Asteroide passará a menos de 4 mil quilômetros da Terra hoje; saiba os riscos para o planeta
Nomeado como 2023 BU, o asteroide vai passar próximo do extremo da América do Sul às 21h27 de hoje
Luiza Vilela
Publicado em 26 de janeiro de 2023 às 16h17.
Última atualização em 26 de janeiro de 2023 às 16h24.
Nas próximas horas desta quinta-feira, 26, um asteroide com o tamanho de um caminhão chegará mais perto da Terra do que alguns de nossos mais estimados satélites artificiais. Mas não há motivo para desespero: mesmo passando a menos de 4 mil quilômetros do nosso planeta — 3,6 mil quilômetros, para ser exato —, o risco para o globo azul é basicamente nulo.
Nomeado como 2023 BU, o asteroide vai passar próximo do extremo da América do Sul às 21h27 de hoje. Descoberto pelo astrônomo amador Gennadiy Borisov, da Crimeia, ainda que passe rente ao nosso planeta, sua órbita não colidirá com a Terra.
De acordo com a Nasa,essa aproximação com a Terra também causará uma alteração na órbita do asteroide. "Antes de encontrar a Terra, a órbita do asteroide ao redor do Sol era praticamente circular, o que corresponde aproximadamente à órbita da Terra, levando 359 dias para completar sua órbita ao redor do Sol", informou a Nasa em nota. "Após o encontro, a órbita do asteroide será mais alongada, movendo-se para mais ou menos o meio do caminho entre as órbitas da Terra e de Marte em seu ponto mais distante do Sol. O asteroide vai completar então uma órbita a cada 425 dias."
Qual é o tamanho do 2023 BU?
De acordo com a Nasa, estima-se que o asteroide tenha cerca de 3,5 a 8,5 metros de diâmetro.
Quais são os riscos do asteroide para a Terra?
É verdade que, a depender do tamanho e da órbita, um asteroide pode causar um tremendo estrago no nosso planeta. Mas antes que consiga chegar a esse ponto, são várias as proteções que a Terra prepara para que o impacto seja o menor possível — a começar pela nossa atmosfera.
Para de fato causar um grande impacto, o asteroide precisa ter mais de 140 metros, o que causaria uma grande cratera na Terra e poderia levar a mortes em massa. A questão é que, na maior parte das vezes, os asteroides que passam próximos daqui são menores e acabam explodindo no céu (graças à atmosfera). Boa parte deles é prevista por agências espaciais, o que diminui ainda mais os riscos ao planeta.
Em resumo: para esse asteroide em específico, apesar da descoberta recente, o impacto é muito pequeno no nosso planeta — ainda que sua órbita estivesse em colisão com a Terra, o que não acontece neste caso.