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Onde conseguir dinheiro para começar um negócio

Professora de empreendedorismo fala sobre as principais fontes de capital para quem está começando

Dinheiro: nota de 50 reais (Dado Galdieri/Bloomberg)

Dinheiro: nota de 50 reais (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2014 às 11h48.

Onde conseguir dinheiro para começar um negócio

Respondido por Cynthia Serva, especialista em empreendedorismo

Quando você decide iniciar um novo negócio está investindo muito tempo, esforço e dinheiro antes de começar a ter lucro. Portanto, é importante pesquisar o mercado para garantir que realmente terá clientes dispostos a pagar por seu produto ou serviço.

O próximo passo é explorar diferentes fontes de financiamento e investimento inicial para desenvolver ou implementar sua ideia de negócio.

O ideal é que a principal fonte de recursos seja o bolso do próprio empreendedor e possíveis sócios na empreitada. Ou seja, é desejável que na fase de planejamento o empreendedor mensure o investimento inicial necessário e pense em uma forma de levantar esses recursos próprios.

Pode ser através de uma poupança realizada ao longo do processo de maturação da ideia e planejamento, ou quem sabe também levantar recursos através da venda de algum patrimônio, por exemplo.

O que quero dizer é que ainda é mais fácil iniciar um projeto com recursos próprios do que convencer terceiros, na maioria das vezes desconhecidos, a apostarem em sua ideia.

Mesmo sendo muito arriscado contrair uma dívida na forma de financiamento para se iniciar um negócio, uma alternativa é a busca por crédito bancário. Entretanto, vale ressaltar que até mesmo as instituições financeiras são relutantes em emprestar para iniciantes. O alto risco se reflete em taxas altas e necessidade de garantias. A dica é pesquisar pelas melhores (menores!) taxas.

Outra opção a ser considerada são as linhas de crédito oferecidas pelos bancos públicos, que têm acesso a recursos do governo e, dessa forma, podem cobrar taxas menores. Empresas inovadoras podem contar também com fontes de investimento governamental como a FINEP, em que parte dos juros são subsidiados.

O investimento anjo, que realizado por pessoas físicas, normalmente profissionais ou empresários bem sucedidos, em empresas iniciantes, é uma opção que traz não somente capital financeiro, mas também intelectual. A contrapartida por seu investimento será uma participação societária minoritária no negócio.

Para quem está começando a empreender e não tem capital próprio, a proposta pode ser bem atrativa, uma vez que se trata de uma alternativa para evitar as altas taxas dos juros e ainda poder contar com a experiência e conhecimento através de aconselhamento e mentoria dos seus “anjos”.

Cynthia Serva é coordenadora e professora do Centro de Empreendedorismo do Insper.

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