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Site que ajuda quem quer ser freelancer recebe R$ 8 milhões

A startup Workana reúne mais de 500 mil freelancers - e anunciou um aporte de 8 milhões de reais para expandir sua plataforma

Trabalhando de qualquer lugar: essa é uma opção para reduzir os custos iniciais ao montar seu empreendimento (Foto/Thinkstock)

Trabalhando de qualquer lugar: essa é uma opção para reduzir os custos iniciais ao montar seu empreendimento (Foto/Thinkstock)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 22 de março de 2017 às 06h00.

Última atualização em 22 de março de 2017 às 06h00.

São Paulo - Uma das grandes dificuldades de quem embarca na vida de freelancer é conseguir novos projetos. É para resolver esse problema que a plataforma Workana nasceu, em 2012: um marketplace que conecta quem possui projetos a serem feitos com usuários que “freelam” na área desses pedidos (de programação até marketing).

Cinco anos depois, o negócio já possui mais de 250 mil projetos postados e 500 mil freelancers cadastrados. Agora, recebeu um investimento de 8 milhões de reais feito pelo grupo australiano SEEK, para financiar mais uma expansão.

Como funciona?

A ideia da Workana surgiu quando o argentino Tomás O’Farrell saiu de seu emprego e adotou o trabalho freelancer para ficar com seu filho recém-nascido. “No primeiro mês dele, eu só trabalhava de tarde, em casa. E achei isso incrível”, conta. “Comecei a entender essa autonomia, para algumas pessoas, é bem mais importante do que ter um emprego fixo.”

Então, o empreendedor resolveu criar, em 2012, uma plataforma que ajudasse os freelancers de toda a América Latina a conseguirem mais trabalho e construírem uma reputação: a Workana.

Reprodução do site da Workana

Reprodução do site da Workana (Workana/Reprodução)

Funciona assim: o usuário entra e faz uma requisição de projeto. Os freelancers olham o projeto publicado e fazem sua proposta de trabalho. Quem pediu o projeto pode analisar o valor pedido e a reputação de cada freelancer, optando pelo melhor custo-benefício.

Assim que escolher, o usuário faz o pagamento para a Workana e o projeto é iniciado. O pagamento é liberado apenas quando o freelancer terminar seu trabalho. A Workana, como taxa de comissão, fica com 15% do valor do projeto.

Segundo O’Farrell, o Brasil é o maior mercado na plataforma: metade do volume de negócios gerado vêm do país. As próximas posições são ocupadas por México e Argentina.

Metade dos serviços são relacionados à programação, sendo seguidos por design e por produção de conteúdo.

Quanto cada freelancer recebe na Workana varia muito por quantidade e tipo de serviço, mas a plataforma disponibilizou uma calculadora de preço médio por cada trabalho.

Porém, algo é claro: os que mais constroem reputação dentro da plataforma são os freelancers que operam em horário integral, e não só como complemento de renda.

“Temos os dois perfis na plataforma. O que vemos é que os que mais chegam ao topo do ranking são os full time: os freelancers por decisão, que querem continuar sendo freelancers.”

Aporte e expansão

O investimento anunciado recentemente não é o primeiro que o grupo SEEK faz na Workana. Em 2016, o fundo australiano já havia aportado cerca de outros oito milhões de reais na startup. O SEEK também é acionista de empresas como a Brazil Online Holdings, controladora da Catho no Brasil.

Com o reinvestimento, o principal foco será melhorar a experiência, especialmente nos smartphones.

A expectativa da Workana é chegar, até o fim de 2017, a um milhão de freelancers. O negócio espera também dobrar o número de projetos postados, indo para 500 mil. Para isso, conta com uma equipe de 35 profissionais em dois escritórios, localizados no Brasil e na Argentina.

“O que vemos como ponto de maior oportunidade no nosso negócio é o fato de o crescimento do mundo freelancer estar apenas começando. O potencial para a Workana é incrível, porque muita gente ainda irá escolher virar freelancer e ter um trabalho mais autônomo e flexível, focando em qualidade de vida”, defende O’Farrell.

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