Multinacionais de alimentos fazem ação para pequenos varejistas
Com vendas relevantes por meio de comércios menores, empresas como Mondelez, Nestlé e Pepsico apoiam lojistas na reabertura
Murilo Bomfim
Publicado em 4 de junho de 2020 às 13h26.
Última atualização em 10 de junho de 2020 às 17h33.
Com diversas cidades brasileiras iniciando uma reabertura das atividades comerciais presenciais, multinacionais da indústria de alimentos resolveram se unir em ação para apoiar pequenos varejistas.
Intitulada “Movimento Nós”, a iniciativa deve oferecer um pacote de incentivos para cerca de 300 mil comerciantes, a partir do momento em que a retomada das atividades for liberada.
“O objetivo não é termos grande reverberação, mas ajudar o pequeno varejo”, diz Maria Claudia Souza, diretora de assuntos corporativos e governamentais da Mondelez Brasil , uma das empresas integrantes do movimento. “Existe uma parceria entre multinacionais e varejistas: um depende do outro.”
Para a Mondelez, 45% da base de clientes vêm do pequeno varejo. “É bastante significativo. Temos, por exemplo, categorias de impulso, com produtos que o consumidor seleciona na hora de passar a compra no caixa.”
Além da fabricante de bebidas e lanches ultraprocessados, participam do movimento outras sete empresas: Ambev, Aurora, BRF, Coca-Cola, Heineken, Nestlé e Pepsico. O grupo está aberto a outras companhias que queiram aderir ao movimento. “Buscamos organizações que tenham uma fatia significativa de venda voltada ao pequeno varejo, e que tenham disposição para aportar recursos e prestar contas”, diz Souza.
O apoio será oferecido a varejistas de todo o Brasil que já integrem base das empresas. Outros interessados devem contatar as multinacionais apoiadoras. Informações de contato estão no site do Movimento Nós.
O programa tem quatro frentes de apoio. Em uma abordagem de segurança e saúde dos trabalhadores, o movimento vai distribuir máscaras, álcool em gel e cartazes para reduzir os ricos de infecção pelo coronavírus.
Para auxiliar no reabastecimento de produtos, as multinacionais devem ampliar prazos de pagamento, oferecer crédito para a primeira compra, itens consignados, entre outras facilitações. Uma terceira frente segue uma linha parecida, mas para fortalecer comércios locais. Neste sentido, produtos serão selecionados para promoções especiais, e lojistas terão cashback para pedidos futuros junto aos fornecedores.
Por fim, o movimento deve oferecer treinamentos sobre como vender, onde posicionar produtos e outras técnicas de merchandising. A capacitação será feita pela equipe que distribui os alimentos, ponte entre varejistas e multinacionais.