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Os desafios de ser um máster-franqueado

Ser um máster franqueado requer alto nível de comprometimento com a marca

Empreendedorismo (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2014 às 11h36.

O desafio de ser um máster-franqueado
Respondido por Lyana Bittencourt, especialista em franquias

Nos últimos tempos, temos observado um movimento interessante de vinda de franquias internacionais ao Brasil. Boa parte das redes opta por desbravar este novo mercado com um parceiro que conheça bem as características de nosso país, escolhendo um máster-franqueado.

Algumas redes também utilizam esta mesma denominação quando dividem o país por regiões, utilizando franqueados desenvolvedores de área como um braço da franqueadora para buscar novos franqueados bem como fornecer o suporte necessário às unidades.

Ser um máster franqueado, via de regra, não é tarefa fácil. Requer alto nível de comprometimento com a marca, visão profunda do mercado, alto senso de oportunidade, e acima de tudo, engajamento com os resultados da rede.

Um erro primário é priorizar somente a velocidade da expansão, sem o cuidado necessário com o perfil e a capacidade financeira e de gestão dos franqueados que ingressam na rede. Estes “deslizes” certamente comprometerão a sustentabilidade no médio prazo. Foco somente no curto prazo, nestes casos, pode ser fatal.

Outro ponto fundamental é relacionamento. Máster-franqueados precisam estar apoiados por uma equipe que preze pelo bom relacionamento com a rede, sempre disposta a apoiar e solucionar conflitos, pois questões mal resolvidas podem se alastrar pela rede e se transformar numa bola de neve.

Lyana Bittencourt é sócia e diretora de Marketing e Desenvolvimento do Grupo Bittencourt.

São Paulo – Nem as últimas projeções de baixo crescimento da economia têm desanimado as redes de franquias estrangeiras a virem para o Brasil. O anúncio mais recente foi da americana Dunkin´Donuts, que resolveu voltar ao país depois de 8 anos. O plano é abrir 65 lojas no Distrito Federal e em Goiás, nos próximos cinco anos, em parceria com o grupo OLH. Para Paulo Cesar Mauro, diretor-presidente da Global Franchise, a estabilidade política brasileira atrai os estrangeiros. “Se está normal, principalmente em termos políticos, eles olham as características de mercado. Nós temos uma população grande, houve uma evolução muito grande da distribuição de renda com a ascensão da classe C nos últimos anos e o consumidor gasta muito”, explica. Com a ajuda da Global Franchise, do Grupo Bittencourt, da Goakira e da Netplan, EXAME.com listou dez redes com planos avançados de franquias no país.
  • 2. Dunkin´Donuts

    2 /12(Reprodução)

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    Apoiada pelo grupo Bittencourt, a rede encomendou um estudo do mercado brasileiro para entender o comportamento do consumidor e como poderia planejar sua expansão. O modelo escolhido é um tipo de máster franquia, onde o empresário será dono de lojas em determinada região e também será responsável pela venda de novas franquias. O grupo OLH tem contrato para operar no Distrito Federal. São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro estão nos planos também.
  • 3. Benefit

    3 /12(Divulgação/Benefit)

  • A americana Benefit é uma das marcas de cosméticos mais desejadas do país e até pouco tempo só era encontrada no Brasil em multimarcas. Há um ano, a marca anunciou sua chegada ao Brasil usando um modelo inédito de expansão até então, as franquias. Segundo o grupo Bittencourt, que coordena a expansão, a rede está buscando franqueados para a abertura das primeiras unidades. Shoppings de luxo são prioridade. O investimento inicial é de 820 mil reais.
  • 4. Saboreaté y Cafe

    4 /12(Divulgação)

    A marca espanhola de cafeterias está em processo de “tropicalização” há dois anos. Já com empresa aberta e estruturada no Brasil, começa a procurar novos investidores. Até o momento, quatro contratos já foram assinados e as lojas devem ser abertas até o final do ano. A região Sudeste é o foco da rede. Segundo a consultoria Goakira, serão dois modelos de franquia: quiosque e loja. O investimento vai de 100 mil a 250 mil reais.
  • 5. West 1

    5 /12(FABIO MANGABEIRA)

    A agência de viagens de intercâmbio australiana comprou cinco pequenas agências no Brasil para começar a operar no país e está em processo de conversão dessas unidades para sua bandeira. No próximo semestre, novas lojas devem ser abertas, começando especialmente pelo interior de São Paulo. Segundo a consultoria Goakira, o investimento inicial deve ser de 100 mil a 150 mil reais.
  • 6. The Body Shop

    6 /12(Divulgação/The Body Shop)

    No final do ano passado, a L’Oréal, dona da marca Body Shop, anunciou a compra da brasileira Empório Body Store e os planos de trazer a rede inglesa ao Brasil. Segundo o grupo Bittencourt, todas as lojas Empório Body Store serão convertidas nos próximos anos para Body Shop. Para novas franquias, a prioridade está em locais como Minas Gerais, região Norte, interior de SP, Santa Catarina, Nordeste e interior. Os franqueados precisam ter fôlego financeiro para abrir ao menos três unidades.
  • 7. Breath Legal

    7 /12(Divulgação/Breath Legal)

    Assessorada pela Global Franchise, a marca Breath Legal quer trazer um conceito novo ao país, de franquias de bafômetros, instalados em bares e restaurantes para que os clientes não dirijam depois de beber. Nos Estados Unidos, as franquias tem investimento inicial de cerca de 25 mil dólares.
  • 8. Booster Juice

    8 /12(Divulgação/Booster Juice)

    Criada em 1999, a rede Booster Juice já tem uma unidade em Curitiba e planeja abrir outras, principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, assessorada pela Netplan Consultoria. A rede de sucos e shakes tem mais de 350 lojas em vários países como Canadá, Estados Unidos, Holanda, Reino Unido, México e Índia. As lojas precisam de 15 a 100 metros quadrados e até 12 funcionários. O investimento inicial pode chegar a 120 mil reais, com prazo de retorno de até 24 meses.
  • 9. Funky Fish

    9 /12(Divulgação/Funky Fish)

    A marca de bijuterias espanhola foi criada em 1996. Hoje, tem mais de 200 unidades em vários páises. Europa e América Latina concentram a maior parte das lojas da rede. No Brasil, conta com o suporte da Global Franchise para abrir as primeiras unidades.
  • 10. Casa do Galo

    10 /12(Divulgação/Casa do Galo)

    A franquia portuguesa Casa do Galo foi aberta em 1961 e é especializada na culinária lusitana. No Brasil, a Global Franchise calcula que a rede tenha pratos com preços de 15 reais. A expansão por aqui deve ser com máster franquias, divididas entre Sul, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, Nordeste, e Centro Oeste e Norte. No total, devem ser abertas mais de 80 unidades. Um restaurante deve ter investimento de 40 mil euros.
  • 11. Arabica

    11 /12(Divulgação/Arabica)

    Criada em 1976, a rede de cafeterias americana soma mais de 50 endereços em países como Estados Unidos, China e Costa Rica. Segundo a Global Franchise, o investimento para ser um franqueado máster regional da rede é de 180 mil dólares. Para unidades, o investimento vai de 50 mil a 130 mil reais, conforme o modelo.
  • 12. Agora, veja mais sobre franquias

    12 /12(Divulgação/ Mr. Kids)

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