Os 20 melhores países da AL para mulheres empreenderem
O índice do Fundo Multilateral de Investimento avalia o apoio oferecido pelos países da América Latina às mulheres; Brasil está em 10ª lugar
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2013 às 08h16.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h31.
São Paulo – Um levantamento feito pelo Fundo Multilateral de Investimento (FUMIN), membro do Grupo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e pela Economist Intelligence Unit, mostrou quais são os países latino-americanos e do Caribe que apresentam as melhores condições para mulheres empreendedoras . O índice The Women’s Entrepreneurial Venture Scope (WEVentureScope) leva em conta cinco fatores: riscos na operacionalização de um negócio, ambiente de empreendedorismo, acesso a financiamento, capacidade e habilidade, e serviços sociais. O Chile lidera a lista, com uma pontuação de 64,8, de 100 pontos possíveis. O Brasil aparece em 10º lugar, atrás dos vizinhos Argentina e Uruguai. “As mulheres latino-americanas estão entre as mais empreendedoras do mundo, porém, ainda possuem uma representação muito baixa como proprietárias de pequenas empresas ”, opina Nancy Lee, gerente geral do FUMIN. Veja a lista completa do ranking nas fotos.
![1. Chile](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_santiago9.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
2 /22(Wikimedia Commons)
O país lidera o ranking do estudo e oferece o melhor ambiente de negócios para mulheres empreendedoras. Liderando quatro das cinco categorias do índice, o Chile se destaca por seu baixo risco operacional para quem tem um negócio, por exemplo. A estabilidade econômica dá confiança para quem deseja investir em uma PME. Com mais de 17 milhões de habitantes, 12,8% das empresas são comandadas por mulheres. O acesso à tecnologia também é um diferencial. A solidez das finanças públicas coloca o país em uma boa posição ao enfrentar eventuais crises globais.
![2. Peru](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_peru_machu_picchu_sunrise_24.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
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O país, com 31,2 milhões de pessoas, aparece na segunda posição, com bons índices de programas de capacitação, acesso a capital e ambiente de negócios. Com poucos riscos de instabilidade econômica, o país ainda pode melhorar as condições de serviços sociais e corrupção. As pequenas empresas representam 98% dos negócios peruanos, sendo 17,3% comandados por mulheres.
![3. Colômbia](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_bogota-colombia12.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
4 /22(John Coletti/Corbis/Latinstock)
Apesar do custo para empreender no país ser maior do que a média do levantamento, ainda assim oferece um dos melhores ecossistemas para empreendedoras. O acesso ao financiamento e os altos níveis de educação são algumas vantagens para as mulheres no país. Com uma população de quase 49 milhões de habitantes, 25% das empresas estão nas mãos de mulheres. Os programas de capacitação voltados para empreendedoras estão disponíveis tanto nas áreas urbanas quanto rurais.
![4. México](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_parlamento-cid-mexico3.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
5 /22(Getty Images)
O quarto lugar é justificado pelo ótimo ambiente para empreendedores e o acesso a capital. Hoje, 90% dos empréstimos de microcrédito são destinados a mulheres. As mulheres costumam ter boas capacidades e serviços sociais que facilitam a abertura de empresas. Apesar disso, o nível de sofisticação dos negócios ainda é baixo, impedindo o crescimento. O país tem 24,5% as empresas nas mãos de mulheres.
![5. Uruguai](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_uruguai9.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
6 /22(Matt Rubens/Wikimedia Commons)
Quase 40% dos negócios uruguaios pertencem a mulheres. As empreendedoras contam com bons programas de capacitação e serviços sociais. Apesar de o ambiente ser bom para negócios, com baixos riscos operacionais, as empresárias ainda encontram dificuldades para conseguir capital. A legislação ainda pode ser melhorada, com mais benefícios a pequenas empresas.
![6. Costa Rica](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_costarica5.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
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O país tem 4,9 milhões de habitantes e, de acordo com o levantamento, cerca de 16,5% das empresas são geridas por mulheres. O ambiente de negócios para empreendedoras é favorável e há cursos de capacitação em áreas como contabilidade. O acesso ao financiamento para mulheres empreendedoras é um dos principais obstáculos enfrentados. A percepção de suborno e corrupção é relativamente baixa e não são entraves para quem tem uma PME.
![7. Argentina](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_porto-madero.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
8 /22(Hughes Hervé/hemis.fr/AFP Photo)
Mais de 9% das empresas do país têm mulheres no cargo de gestor. O maior obstáculo para os negócios, geridos por homem ou mulher, de acordo com o levantamento, é a macroeconomia. A corrupção também é um dos desafios para 60% dos empresários de pequenas e médias empresas. As mulheres se beneficiam de fatores que facilitam o empreendedorismo como educação, cursos de capacitação e serviços sociais.
![8. Trinidad e Tobago](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_portspaisn-mikko-rauhala.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
9 /22(Wikimedia commons/Mikko Rauhala)
Com altos riscos operacionais, um fraco ambiente de negócios e poucos serviços sociais de qualidade, o país precisa desenvolver vários aspectos para melhorar o ambiente empreendedor. As empresárias têm dificuldades em encontrar programas de capacitação e suporte. Além disso, a sofisticação dos negócios ainda é um desafio.
![9. Panamá](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_panama4.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
10 /22(Wikimedia Commons)
Em nono lugar, o Panamá tem 26,2% dos negócios com mulheres na gestão. Elas contam com baixos riscos operacionais e bons serviços sociais. Por outro lado, as empreendedoras ainda enfrentam dificuldades para ter acesso a crédito e poucos programas de capacitação. Hoje, o país investe em infraestrutura, oferecendo oportunidades em logística, serviços financeiros, turismo e varejo.
![10. Brasil](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_marginal6.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
11 /22(Dado Galdieri/Bloomberg)
As brasileiras têm um cenário favorável no país para empreender. O acesso ao crédito para micro, pequenas e médias empresas é bom, de acordo com o levantamento. Os riscos operacionais de um negócio são os maiores desafios das empreendedoras. Além disso, as mulheres se beneficiam de cursos de capacitação por meio de entidades como o Sebrae e o Senai, apesar dos programas não serem específicos para elas. De acordo com 70% das PMEs ouvidas pelo estudo, a corrupção é um dos principais entraves para o seu negócio. Outra preocupação é a falta de iniciativas para ter uma diversidade de fornecedores.
![11. República Dominicana](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_santo-domingo1.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
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As mulheres representam mais de 50% da força de trabalho do país e têm presença marcante no setor empresarial, de acordo com o levantamento. Com uma população de 9,8 milhões de habitantes, 19,9% dos negócios estão nas mãos de mulheres. Os dois principais desafios enfrentados pelas empreendedoras são as poucas iniciativas de fornecedores do setor público e o uso limitado de serviços financeiros, como saques de dinheiro.
![12. Equador](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_quito4.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
13 /22(Mike Hewitt /Allsport, via Getty Images)
O crescimento da economia nos últimos anos tem contribuído para que os custos para abrir um negócio diminuam. Mas, os principais desafios enfrentados pelas donas de PMEs são o acesso à tecnologia e questões relacionadas à licença maternidade e paternidade. Com mais de 15 milhões de habitantes, 22,8% das empresas são geridas por mulheres.
![13. Bolívia](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_santa-cruz1.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
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Empatado com Honduras, o baixo acesso à tecnologia e os riscos operacionais nos negócios são os principais obstáculos enfrentados pelas mulheres gestoras de pequenas e médias empresas. Com uma população de mais de 10 milhões de pessoas, o país sofre com a falta de acesso à internet. Apesar dos níveis de ensino não serem altos, as mulheres têm participação semelhante a dos homens em cursos de formação profissional. Além disso, elas têm acesso a cursos de capacitação por meio de iniciativas privadas e públicas.
![14. Honduras](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_honduras15.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
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Empatado com a Bolívia, o país, com mais de 8 milhões de habitantes, tem quase 28% dos negócios estão nas mãos de mulheres. O ambiente, segundo o levantamento, não facilita o empreendedorismo feminino. Há problemas de serviços sociais e acesso a capital. Quase 12% das empreendedoras afirmaram que a corrupção e as relações políticas de grandes empresas impedem seu desenvolvimento. Uma facilidade do país seria o acesso a redes de contatos e suporte técnico a pequenas empresas. O risco de instabilidade macroeconômica é baixo.
![15. Nicarágua](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_granada1.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
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A Nicarágua tem 31,9% das empresas com gestão feminina. As pequenas empresas representam 70% dos empregos do país, mas ainda recebem poucos incentivos. O acesso a crédito e o ambiente empreendedor ainda dificultam o desenvolvimento. Altas taxas e tributos também preocupam as empresas que, na maior parte dos casos, são pouco sofisticadas. Apesar disso, com baixo risco macroeconômico, exportações em alta, muita demanda interna e inflação moderada, o empreendedorismo feminino ainda pode crescer.
![16. Guatemala](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_guatemala8.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
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Do ponto de vista macroeconômico, o risco de instabilidade no país é relativamente baixo. Com 15,5 milhões de habitantes, cerca de 19,8% dos negócios são geridos por mulheres. Apesar de existir uma regulamentação para pequenas e médias empresas, não há impostos diferenciados e um sistema de falência efetivo. O acesso à internet é outro aspecto que demanda melhorias no país.
![17. El Salvador](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_el-salvador9.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
18 /22(rapidtravelchai/Creative Commons)
O país tem 6,3 milhões de habitantes e não tem uma legislação em vigor que define, apoia e promove as pequenas e médias empresas. Apesar disso, o ambiente é favorável para as mulheres empreendedoras porque as tarifas tributárias são baixas. De acordo com o levantamento, 20,5% das empresas têm mulheres como gestoras. Os entrevistados também identificaram os crimes como o principal obstáculo para lidar com um negócio.
![18. Venezuela](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_caracas8.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
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Altos riscos operacionais para o negócio e acesso escasso a capital estão entre os principais problemas das empreendedoras venezuelanas. Com inflação alta, o país tem um dos piores índices de estabilidade macroeconômica. Além disso, as mulheres apontam a corrupção e o pagamento de propinas como problemas para o crescimento. O país aparece no ranking empatado com El Salvador.
![19. Paraguai](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_15paraguai-assuncao.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
20 /22(Getty Images)
Com custos moderados para realizar negócios, as mulheres comandam 20,9% das empresas no Paraguai. Apesar disso, o crescimento econômico e a inflação apresentaram instabilidades nos últimos anos. Além deste fator, as empresárias apontam a corrupção e o pagamento de propinas como impedidores do crescimento. O acesso a capital e a tecnologia é limitado e ainda precisa ser melhorado.
![20. Jamaica](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_jamaica6.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
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O país, que tem 22,7% das empresas com mulheres no comando, aparece em último lugar na lista. Praticamente todos os indicadores analisados estão abaixo da média dos outros países. Há poucas instituições que apoiam o empreendedorismo, os riscos são altos e a economia do país é uma das mais pobres entre as analisadas, o que prejudica a confiança do investidor. Acesso a capital é também um problema recorrente para as empresárias.
![Agora, veja mais sobre negócios para mulheres](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_franquia-hope2.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
22 /22(Divulgação/Hope Lingerie/Exame)