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Wine Trader quer ser 'Mercado Livre' de vinhos exclusivos

No marketplace de rótulos raros, os rótulos mais exclusivos chegam a 100.000 reais

Os sócios Lellis, Arruda e Oliveira, com algumas raridades do portfólio: a meta é expandir a carta de 500 rótulos atualmente para 3.000 até o fim do ano (Divulgação/Divulgação)

Os sócios Lellis, Arruda e Oliveira, com algumas raridades do portfólio: a meta é expandir a carta de 500 rótulos atualmente para 3.000 até o fim do ano (Divulgação/Divulgação)

MD

Matheus Doliveira

Publicado em 19 de agosto de 2021 às 05h54.

Faz tempo que ativos de luxo, como carros e relógios, são considerados por investidores na hora de compor um portfólio. Para quem procura vinhos raros, por investimento ou por prazer, o marketplace Wine Trader acaba de surgir como opção. Fundado no início do ano pelos administradores mineiros Paulo de Oliveira e Anderson Lellis e pelo empresário do setor automobilístico Breno Arruda, o site pode ser considerado uma espécie de Mercado Livre de rótulos mais exclusivos.

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Além da paixão pela bebida, o que inspirou o trio foi a percepção de que no Brasil não havia uma plataforma que unificasse vinhos excepcionais buscados pelos colecionadores e compradores mais experientes.

“O grande negócio da Wine Trader é fazer a curadoria dos vinhos mais finos, caros e difíceis de serem encontrados em uma única plataforma”, explica Oliveira. “Nos Estados Unidos e na Europa já existem marketplaces que unem produtores, distribuidores e compradores, mas no Brasil isso era muito pulverizado.”

Atualmente, mais de 500 rótulos premium que podem chegar a até 100.000 reais compõem o portfólio da Wine Trader. Até o final deste ano, a meta é expandir a carta para 3.000.

Entre as raridades é possível encontrar seis garrafas de safras diferentes do Domaine de La Romanée-Conti, o vinho francês número 1 de Borgonha, com preços que vão de 15.000 a 85.000 reais. Há também vinhos centenários: o mais antigo disponível no site é o vinho do porto Dona Antônia Ferreira, datado de 1858 e à venda por 6.900 reais.

Para garantir a autenticidade e o aparente bom estado de conservação dos vinhos, as garrafas são inspecionadas antes de chegar às mãos dos compradores. O tíquete médio é até modesto, de 600 reais, e o vendedor é quem define o preço de cada transação. O market­place fica com uma porcentagem do valor das transações.

O perfil dos clientes é misto: vai desde importadores profissionais que usam a plataforma para vender até pessoas que herdaram adegas e não sabem o que fazer com os vinhos. Há também, claro, os que compram as garrafas pensando em guardá-las para lucrar no médio prazo.

“A maioria dos clientes que anunciam os vinhos que têm na adega quer fazer dinheiro rápido achando um bom comprador. Por outro lado, muitos dos que estão comprando guardam as garrafas como um investimento e esperam alguns anos até que elas valorizem”, afirma Oliveira.


(Publicidade/Exame)

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