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A Umatch quer formar casais universitários — e tem R$ 900 mil para isso

Criada em setembro de 2020, a startup é uma plataforma de relacionamento nos moldes do Tinder que mira jovens universitários do país

Cayo Syllos e Bruno Adami, fundadores da Umatch: app de relacionamento para universitários recebeu aporte de R$ 900 mil (Umatch/Divulgação)

Cayo Syllos e Bruno Adami, fundadores da Umatch: app de relacionamento para universitários recebeu aporte de R$ 900 mil (Umatch/Divulgação)

A startup Umatch tem tudo para ser considerado um aplicativo de relacionamento à la Tinder, mas decidiu ir além. A empresa criou uma plataforma de integração apenas para jovens universitários e agora recebeu um investimento-anjo de 900.000 reais para levar a ideia adiante. A rodada foi liderada pela associação de investidores-anjo Poli Angels, fundada por ex-alunos da Escola Politécnica da USP, e também contou com a participação da Harvard Angels, FEA Angels e INSEAD Angels.

Essa é a segunda vez que a startup recebe investimento externo. Para tirar o projeto do papel, os empreendedores tinham empregado 6.000 reais, e logo depois, dobraram a aposta. Já em novembro de 2020, a empresa recebeu um aporte de seu primeiro investidor-anjo, Cauê Passos.

A startup foi fundada em setembro de 2020 pelos também universitários Bruno Adami e Cayo Syllos. Os dois apostaram na ideia de que o público estudante adoraria estreitar os círculos de relacionamento, e um app segmentado seria uma ótima tentativa. A proposta da Umatch é conectar universitários em uma plataforma de relacionamento. Quando há uma conexão entre os interesses de dois usuários, há um “match” e uma sala de bate-papo é aberta.

“Enquanto universitários, sentíamos falta de um aplicativo de relacionamento exclusivo para nós e, conversando com outras pessoas, percebemos que essa dor não era só nossa, mas sim do nicho universitário”, diz Adami, CEO e cofundador da Umatch.

Apenas usuários que comprovem o vínculo com alguma instituição de ensino podem usar o aplicativo. Essa comprovação pode ser feita com boletos, comprovantes de matrícula, e-mail institucional ou carteirinha. Um dos diferenciais da Umatch, segundo Adami, está no conjunto de filtros de seleção durante a busca por outras pessoas. O app permite selecionar usuários por universidade, curso, e idade.

O aplicativo é gratuito, mas possui também uma versão premium lançada há dois meses e que custa R$ 19,90 por mês. Nesta versão, usuários têm acesso a recursos como reações ilimitadas, ver quem curtiu o perfil e acesso ilimitado ao voltar atrás, botão que permite cancelar ou alterar reações.

Em um ano, o modelo de negócio se mostrou certeiro. Já são mais de 50.000 usuários de 360 faculdades paulistas. E os fundadores acreditam que essa base pode triplicar ainda este ano. Atualmente, entre as faculdades onde a Umatch está mais presente, destacam-se o Insper, onde 25% dos alunos usam a Umatch; São Leopoldo Mandic, com 25% dos alunos; ESPM, com 23% dos alunos e USP, com 10%.

A próxima etapa da Umatch mira a expansão regional. Atualmente o aplicativo está disponível apenas no estado de São Paulo, mas com a nova injeção de capital, a intenção é chegar também ao Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, estados que juntos já totalizam 10.000 usuários em uma lista de espera.

Com a retomada dos eventos presenciais, a intenção é também lançar uma funcionalidade voltada para eventos, na qual os usuários poderão filtrar e dar match com quem vai à mesma festa antes dela acontecer.

Agora capitalizada, a startup pretende contratar novos talentos, entre eles um gerente de marketing, responsável por coordenar as estratégias de expansão e marca da empresa, e dois desenvolvedores.

“O que aprendemos neste início e depois passamos a validar diariamente é que universitários, assim como pessoas de maneira geral, buscam se relacionar com quem vive a mesma fase de vida e possuem gostos, interesses e ideias semelhantes, e é exatamente isso que os universitários encontram na Umatch”, diz Adami.

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