Parque em Reyjavik, na Islândia: isolada e quase homogênea, a população do país teve seu genoma estudado | Ragnar Th. Sigurdsson/AGB Photo
Da Redação
Publicado em 5 de julho de 2018 às 05h00.
Última atualização em 5 de julho de 2018 às 05h00.
No edifício de oito andares no centro de Cambridge, cidade da região metropolitana de Boston, onde estão instaladas a Universidade Harvard e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, quase 500 cientistas da empresa farmacêutica americana Amgen se dedicam a estudar no presente moléculas que podem trazer alívio no futuro para quem sofre dos mais diferentes males. Ali, há quem se concentre em entender os mecanismos da dor, como a da enxaqueca, os anticorpos para o combate de diversos tipos de câncer, as proteínas para o tratamento de doenças inflamatórias e do Alzheimer. Nos laboratórios, visitados pela repórter de EXAME — com o uso de um traje especial para evitar contaminação do ambiente —, o tempo dos pesquisadores é diferente: dez anos podem se passar facilmente entre os primeiros estudos moleculares e, na melhor das hipóteses, o lançamento de drogas que sejam efetivamente prescritas aos pacientes. Ainda assim, muitas tentativas fracassam no caminho. Para encurtar esse tempo e acertar mais alvos, os cientistas da Amgen estão debruçados sobre os dados genéticos gerados numa ilha a 4.000 quilômetros de Cambridge.