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No Amazonas, o gasoduto chegou mas faltou a usina

Inaugurado em 2009, o gasoduto Urucu-Manaus foi concebido para abastecer as termelétricas do estado do Amazonas com o gás natural. Mas não foi o que aconteceu


	Coari: os moradores convivem com a poluição do óleo diesel e blecautes de até 3 horas diárias
 (Ibeneklins/Wikimedia Commons)

Coari: os moradores convivem com a poluição do óleo diesel e blecautes de até 3 horas diárias (Ibeneklins/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2015 às 05h56.

São Paulo — Inaugurado em novembro de 2009, o gasoduto Urucu-Manaus foi concebido com um objetivo nobre: abastecer as termelétricas do estado do Amazonas com o gás natural extraí­do da reserva de Urucu, no coração da floresta. A previsão inicial era aposentar a geração de eletricidade com óleo diesel, combustível mais caro e poluente, em boa parte da região amazônica até o fim de 2010.

Não foi o que aconteceu. Passados cinco anos, Coari, o maior dos municípios do interior cortados pelo gasoduto, continua abastecido pela eletricidade gerada a diesel. O combustível é trazido em balsas de Manaus, a mais de 450 quilômetros.

A usina a gás até hoje não foi licitada. Segundo Antônio Carlos Faria de Paiva, presidente da Amazonas Energia, um braço da Eletrobras, foi preciso mudar os projetos originais, o que provocou o atraso. “A previsão agora é fazer licitação da nova usina até o fim do ano”, diz.

Enquanto isso, os 82 000 moradores de Coari sofrem com apagões de até 3 horas diárias. “A cidade produz menos energia do que precisa”, afirma Gersimar Monteiro, diretor de petróleo e gás da prefeitura de Coari. “Muitas empresas deixam de se instalar na cidade por falta de eletricidade.”

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