Pequenos negócios geraram 70% dos empregos com carteira assinada no país
As PMEs criaram três vezes mais postos de trabalho do que as médias e grandes empresas no primeiro trimestre de 2021
Da Redação
Publicado em 31 de maio de 2021 às 15h21.
Última atualização em 2 de junho de 2021 às 08h37.
Por Agência Sebrae de Notícias
Entre janeiro e março deste ano, as micro e pequenas empresas criaram 587.000 novos postos de trabalho com carteira assinada no Brasil. Esse número representa 70% do total de empregos gerados no período. Por outro lado, as médias e grandes empresas (MGE) foram responsáveis por 190.000 ocupações formais. As MPE criam três novos postos de trabalho a cada um gerado pelas MGE, conforme levantamento feito pelo Sebrae com base nos dados do Caged do Ministério da Economia.
Na visão do presidente do Sebrae, Carlos Melles, os resultados positivos do primeiro trimestre de 2021 refletem claramente a importância dos pequenos negócios na economia brasileira e o potencial para retomada do crescimento. “A receita das MPE para combater a crise causada pela pandemia é a geração de empregos. Quando comparamos com o primeiro trimestre de 2020, os dados do Caged apontam que a evolução dos empregos gerados teve aumento de 400%. São números extremamente representativos da força dos pequenos negócios” destacou.
O setor de serviços foi o que mais criou vagas entre as micro e pequenas empresas entre janeiro e março deste ano, com 224.300 novos empregos formais. As cinco atividades que apresentaram maior saldo líquido na geração de emprego foram transporte rodoviário de carga, serviços de escritório e apoio administrativo, locação de mão de obra temporária, serviços de engenharia e serviços para apoio a edifícios. Em segundo lugar na geração de novas vagas ficou o setor da Indústria, com 152.800 postos de trabalho, seguido do Comércio, com 105.100, depois a Construção Civil, com 75.300 e por último, a Agropecuária, com 23.900.
Recorte estadual
Os estados brasileiros que proporcionalmente mais contrataram graças aos pequenos negócios foram Mato Grosso, que lidera com 56,1 novos postos de trabalho a cada 1.000 já existentes; seguido do Rio Grande do Norte, com 49,7 e Santa Catarina, com 48,9. No outro extremo, o Amazonas teve saldos negativos em janeiro e fevereiro, mas recuperou em março. Mesmo assim, o estado continuou com 3,3 novos empregos gerados a cada 1.000 já existentes. Em números absolutos, o estado de São Paulo lidera com 135.000 novas vagas no primeiro trimestre deste ano.
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