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Restaurantes estão proibindo clientes de usar máscaras nos EUA

Apesar de ser o país com o maior número de mortos pela covid-19, alguns estabelecimentos proíbem o uso do item de proteção

Coronavírus: autoridades sanitárias dos Estados Unidos recomendam uso de máscaras desde o começo de abril (Suwinai Sukanant / EyeEm/Getty Images)
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Carolina Ingizza

Publicado em 28 de maio de 2020 às 14h41.

Última atualização em 28 de maio de 2020 às 16h47.

Reabrir o comércio em meio à pandemia do novo coronavírus é um desafio. Nos Estados Unidos, conforme algumas regiões vão flexibilizando o isolamento, bares e restaurantes se preparam para reabrir. Os governos locais recomendam medidas para tentar minimizar as chances de contaminação, como a separação de mesas e diminuição da capacidade total dos restaurantes. Ainda assim, um ponto tem causado divergência entre alguns proprietários: o uso de máscaras faciais dentro dos estabelecimentos.

Desde o dia 3 de abril, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos recomenda que todos os americanos usem voluntariamente máscaras de tecido ao sair de casa, mas só alguns estados tornaram o uso obrigatório. Com a retomada das atividades comerciais, muitas lojas e restaurantes decidiram criar regras próprias que impedem a entrada de quem esteja com o rosto descoberto.

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Agora, começam a aparecer estabelecimentos em um movimento contrário: proibindo pessoas com máscaras de entrar. Um desses espaços é o bar Liberty Tree Tavern, na cidade de Elgin, no Texas. Segundo reportagem do jornal americano The Washington Post, Kevin Smith, dono do bar, se revoltou com o que chama de “tempos ridículos de medo”. Com a capacidade do salão reduzida a 25%, o proprietário disse que não quer receber ninguém que esteja amedrontado.

A cidade, que tem 10.000 moradores, teve 53 casos confirmados de coronavírus e uma morte. As máscaras foram de uso obrigatório por duas semanas e agora o governo local só incentiva que os moradores sigam cobrindo seus rostos em espaços públicos.

Apesar das recomendações das autoridades de saúde, Smith não acredita que as máscaras sejam necessárias. Ao Washington Post, ele justificou sua opinião dizendo que os funcionários precisavam conferir os documentos de quem entra e que seria desconfortável para os clientes comer e beber com um tecido cobrindo a boca.

Seu bar não foi o único a adotar a medida. No estado de Kentucky, um posto de gasolina também proibiu o uso de máscaras dentro da loja de conveniência. Perto de Los Angeles, uma loja de pisos proíbe o uso do item de proteção e encoraja os clientes a se abraçar e dar as mãos. Outros desconfiam que os clientes cobrindo o rosto sejam potenciais assaltantes, como afirmou ao jornal a dona de um camping no estado de Wisconsin.

Ao todo, os Estados Unidos já registraram mais de 100.000 mortes por causa da covid-19, segundo dados da universidade Johns Hopkins. O país é o que tem o maior número de casos confirmados, 1,7 milhão, seguido pelo Brasil, com cerca de 411.800.

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