Qualquer receita mundial de sucesso inclui a convergência entre tecnologia, inovação, sustentabilidade, ciência, comércio e manufatura, elementos presentes na cadeia produtiva da indústria de alimentos.
Além de setores como agricultura, pecuária e comércio, diretamente associados à produção de alimentos, essa cadeia envolve ainda diversos setores econômicos, como metalurgia, energia elétrica e telecomunicações, produzindo resultados surpreendentes para a geração de emprego, renda e conhecimento.
No Brasil, não é diferente. Com crescimento sustentável e contínuo, o segmento encerrou 2022 com um faturamento de R$ 1,075 trilhão, superando em 16,6% o de 2021 e gerando 58 mil novos postos de trabalho. As informações divulgadas pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) mostram a relevância dessa indústria para o Produto Interno Bruto do Brasil (PIB), também constatada por um estudo realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) sobre uma das maiores empresas de alimentos do mundo.
O estudo revela que a JBS e as cadeias produtivas ligadas à companhia no Brasil movimentaram o equivalente a 2,1% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2021 e contribuíram para a geração de 2,73% dos empregos no país. Esses dados dão a dimensão da evolução do negócio que começou como um pequeno açougue em Anápolis (GO), e se tornou uma gigante do setor alimentos (veja linha do tempo).
Neste ano, ao completar sete décadas, a JBS reafirma sua vocação para crescer enquanto agrega valor e alimenta o mundo. A companhia inaugurou duas fábricas no complexo industrial na cidade de Rolândia, norte do Paraná.
O novo centro fabril emprega 4.500 colaboradores e permitirá à Seara avançar em sua estratégia de expansão em produtos de valor agregado. As unidades automatizadas são das mais modernas da marca no país e fazem parte do plano de investimentos anunciado pela JBS em 2019, no valor de R$ 8 bilhões.
Trabalho duro, determinação e disciplina estão entre os principais componentes dessa história de sucesso, segundo José Batista Sobrinho, o Zé Mineiro. “Sempre me dediquei ao máximo para entregar os melhores resultados para meus clientes. É esse o legado que quero deixar para nossos colaboradores e companheiros”, afirmou o fundador da JBS durante a celebração dos 70 anos da companhia.
Talento de família
A familiaridade de Zé Mineiro com o gado começou já na infância, vivida na fazenda em que nasceu, em Carmo do Rio Claro (MG), onde seu pai tinha criação. Em 1953, aos 20 anos, ao lado do irmão Juvensor, começou a percorrer as fazendas da região de Nerópolis (GO) comprando e revendendo bois.
O negócio foi crescendo à medida que aprimoravam a estimativa do peso dos animais e ganhavam a reputação de só trabalhar com carne de primeira. Dessa forma, no mesmo ano, abriram a Casa de Carnes Mineira, na cidade de Anápolis, em Goiás. Em pouco tempo, Juvensor e Zé Mineiro se tornaram os principais fornecedores dos açougues da região.
A expansão das atividades teve início em 1957, na embrionária Brasília. Zé Mineiro e Juvensor aproveitaram as oportunidades surgidas na nova capital federal que surgia e abriram um açougue no Mercado Central da Cidade Livre, área criada para acolher os trabalhadores.
Na virada dos anos 1960 para os 1970, os irmãos inovaram e impulsionaram os negócios com as câmaras refrigeradas, o que acabou gerando a Friboi, nome que identificaria a companhia até 2006, quando passou a denominar uma de suas marcas.
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Segunda geração
Em 1980, a Friboi já havia se tornado a maior distribuidora do Distrito Federal. No mesmo ano, Zé Mineiro passou a presidência a seu primogênito, José Batista Júnior, que tinha 20 anos e desde os 15 anos já participava do dia a dia da empresa.
Juvensor preferia crescer devagar e a cuidar da fazenda e do gado. Então, em 1995, de comum acordo, os irmãos deixaram de trabalhar juntos. Juvensor morreu em 2010, mas seu legado permaneceu nos valores da empresa.
“Não dá para administrar um negócio relevante sem pessoas extraordinárias ao redor. Isso tudo só foi possível com gente que faz a diferença”, afirma Wesley Batista, cofundador e acionista da JBS “Nossa história é feita de muitos marcos, mas o que explica o sucesso da JBS é o fato de termos conseguido materializar e concretizar nossa cultura. É isso o que une os colaboradores em tantos países diferentes. É o que todos têm em comum”, completa Joesley, cofundador e acionista da JBS.
A exemplo do pai, os irmãos Wesley e Joesley e seus descendentes também assumiram grandes responsabilidades no trabalho muito jovens. Atualmente, quatro deles desempenham funções importantes no grupo.
Expansão internacional
A expansão dos negócios é constante na história da JBS. Nos anos 1990, a aquisição da fábrica da Anglo, em Goiânia, representou o início das vendas de carne para o exterior.
Outro marco expressivo do crescimento da companhia foi a instalação da sede na cidade de São Paulo, em 2004. A oportunidade surgiu depois da falência do Grupo Bordon, quando a sede da empresa foi a leilão e arrematada pela Friboi.
Na mesma época, os Batista compraram a participação na BF, que controlava, no Brasil, as marcas Anglo, Bordon, Hereford, Swift e Sola. As marcas ficaram com a Friboi, que se tornou a maior empresa do país no setor. O passo seguinte foi se estabelecer no exterior. E a compra da Swift Armour da Argentina, em 2005, deu início a essa estratégia, sob a direção de Joesley.
No ano seguinte, a Friboi começou a atuar de maneira mais próxima com o mercado financeiro, abrindo o capital em março de 2007. No mesmo ano, a empresa passou a se chamar JBS, iniciais do fundador e sigla de fácil pronúncia em inglês e espanhol.
"Foi um momento único de nossa história", conta Joesley. "Nos engajamos nesse processo e fizemos o maior IPO da bolsa brasileira até aquele momento, o que foi um ponto de virada de extrema importância para a empresa".
No fim de 2009, a compra da americana Pilgrim’s Pride – segunda empresa de abate de frango dos EUA – representou a entrada da JBS no mercado de aves, e a incorporação das operações frigoríficas do Bertin tornou a empresa a maior processadora de carne do mundo. Atualmente, a JBS é uma das maiores empresas de alimentação mundiais de alimentos.
“Ao olhar toda a história da JBS, desde quando meu pai iniciou em Anápolis para o que construímos até aqui, posso afirmar que somos a prova viva de que nada é impossível”, diz Joesley Batista. “Levantar cedo, trabalhar duro, agarrar as oportunidades e, principalmente, ter humildade para aprender é o grande segredo do sucesso. Com foco, disciplina e determinação, podemos chegar aonde queremos.”
Com 152 mil colaboradores, a JBS é atualmente uma das maiores empregadoras do Brasil, conta com mais de 270 mil colaboradores em todos os continentes e tem mais de 400 unidades de produção espalhadas por mais de 20 países
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