Horta na fábrica da Unilever, em Minas Gerais: os resíduos orgânicos viram adubo (Unilever/Divulgação)
Rodrigo Caetano
Publicado em 5 de dezembro de 2019 às 05h14.
Última atualização em 5 de dezembro de 2019 às 10h13.
No ano passado, a anglo-holandesa Unilever, fabricante de alimentos e produtos de limpeza, anunciou um investimento de 127 milhões de reais em sua fábrica de Pouso Alegre, em Minas Gerais.
A unidade, que já produzia sopas e caldos da marca Knorr, passou a fabricar também a linha de molhos Hellmann’s. Com a expansão, surgiu o desafio de pensar o que fazer com os resíduos orgânicos da nova linha.
Recorrer a aterros sanitários não era uma opção — desde 2015, a companhia opera com a chancela “aterro zero”. A solução encontrada foi criar um sistema de reaproveitamento na própria unidade. Assim nasceu o projeto Ilha Ecológica, que usa o lixo para produzir adubo e cultivar hortaliças, distribuídas aos funcionários e à comunidade local. Dessa forma, a empresa dá um destino sustentável a mais de 400 toneladas anuais de resíduos orgânicos.
Atualmente são produzidos 2.500 pés de alface, rúcula e agrião a cada 50 dias. A primeira estufa foi inaugurada em agosto do ano passado. A segunda, um mês depois. A iniciativa inspirou outras fábricas — em Aguaí, Valinhos e Vinhedo, todas em São Paulo. “O futuro está na economia circular. Com pequenas mudanças, somos capazes de gerar impacto em toda a sociedade”, diz Antonio Calcagnotto, diretor de sustentabilidade da Unilever.