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Pequenas empresas estão menos otimistas com 2012

Índice que mede a expectativa das pequenas e medias empresas teve ligeira queda com relação ao próximo trimestre

Comércio manteve confiança estável para o próximo trimestre (Germano Lüders/EXAME.com)

Comércio manteve confiança estável para o próximo trimestre (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2011 às 14h29.

São Paulo – Os donos de pequenas e médias empresas estão um pouco menos otimistas com o primeiro trimestre de 2012 do que estavam no mesmo período do ano passado. A informação é do Índice de Confiança de Pequenos e Médios Negócios (IC-PMN), elaborado pelo Insper em parceria com o Santander.

Segundo o professor, a inflação impacta mais nestes negócios do que uma crise internacional. “Com exceção do trimestre passado, 2011 foi um ano de acomodação da expectativa e foi também o que aconteceu neste trimestre”, explica José Luiz Rossi Junior, professor do Insper.

A expectativa das pequenas e médias empresas para o próximo trimestre é que a economia e o seu ramo de atividade sofram uma desaceleração. Com isso, elas já esperam faturar e contratar menos. “A visão das empresas é de que o curto prazo vai ser turbulento e que a economia vai passar por um momento negativo. Mas, no médio e longo prazo, elas acham que vai melhorar”, diz Rossi.

Mesmo nesta percepção, os empreendedores esperam aumentar o lucro e os investimentos até março do próximo ano. Comércio e indústria mantiveram o índice de confiança estável e o setor de serviços apresentou queda. “Estamos vivendo um momento de desaceleração heterogênea, que é menos intensa e não afeta todos os setores”, ressalta Mauricio Molan, economista-chefe do Santander.

Nesta edição, o índice registrou 73,7 pontos, em uma escala de 0 a 100, contra 73,7 do último levantamento. Na divisão regional, o Centro-Oeste apresentou a maior queda do nível de confiança. “A gente acredita que possa ser algo sazonal”, afirma Rossi. Nordeste e Sul também apresentaram redução no otimismo, enquanto Sudeste e Norte tiveram um pequeno aumento.

Elaborado a cada três meses, o estudo envolve 1,2 mil empresas das cinco regiões do país, com faturamento de até 30 milhões de reais por ano. Comércio, indústria e serviços foram os ramos analisados no levantamento.

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