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O poder e influência do Klout

Aos 28 anos, o americano Joe Fernandez atraiu 40 milhões de dólares em investimentos para o site Klout, que identifica os usuários mais influentes das redes sociais

Joe Fernandez: "O Klout é como uma competição de popularidade" (Divulgação)

Joe Fernandez: "O Klout é como uma competição de popularidade" (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2012 às 06h00.

São Paulo - Muitos donos de pequenas e médias empresas encontram inspiração para seus negócios nos momentos de dificuldade. Foi o que aconteceu com o americano Joe Fernandez, de 28 anos. Em 2007, ele passou três meses sem poder falar, enquanto se recuperava de uma cirurgia no maxilar.

Durante esse período, seu principal canal de comunicação com os amigos era a internet - principalmente por meio de mensagens no Twitter e posts no Facebook. "Eu dava opinião sobre tudo e recomendava restaurantes", diz ele. "Fiquei surpreso ao ver que meus contatos levavam em conta o que eu dizia."

Com base nessa experiência, Fernandez começou a se perguntar como medir a in­fluên­cia que os usuários das redes sociais exercem sobre seus contatos - um tipo de informação capaz de atrair grandes empresas interessadas em se comunicar com os consumidores pela internet.

Após se recuperar da cirurgia, ele deixou o emprego numa empresa de tecnologia e começou a desenvolver uma ferramenta para criar uma espécie de ranking de popularidade na internet.

Em 2008, Fernandez lançou o Klout, um site que analisa como as pessoas interagem nas redes sociais. Suas mensagens no Twitter são retuitadas? Seus posts no Facebook são compartilhados? A pessoa tem recomendações profissionais no LinkedIn?

Com base em informações como essas, um software dá aos internautas uma nota de 0 a 100, de acordo com o grau de influência que exercem em sua rede. (Segundo os resultados do Klout, a personalidade mais influente da internet é o cantor adolescente Justin Bieber, o único a atingir a nota máxima.)

No ano passado, estima-se que o Klout tenha faturado em torno de 8 milhões de dólares. As receitas vêm de contratos com clientes como HP, Nike e Disney, que usam os dados do Klout para encontrar consumidores influentes na internet. Os campeões de popularidade costumam receber brindes ou prêmios - a expectativa é que eles experimentem novos produtos e compartilhem suas impressões entre os amigos e contatos. 

Nos Estados Unidos, os investimentos em marketing nas redes sociais estão em ascensão. Segundo a consultoria EMarketer, neste ano cerca de 80% das empresas americanas vão promover campanhas de divulgação em redes como Facebook, Google+ e Foursquare. Em 2015, a EMarketer estima que o marketing nas mídias sociais deverá movimentar em torno de 15 bilhões de dólares.

O Klout vem atraindo investidores interessados em explorar as oportunidades que surgem com o crescimento do marketing digital. Desde que foi fundada, a empresa já captou 40 milhões de dólares - a última negociação foi em janeiro, quando Fernandez vendeu uma participação na empresa para o Kleiner Perkins, fundo de capital de risco americano. "O Klout funciona como uma competição de popularidade", diz Fernandez. "E todo mundo gosta de ser popular."

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