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Copan mal-assombrado? Moradores relatam vizinhos fantasmas, sussurros e vultos sobrenaturais

Mais de 5 mil pessoas moram no edifício, projetado por Oscar Niemeyer. Entre os posts que viralizaram nas redes sociais, estão relatos de odores estranhos e vultos na madrugada

Copan: será que o prédio é mesmo mal-assombrado? (Brasil2/Getty Images)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 12 de abril de 2023 às 12h25.

Última atualização em 20 de fevereiro de 2024 às 07h42.

Que o Edifício Copan tem uma longa história dentro da cidade de São Paulo, todo paulistano sabe. O prédio, com arquitetura singular, foi inaugurado em 1966 e está localizado no centro da capital paulista. E apesar de muita história sobre sua importância, hoje, dos assuntos que mais tem sido comentado a respeito do Copan diz que ele está cheio de fantasmas, escondidos em algum lugar de seus 35 andares.

Nas redes sociais, uma moradora chamada de "Zaia" diz que ouviu vozes estranhas e sentiu a presença de espíritos no prédio. Ela mora no Copan desde 2014. “Eu estava descendo pelas escadas e escutei um ‘psiu’ bem no pé do meu ouvido, virei e não tinha ninguém. Continuei descendo e escutei novamente. Eu achei que estavam me zoando, mas não tinha como uma pessoa sair correndo e eu não escutar na escada. Foi bem estranho e guardei para mim”, diz ela no prints vazados.

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Zaia não é a única moradora a sentir a "presença" dos fantasmas. Outros moradores chegaram, inclusive, a nomear as assombrações:"Psiu", o "Homem da Casa das Máquinas",  vultos no 7º andar e até o elevador foi taxado de "temperamental".

“Gente, o fantasma do 7º andar está me assustando novamente”, escreve outra moradora em uma das mensagens. Tanto quem mora por lá quanto os funcionários do edifício também relataram sensação de perseguição, barulhos nas escadas e até toques físicos vindo do além.

Assombração 'não tem explicação'

Em entrevista ao Metrópoles , Zaia afirmou que os relatos se somam e têm várias semelhanças. “Começaram a contar relatos até piores do que o meu. Comecei a acreditar que era realmente uma coisa sobrenatural, porque não tinha explicação, sinceramente, não tinha explicação. Muita gente contou que viu parecido ou pior e depois desse lance da escada aconteceu mais coisa. Então, eu estou começando a achar que é espírito mesmo”, diz Zaia. Apesar do medo, ela não pretende deixar o Copan.

A moradora inclusive define que a "lenda" está mais relacionada ao Bloco B do prédio, com o "Cafetão do 7º andar. O Copan tem 1160 apartamentos e já foi associado, na década de 1970 a 1990, como cenário de tráfico de drogas e prostituição. Os moradores acreditam que um dos espíritos seria um homem dessa época. “Deve ter sido algum cafetão dos anos 1970 que matou alguém naquela banheira”, brincou Denis Ferri, de 36 anos, em reportagem ao Metrópoles.

Mas é mal-assombrado mesmo ou é brincadeira?

O depoimento de vários moradores é semelhante, assim como os barulhos, vultos e outros episódios vividos. De acordo com apuração do G1, essa fama tem um lado positivo:a existência de fantasmas pode ser estimulada, segundo alguns inquilinos, para abaixar o preço do aluguel.

Mas os relatos se acumulam, e não são só os moradores que reclamam. Em entrevista ao G1, Affonso Celso Prazeres de Oliveira, síndico do Copan há 30 anos, afirma que já recebeu várias queixas. "A história é real, não é brincadeira. Eu tinha um mecânico chamado Longo. Uma noite, na casa de máquinas do bloco E, ele viu uma pessoa sentada em uma das máquinas e saiu correndo. Depois, conversou comigo e disse que nunca mais voltaria para cuidar do prédio à noite", alertou. "Isso aconteceu há quase 20 anos. Em outra ocasião, ele [Longo] voltou para o conserto de uma máquina, mas acompanhado de outro mecânico. Enquanto o Longo foi ao banheiro, o outro mecânico apareceu correndo porque tinha visto o homem", conta o síndico.

Affonso diz que, apesar de morar por lá desde 1963, nunca encontrou com Longo. "Os dois voltaram no local, e ele estava lá sentado. Dizem que esse Homem da Casa das Máquinas um ex-morador que ajudou na construção do prédio. Ele até chegou a trabalhar comigo."

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