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Vaquinha pela internet pode financiar sua ideia de negócio

Como usar os sites de crowdfunding — uma forma de financiamento coletivo para empreendedores que têm uma ideia, mas não têm dinheiro

Marcelo Beraldo e André Juliani, do Cine Joia : doze concertos de artistas alternativos com dinheiro obtido por crowdfunding (Daniela Toviansky)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2013 às 17h44.

São Paulo - Os empreendedores costumam estabelecer prioridades na hora de reinvestir os lucros de suas empresas — conceder benefícios para o pessoal e investir em infraestrutura estão entre as principais. Em meio a tantas necessidades urgentes, é comum que a grana para projetos experimentais, como a criação de um novo produto ou serviço, fique curta.

Uma alternativa para colocar ideias novas em prática é usar os sites de crowdfunding , que permitem que várias pessoas e empresas financiem juntas um projeto contribuindo com certas quantias em dinheiro, numa espécie de vaquinha. Essa forma de financiamento coletivo vem se popularizando desde 2009, quando o site americano Kickstarter foi lançado.

Antes limitado a projetos sociais e culturais, agora o crowdfunding está se disseminando entre donos de pequenas e médias empresas no Brasil. Um dos maiores sites do gênero no país, o Catarse intermediou em 2012 quase 300 projetos — juntos, eles receberam pouco mais de 4 milhões de reais.

A seguir, mostramos como o dinheiro arrecadado por meio de sites de crowdfunding pode ser útil para alcançar quatro objetivos — conseguir recursos sem contrair dívidas, construir uma rede de parceiros, testar a aceitação de produtos e serviços e posicionar a empresa a respeito de uma causa.

Conseguir dinheiro sem fazer dívida

Muitos donos de pequenas e médias empresas que estão à procura de capital para um novo projeto não pretendem contrair dívidas com bancos. É o caso de Carolina Piccin, de 34 anos, sócia da MateriaBrasil, consultoria ambiental de São Paulo que deve faturar 4 milhões de reais neste ano.

“Tínhamos um projeto engavetado há meses”, diz ela. “Acabávamos adiando sua execução porque os estudos da consultoria consomem boa parte dos investimentos.” Em abril deste ano, Carolina decidiu criar uma vaquinha no site Catarse. Sua ideia era colocar na internet um banco de dados que já existia fisicamente, em que é reunida mais de uma centena de fornecedores de material de construção e artigos de decoração cuja fabricação tem atestado de baixo impacto ambiental.


Em pouco mais de um mês, 235 pessoas e empresas doaram mais de 33.000 reais — e a ideia saiu do papel. “O banco de dados foi chamado de Materioteca”, diz Carolina. “No site, qualquer pessoa pode encontrar produtos certificados e seus fornecedores”, diz Carolina. A iniciativa ajudou a MateriaBrasil a se tornar mais conhecida — e atraiu novos clientes, como Embraer e Goodyear, que conheceram a empresa por meio do novo site.

Carolina optou por financiar o site da Materioteca num serviço de crowdfunding porque ela mesma já tinha ajudado seis outros projetos. Um deles foi o do matemático Filipe Moura, de 30 anos, um dos fundadores da paulistana Metamáquina, que fabrica impressoras 3D. A Metamáquina foi uma das primeiras empresas no Brasil fundada com dinheiro de financiamento coletivo.

Os sócios, que não tinham capital próprio para criar a empresa, conseguiram mais de 30.000 reais no Catarse em março do ano passado. “Neste ano, deveremos vender 300 impressoras 3D e chegar a um faturamento próximo a 1 milhão de reais”, diz Moura.

Para Cassio Spina, diretor da Anjos do Brasil, associação que reúne investidores em empresas nascentes, os sites de crowdfunding podem ser mais bem aproveitados por empresas que, assim como a MateriaBrasil e a Metamáquina, têm projetos que podem mostrar resultado em pouco tempo. “Os doadores se interessam mais por iniciativas que já estão em fase de execução”, afirma Spina.

Construir uma rede de parceiros

Quem inscreve um projeto num site de crowdfunding recebe dinheiro de 130 pes­soas­ e empresas diferentes, em média. Se o autor da proposta for um empreendedor, uma parte dos apoiadores tende a ser de clientes e fornecedores que já conhecem a empresa. Há, ainda, uma parcela dos doadores que investem no projeto tão somente por gostar daquela ideia.

Está aí uma das maiores oportunidades para pequenas e médias empresas que usam serviços de crowdfunding — criar uma rede de novos parceiros. “Empreendedores costumam ser mais metódicos ao explicar como vão utilizar os recursos, o que aumenta as chances de ganhar a adesão dos doadores”, diz Spina.


Algumas ações podem ajudar quem pretende criar uma rede de contatos por meio dos projetos de crowdfunding. Uma delas é divulgar o projeto em redes sociais e blogs. “É um bom termômetro para saber se as pessoas acham a ideia boa”, diz Caio Tendolini, um dos responsáveis por selecionar os projetos em que a fabricante de bebidas energéticas Red Bull investe por meio do Catarse.

“Um bom projeto costuma angariar um grande número de simpatizantes que, mesmo sem muito dinheiro para doar, fazem campanha pela ideia.”

Testar produtos e serviços

Vaquinhas virtuais têm papel fundamental na casa de shows paulistana Cine Joia, fundada em 2011 por Marcelo Beraldo e Facundo Guerra, de 39 anos, André Juliani, de 38, e Lúcio Ribeiro, de 48. Há dois anos, acontecem no Cine Joia shows financiados em sites de crowdfunding, como Playbook e Queremos!, especializados em eventos musicais.

Funciona assim: uma data é reservada na agenda do artista e, se o dinheiro necessário para trazê-lo for conseguido em uma semana, o show é confirmado. “Os fãs se engajam para valer”, afirma Alessandro Sophia, sócio da Playbook. “Alguns deles podem receber recompensas, como visitas ao camarim e fotos com o artista.”

Criado para receber shows de artistas pouco conhecidos para, no máximo, 1 500 pessoas, o Cine Joia costuma usar bastante o crowdfunding para se certificar que uma atração vai mesmo gerar bons resultados. “Para uma casa pequena, como a nossa, saber se haverá pagantes suficientes é muito importante”, diz Beraldo.

A empresa não revela o valor do faturamento, mas, segundo estimativas de analistas desse mercado, os mais de 120 shows agendados para 2013 deverão render receitas próximas a 10 milhões de reais — 60% mais do que em 2012. Todos os 12 shows anunciados em sites de crowdfunding até hoje conseguiram o dinheiro necessário para acontecer, algo em torno de 40 000 reais por concerto, também segundo estimativas.


A paulistana Amanda Ramos, de 21 anos, foi no último show que aconteceu por causa de uma vaquinha. A atração era o cantor inglês Paul Banks, do Interpol. Foi a primeira vez que Amanda ajudou a financiar um show. “Posso dizer, com orgulho, que ajudei a trazer um ídolo para o Brasil”, diz ela.

Posicionar-se sobre uma causa

Lançar projetos que dependem do dinheiro alheio para sair do papel pode ser uma boa maneira de reforçar posições de uma pequena ou média empresa sobre determinadas causas. Os sócios do Cine Joia evidenciam uma de suas missões cada vez que propõem novos shows — a de aumentar a oferta de turnês que estão à margem do circuito comercial. “Essa postura costuma ser bem-vista pelos clientes e ajuda a empresa a angariar mais simpatizantes”, afirma Diego Reeberg, sócio do Catarse. “Ao convidar os clientes a participar ativamente da execução de um novo projeto, é como se os empreendedores reafirmassem a todo momento que a opinião dos que estão de fora é muito importante para quem dirige a empresa.”

Como aproveitar o crowdfunding

O que não pode deixar de ser feito para o projeto de sua empresa dar certo...

Antes

Definir quanto o projeto vai custar. Se o valor total for superior a 60.000 reais, é o caso de dividi-lo em etapas. É preciso levar em conta nessa fase que todos os apoiadores deverão receber uma recompensa pela ajuda. Se o dinheiro for usado para criar uma nova versão de determinado produto, os doadores podem receber um exemplar antes do lançamento.

Durante

Colocar em prática um plano de divulgação. É muito comum que alguns apoiadores concentrem doações logo nos primeiros dias — e que depois o projeto fique esquecido. Vários recursos podem funcionar para movimentar a página da vaquinha. Um vídeo apresentando a ideia é essencial. Também funciona fazer campanhas de divulgação em redes sociais e blogs.


Depois

Organizar uma lista com todos os apoiadores e mantê-los atualizados sobre o andamento do projeto. Muitos doadores podem se zangar caso não vejam os resultados de sua contribuição se convertendo em algo prático. Não prestar contas pode fazer com que a empresa sofra efeitos negativos — e o que era para ser um projeto colaborativo pode se tornar uma crise.

...e que recompensas podem ser obtidas ao apoiar projetos de terceiros

Marketing

Alguns dos donos de projetos costumam reservar às empresas apoiadoras um espaço para que exponham suas marcas. O mais comum é incluir no projeto o logotipo das empresas que deram grandes quantias em dinheiro — uma forma de identificá-las como apoiadoras. No novo site da MateriaBrasil, há um selo do Asas, instituto criado pela Red Bull para investir em negócios sociais.

Retorno

Devolver parte do dinheiro ao apoiador não é incomum. Donos de projetos que conseguem um rápido retorno muitas vezes até devolvem tudo. Isso acontece com quem ajuda a financiar shows em sites como Queremos! e Playbook. Nos casos em que a bilheteria é mais do que suficiente para bancar o show e garantir a margem da casa, os financiadores costumam receber o pagamento antecipado de volta.

Sociedade

O financiamento coletivo que dá aos apoiadores o direito de se tornar sócios da empresa ainda não é comum no Brasil, mas alguns sites já estudam lançar serviços dessa natureza. É recomendável que os empreendedores que optem por esse modelo de recompensa procurem apoio jurídico, já que tornar doadores sócios pode ser interpretado como uma espécie de oferta pública de cotas da empresa.

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São Paulo - Os empreendedores costumam estabelecer prioridades na hora de reinvestir os lucros de suas empresas — conceder benefícios para o pessoal e investir em infraestrutura estão entre as principais. Em meio a tantas necessidades urgentes, é comum que a grana para projetos experimentais, como a criação de um novo produto ou serviço, fique curta.

Uma alternativa para colocar ideias novas em prática é usar os sites de crowdfunding , que permitem que várias pessoas e empresas financiem juntas um projeto contribuindo com certas quantias em dinheiro, numa espécie de vaquinha. Essa forma de financiamento coletivo vem se popularizando desde 2009, quando o site americano Kickstarter foi lançado.

Antes limitado a projetos sociais e culturais, agora o crowdfunding está se disseminando entre donos de pequenas e médias empresas no Brasil. Um dos maiores sites do gênero no país, o Catarse intermediou em 2012 quase 300 projetos — juntos, eles receberam pouco mais de 4 milhões de reais.

A seguir, mostramos como o dinheiro arrecadado por meio de sites de crowdfunding pode ser útil para alcançar quatro objetivos — conseguir recursos sem contrair dívidas, construir uma rede de parceiros, testar a aceitação de produtos e serviços e posicionar a empresa a respeito de uma causa.

Conseguir dinheiro sem fazer dívida

Muitos donos de pequenas e médias empresas que estão à procura de capital para um novo projeto não pretendem contrair dívidas com bancos. É o caso de Carolina Piccin, de 34 anos, sócia da MateriaBrasil, consultoria ambiental de São Paulo que deve faturar 4 milhões de reais neste ano.

“Tínhamos um projeto engavetado há meses”, diz ela. “Acabávamos adiando sua execução porque os estudos da consultoria consomem boa parte dos investimentos.” Em abril deste ano, Carolina decidiu criar uma vaquinha no site Catarse. Sua ideia era colocar na internet um banco de dados que já existia fisicamente, em que é reunida mais de uma centena de fornecedores de material de construção e artigos de decoração cuja fabricação tem atestado de baixo impacto ambiental.


Em pouco mais de um mês, 235 pessoas e empresas doaram mais de 33.000 reais — e a ideia saiu do papel. “O banco de dados foi chamado de Materioteca”, diz Carolina. “No site, qualquer pessoa pode encontrar produtos certificados e seus fornecedores”, diz Carolina. A iniciativa ajudou a MateriaBrasil a se tornar mais conhecida — e atraiu novos clientes, como Embraer e Goodyear, que conheceram a empresa por meio do novo site.

Carolina optou por financiar o site da Materioteca num serviço de crowdfunding porque ela mesma já tinha ajudado seis outros projetos. Um deles foi o do matemático Filipe Moura, de 30 anos, um dos fundadores da paulistana Metamáquina, que fabrica impressoras 3D. A Metamáquina foi uma das primeiras empresas no Brasil fundada com dinheiro de financiamento coletivo.

Os sócios, que não tinham capital próprio para criar a empresa, conseguiram mais de 30.000 reais no Catarse em março do ano passado. “Neste ano, deveremos vender 300 impressoras 3D e chegar a um faturamento próximo a 1 milhão de reais”, diz Moura.

Para Cassio Spina, diretor da Anjos do Brasil, associação que reúne investidores em empresas nascentes, os sites de crowdfunding podem ser mais bem aproveitados por empresas que, assim como a MateriaBrasil e a Metamáquina, têm projetos que podem mostrar resultado em pouco tempo. “Os doadores se interessam mais por iniciativas que já estão em fase de execução”, afirma Spina.

Construir uma rede de parceiros

Quem inscreve um projeto num site de crowdfunding recebe dinheiro de 130 pes­soas­ e empresas diferentes, em média. Se o autor da proposta for um empreendedor, uma parte dos apoiadores tende a ser de clientes e fornecedores que já conhecem a empresa. Há, ainda, uma parcela dos doadores que investem no projeto tão somente por gostar daquela ideia.

Está aí uma das maiores oportunidades para pequenas e médias empresas que usam serviços de crowdfunding — criar uma rede de novos parceiros. “Empreendedores costumam ser mais metódicos ao explicar como vão utilizar os recursos, o que aumenta as chances de ganhar a adesão dos doadores”, diz Spina.


Algumas ações podem ajudar quem pretende criar uma rede de contatos por meio dos projetos de crowdfunding. Uma delas é divulgar o projeto em redes sociais e blogs. “É um bom termômetro para saber se as pessoas acham a ideia boa”, diz Caio Tendolini, um dos responsáveis por selecionar os projetos em que a fabricante de bebidas energéticas Red Bull investe por meio do Catarse.

“Um bom projeto costuma angariar um grande número de simpatizantes que, mesmo sem muito dinheiro para doar, fazem campanha pela ideia.”

Testar produtos e serviços

Vaquinhas virtuais têm papel fundamental na casa de shows paulistana Cine Joia, fundada em 2011 por Marcelo Beraldo e Facundo Guerra, de 39 anos, André Juliani, de 38, e Lúcio Ribeiro, de 48. Há dois anos, acontecem no Cine Joia shows financiados em sites de crowdfunding, como Playbook e Queremos!, especializados em eventos musicais.

Funciona assim: uma data é reservada na agenda do artista e, se o dinheiro necessário para trazê-lo for conseguido em uma semana, o show é confirmado. “Os fãs se engajam para valer”, afirma Alessandro Sophia, sócio da Playbook. “Alguns deles podem receber recompensas, como visitas ao camarim e fotos com o artista.”

Criado para receber shows de artistas pouco conhecidos para, no máximo, 1 500 pessoas, o Cine Joia costuma usar bastante o crowdfunding para se certificar que uma atração vai mesmo gerar bons resultados. “Para uma casa pequena, como a nossa, saber se haverá pagantes suficientes é muito importante”, diz Beraldo.

A empresa não revela o valor do faturamento, mas, segundo estimativas de analistas desse mercado, os mais de 120 shows agendados para 2013 deverão render receitas próximas a 10 milhões de reais — 60% mais do que em 2012. Todos os 12 shows anunciados em sites de crowdfunding até hoje conseguiram o dinheiro necessário para acontecer, algo em torno de 40 000 reais por concerto, também segundo estimativas.


A paulistana Amanda Ramos, de 21 anos, foi no último show que aconteceu por causa de uma vaquinha. A atração era o cantor inglês Paul Banks, do Interpol. Foi a primeira vez que Amanda ajudou a financiar um show. “Posso dizer, com orgulho, que ajudei a trazer um ídolo para o Brasil”, diz ela.

Posicionar-se sobre uma causa

Lançar projetos que dependem do dinheiro alheio para sair do papel pode ser uma boa maneira de reforçar posições de uma pequena ou média empresa sobre determinadas causas. Os sócios do Cine Joia evidenciam uma de suas missões cada vez que propõem novos shows — a de aumentar a oferta de turnês que estão à margem do circuito comercial. “Essa postura costuma ser bem-vista pelos clientes e ajuda a empresa a angariar mais simpatizantes”, afirma Diego Reeberg, sócio do Catarse. “Ao convidar os clientes a participar ativamente da execução de um novo projeto, é como se os empreendedores reafirmassem a todo momento que a opinião dos que estão de fora é muito importante para quem dirige a empresa.”

Como aproveitar o crowdfunding

O que não pode deixar de ser feito para o projeto de sua empresa dar certo...

Antes

Definir quanto o projeto vai custar. Se o valor total for superior a 60.000 reais, é o caso de dividi-lo em etapas. É preciso levar em conta nessa fase que todos os apoiadores deverão receber uma recompensa pela ajuda. Se o dinheiro for usado para criar uma nova versão de determinado produto, os doadores podem receber um exemplar antes do lançamento.

Durante

Colocar em prática um plano de divulgação. É muito comum que alguns apoiadores concentrem doações logo nos primeiros dias — e que depois o projeto fique esquecido. Vários recursos podem funcionar para movimentar a página da vaquinha. Um vídeo apresentando a ideia é essencial. Também funciona fazer campanhas de divulgação em redes sociais e blogs.


Depois

Organizar uma lista com todos os apoiadores e mantê-los atualizados sobre o andamento do projeto. Muitos doadores podem se zangar caso não vejam os resultados de sua contribuição se convertendo em algo prático. Não prestar contas pode fazer com que a empresa sofra efeitos negativos — e o que era para ser um projeto colaborativo pode se tornar uma crise.

...e que recompensas podem ser obtidas ao apoiar projetos de terceiros

Marketing

Alguns dos donos de projetos costumam reservar às empresas apoiadoras um espaço para que exponham suas marcas. O mais comum é incluir no projeto o logotipo das empresas que deram grandes quantias em dinheiro — uma forma de identificá-las como apoiadoras. No novo site da MateriaBrasil, há um selo do Asas, instituto criado pela Red Bull para investir em negócios sociais.

Retorno

Devolver parte do dinheiro ao apoiador não é incomum. Donos de projetos que conseguem um rápido retorno muitas vezes até devolvem tudo. Isso acontece com quem ajuda a financiar shows em sites como Queremos! e Playbook. Nos casos em que a bilheteria é mais do que suficiente para bancar o show e garantir a margem da casa, os financiadores costumam receber o pagamento antecipado de volta.

Sociedade

O financiamento coletivo que dá aos apoiadores o direito de se tornar sócios da empresa ainda não é comum no Brasil, mas alguns sites já estudam lançar serviços dessa natureza. É recomendável que os empreendedores que optem por esse modelo de recompensa procurem apoio jurídico, já que tornar doadores sócios pode ser interpretado como uma espécie de oferta pública de cotas da empresa.

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