavam em maior número no evento e alguns chegavam a gritar em coro: "Mi! Mi! Mi!".A empresa ressalta que promoveu o seu lançamento somente por meio das redes sociais e que acredita ser possível construir a reputação da marca no Brasil desta forma.Toda a apresentação foi conduzida por Hugo Barra, uma iniciativa diferente da Asus, que trouxe Sabrina Sato ao seu lançamento no país, no ano passado. Barra é vice-presidente sênior da Mi e responsável pela expansão internacional da empresa. Brasileiro, o executivo também é ex-funcionário do Google, onde ocupava o cargo de vice-presidente do sistema móvel Android.Confira a seguir os principais momentos do evento de lançamento da Mi no Brasil.
A Mi UI tem jeito de iOS, apesar de ser construída em cima do Android 4.4.4 KitKat. Os aplicativos ficam somente nas telas iniciais e todas as interações com eles, como apagá-los ou reorganizá-los, são feitas como no iOS, mas há alguns recursos mais inteligentes.Por exemplo, é possível mover mais de um app por vez de uma das telas para as outras. Em cinco anos, a empresa conseguiu 100 milhões de usuários da Mi UI, que está disponível também para outros smartphones com sistema Android.
O ciclo de desenvolvimento da Mi UI é semanal. Portanto, as atualizações serão constantes.
A Mi vai vender todos os seus produtos no site mi.com. Ou seja, nada de encontrar aparelhos nas redes de varejo ou nas operadoras de telefonia móvel. Por conta dessa estratégia, a empresa tem o terceiro site de vendas mais forte da China.
No ano passado, 665 reuniões de fãs da Mi foram realizadas em todo o mundo. A empresa tem fã clubes em 31 países, apesar de vender produtos apenas em oito. No Brasil, o fã clube oficial da marca foi fundado em 2011, um ano depois da criação da empresa.
A Mi fez toda a divulgação do evento nas redes sociais e acredita que pode construir sua reputação no Brasil por esses canais online. Até mesmo a mãe de Hugo Barra fez uma ponta na campanha de marketing da companhia no Brasil, contando que suas amigas estão jogando fora seus iPhones para adotar aparelhos da Mi.
A Mi quer levar seus smartphones para todos. Por conta disso, a empresa oferece aparelhos com preços abaixo da média, que têm recursos avançados, como uma câmera de 8 MP e flash LED e uma configuração de hardware intermediária.
Após alguns segundos de suspense, a revelação: o Redmi 2, e não o já homologado Redmi Note, será o primeiro smartphone da Mi no mercado nacional. O aparelho tem processador Qualcomm Snapdragon 410, que suporta instruções em 64 bits, 1 GB de RAM, 8 GB de armazenamento interno, entrada para cartões microSD, GPU Adreno 306, tela com resolução HD protegida com Dragontrail e sistema Android 4.4.4 KitKat com a personalização de interface Mi UI. O gadget será vendido por 500 reais na loja online da marca.
Barra, então, começou a listar os recursos do aparelho e, em alguns pontos, compará-lo, não aos concorrentes diretos Moto G e Zenfone 5, mas ao iPhone 6. A ideia era mostrar que mesmo aparelhos mais básicos oferecem funcionalidades que são encontradas no smartphone da Apple.Uma tela de 4,7 polegadas e o peso de 130 gramas foram pontos de comparação no quesito design e ergonomia. Entretanto, o produto da Mi é mais expesso, 9,4 mm contra 6.9 mm, e sua construção é em policarbonato, um plástico com tratamento especial, enquanto o iPhone 6 é feito em alumínio.
Por outro lado, o Redmi 2 tem uma bateria com mais capacidade do que o iPhone 6.
O software da câmera do Remi 2 tem um recurso de melhoria de retratos chamado "Beautiful". Ele trata automaticamente as fotos para eliminar algumas imperfeições da pele, como espinhas ou rugas.
Como o próprio Hugo Barra disse, o Beautiful não faz milagres.
A Mi UI conta com algumas sugestões de temas para você usar no seu smartphone. Eles funcionam como launchers alternativos, que mudam todo o visual do sistema. Este, que aparece na imagem ao lado, Barra disse ser seu favorito.
Apesar de todas as comparações com os iPhones, a mesma empresa que monta o smartphone da Apple será responsável pela produção do Redmi 2 no Brasil.
Talvez a atitude mais inovadora da Mi não seja trazer aparelhos com preços abaixo da média de mercado, mas, sim, oferecer serviços ainda raros no país. O maior exemplo disso é a sua assistência técnica. Quem tiver um problema com um produto da marca pode acionar o "pick me", "pegue-me", em inglês.A Mi manda um funcionar buscar o dispositivo onde o consumidor estiver e é possível acompanhar o trajeto por meio de um app Android.
O segundo produto da Mi anunciado no Brasil é a Mi Band, uma pulseira inteligente compatível com smartphones Android e iOS.O acessório pode monitorar exercícios físicos, como caminhadas e corridas, bem como indicar a qualidade do seu sono com base na sua movimentação durante a noite. Para isso, o aparelho usa um acelerômetro acoplado a uma pulseira, que pode ser de couro. A troca de dados com o celular acontece por Bluetooth e a duração da bateria pode chegar a 30 dias, segundo a empresa."Tem que tomar cuidado para não perder o carregador", brincou Barra.Mais de 1 milhão de Mi Bands são vendidas mensalmente em todo o mundo e o produto tem preço de 95 reais no Brasil.
O terceiro produto que a Mi trouxe para o país foi a Mi Power Bank. Essa bateria portátil tem capacidade de 10 400 mAh e pode dar 3,4 cargas no Redmi 2. Ela será vendido por 99 reais.
Com muitos aplausos da plateia, a Mi anunciou que os participantes do evento ganhariam uma versão exclusiva do Mi Power Bank.
Ao se despedir, Hugo Barra mostrou uma foto da equipe da Mi no Brasil, indicando que esse grupo, liderado por Leo Marroig, será o responsável pela operação da companhia no país.
Após a apresentação oficial da empresa para o mercado brasileiro, a Mi levou alguns integrantes da imprensa para um showroom. Além do Redmi 2, do Power Bank e da Mi Band, o quarto produto em exposição era o... Redmi Note. O aparelho homologado pela Anatel não foi trazido para o mercado, segundo Barra, porque a estratégia da empresa foi desviar a atenção do Redmi 2. Ou seja, o registro do Note foi uma "cortina de fumaça".Ainda assim, o dispositivo pode ser vendido no país e estava no showroom, o que implica um lançamento não muito distante.