Para imunizar seus funcionários, Amazon contrata fundadores de startup de testes para Covid-19
A Amazon.com contratou vários funcionários de uma startup de testes para Covid-19 como parte dos esforços para evitar o contágio entre funcionários
Leo Branco
Publicado em 12 de fevereiro de 2021 às 08h38.
A Amazon .com contratou vários funcionários de uma startup de testes para Covid-19 como parte dos esforços para evitar o contágio entre funcionários .
Os cofundadores da Caspr Biotech, o CEO Franco Goytia e a diretora de estratégia, Carla Giménez, foram contratados pela Amazon em dezembro, segundo uma pessoa a par da situação. A dupla, além de vários outros funcionários da startup, trabalha em um projeto chamado Artemis. Não está claro se a Amazon adquiriu a Caspr Biotech.
Em carta aos acionistas em abril, o CEO Jeff Bezos disse que a empresa havia começado a construir um laboratório para testar funcionários para Covid-19.
Quase na mesma época, em Sunnyvale, na Califórnia, sede do braço de hardware Lab126 da Amazon, a empresa começou a montar um protótipo de laboratório e a buscar microbiologistas e pesquisadores, bem como um advogado para supervisionar os aspectos legais da iniciativa.
“Não temos certeza de até onde chegaremos no prazo relevante”, escreveu Bezos. “Mas achamos que vale a pena tentar e estamos prontos para compartilhar tudo o que aprendermos.”
Desde então, a Amazon contratou dezenas de técnicos para trabalhar em laboratórios em Hebron, Kentucky, próximo a um centro de carga aérea da Amazon, e em Manchester, na Inglaterra. A empresa também enviou testes conduzidos em seus centros para laboratórios terceirizados, incluindo a Universidade de Washington. A Amazon disse neste mês que está testando cerca de 700 trabalhadores por hora.
A Amazon não quis comentar sobre a Caspr Biotech e a contratação dos funcionários. Goytia e Giménez não responderam a pedidos de comentários.
Em vídeo postado no YouTube com Goytia em abril, a Caspr Biotech disse que pretendia desenvolver testes “baratos e rápidos” que gerassem resultados em uma hora. Ele disse que a startup tem avaliado os testes com autoridades de saúde em todo o mundo, bem como com empresas privadas e redes de laboratórios.
“Ainda estamos longe de ter nossa solução totalmente fabricada e desenvolvida”, disse Goytia.
Em entrevista ao San Francisco Business Times em maio passado, Goytia disse que pretendia ter testes prontos para uso no segundo semestre de 2020. Goytia e Giménez transferiram grande parte de sua equipe da Argentina para São Francisco, sendo que cerca de 15 dos 25 funcionários da startup moram juntos em uma casa na Praça Alamo, de acordo com o artigo.
Goytia disse ao jornal que a empresa tem crescido rápido para responder à pandemia. “Estamos trabalhando dia e noite para avançar nosso objetivo”, disse ao Business Times. “As pessoas trabalham até as 4h da manhã no laboratório em experimentos, trabalhando mais de 12 horas por dia.”
Fundada em 2018, a Caspr Biotech é minúscula, tendo levantado apenas US$ 550 mil, de acordo com a PitchBook, segundo a qual o valor da empresa era de cerca de 2,5 milhões de dólares em 2019.