Harry Schmelzer, CEO da WEG: “somos uma empresa industrial” (Leandro Fonseca/Exame)
Diretor de redação da Exame
Publicado em 14 de setembro de 2023 às 06h00.
Última atualização em 14 de setembro de 2023 às 09h31.
Eletrificação. Energia limpa. Automação na indústria e nas casas. Nomeie a tendência da vez, e a WEG estará lá. O gigante catarinense de equipamentos elétricos é, sob muitos aspectos, a empresa certa no momento certo.
Faturou 29,9 bilhões de reais no ano passado, 27% acima de 2021, e manteve o ritmo em 2023. A receita no segundo trimestre cresceu 13,7% em relação a 2022 (para 8,2 bilhões de reais), e o lucro avançou 50%, para 1,3 bilhão de reais.
Os bons resultados são reflexo do pioneirismo histórico de uma companhia que nasceu em 1961 como uma fabricante de motores elétricos e se expandiu pelo mundo. Hoje, tem fábrica em 15 países e está bem posicionada para aproveitar o avanço de mercados como o de carros elétricos e o de energia limpa.
Suas fábricas, verticalizadas, produzem até gigantescos motores para geração de energia eólica ou hidrelétricas. Mais de 50% da receita vem de produtos novos, lançados nos últimos cinco anos.
“Nossa cultura é de querer fazer. Somos uma empresa industrial”, diz Harry Schmelzer Jr., CEO da WEG. Com mais de 40 anos de casa, ele é uma mostra da preocupação da companhia com a formação de mão de obra para o futuro. Com 40.000 funcionários, a WEG forma mais de 800 jovens todos os anos. “A empresa é feita por pessoas comprometidas com uma ideia. Isso leva tempo”, afirma Schmelzer.
Como mostram os números, a paciência e a consistência compensam.