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Os desafios de ter um negócio com o seu marido

Camila Farani, especialista em empreendedorismo feminino, conta que os problemas da empresa não podem ser discutidos no café da manhã, por exemplo

Casal com cara de cansaço e dúvida (Divulgação/Imovelweb)
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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2014 às 11h12.

Desafios de ter um negócio com o marido

Escrito porCamila Farani , especialista em empreendedorismo feminino

Dizem por aí que sociedade é igual a casamento, só que sem amor e sexo. E quando a sociedade em questão for entre marido e mulher? É possível criar uma empresa de sucesso com sua esposa? Uma coisa é certa: a afinidade no campo pessoal não basta para que a parceria dê certo.

Ter competências complementares é um bom começo. Mesmo que os sócios tenham a mesma formação técnica, é recomendável que ocupem funções distintas dentro do negócio. Essa é a primeira lição.

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A divisão do trabalho é um dos elementos de sucesso do negócio, mas as ambições têm de ser semelhantes. Uma situação comum é quando começa a entrar dinheiro na empresa. Geralmente um dos sócios quer reaplicar no negócio e outro pensa em fazer uma obra em casa ou trocar de carro. É preciso que, desde o começo, os parceiros saibam aonde querem chegar.

O fato é que com uma receita maior, as possibilidades de desentendimento entre os sócios aumentam. Criar regras bem definidas desde o início torna-se indispensável. Outro ponto é estimular o diálogo e a sinceridade entre as partes. Mesmo assim, é importante que haja um contrato social bem claro, pois ninguém sabe o dia de amanhã.

A pesquisa PwC Family Business Survey 2012, realizada pela PwC em todo o mundo, registrou que no Brasil, 77% das empresas familiares registraram crescimento, enquanto globalmente esse percentual foi de 65%. O estudo consultou, entre junho e agosto deste ano, quase dois mil executivos de 28 países, localizados na Europa, Oriente Médio, Américas e Ásia-Pacífico. No Brasil, foram consultadas 100 empresas familiares.

Segundo pesquisa divulgada pelo International Stress Management do Brasil (ISMA-BR), casais que trabalham juntos entendem melhor as angústias e a carga horária do parceiro. A produtividade também é elevada. Em geral, eles ficam cerca de 12 horas diárias no emprego, enquanto a média nacional é de 9 horas.

Por outro lado, essa proximidade pode fazer com que a relação caia na monotonia e o casamento entre em crise. Como tudo na vida, temos que colocar limites. Os problemas da empresa não podem ser discutidos no café da manhã, no almoço ou no jantar.

Uma boa dica é estipular um momento no dia para que cada um faça atividades individuais: ir à academia, encontrar amigos ou se capacitar. Manter a individualidade é o segredo do sucesso!

Camila Farani é CEO do Grupo Boxx, focado em alimentação, e co-fundadora do Mulheres Investidoras Anjo.

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