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Mudanças no McDonald's põem em alerta 66 franqueados

Com lucro muito aquém do esperado, a rede de fast food deve apostar até 2009 em um novo modelo de negócios para as operações na América Latina

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

Uma notícia do McDonald';s Corporation, rede de fast food presente em 118 países e com faturamento de 20,5 bilhões de dólares, teve um forte impacto entre os 66 franqueados brasileiros, donos de 120 restaurantes do total de 544 que existem no Brasil. O plano da cadeia americana de vender suas lojas próprias no país e na América Latina, onde as operações têm tido resultados pífios, colocou em alerta os empresários - a maior parte de pequeno porte. Estima-se que, no Brasil, os ativos da empresa representem 1,5 bilhão de reais.

Com uma possível mudança no comando do conglomerado - o maior do mundo no mercado de hambúrgueres -, esses franqueados temem uma mudança radical que os coloque à margem na tomada das decisões. Atualmente, a relação já não é harmoniosa. Estima-se que o McDonald';s tenha desembolsado 150 milhões de dólares no Brasil em vários embates com operadores da rede. "Pelo histórico das relações e pelo que deve vir pela frente, espera-se que a empresa emita sinais claros de como ficarão os restaurantes que estão nas mãos dos franqueados", diz o advogado especialista em franquias Flavio Menezes.

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A multinacional confirma os planos de "terceirizar" a gestão dos negócios em até 20 países de todo o mundo. "A McDonald's Corporation tem planos para implementar uma estratégia de Developmental Licensees, dentro dos próximos três anos, em cerca de 15 a 20 países em todo o mundo, representando um número aproximado de 1.500 restaurantes", diz um comunicado divulgado à imprensa. O comunicado também afirma que a terceirização da gestão das operações já é usada em mais de 30 países.

Apesar do alto faturamento no Brasil - 2,1 bilhões de reais em 2005 -, os lucros em toda América Latina mostram uma operação vacilante. No ano passado, ele ficou em apenas 30 milhões de dólares. Foi o segundo ano seguido no azul após amargar 171 milhões de prejuízo em 2003.

Com o apoio do banco JP Morgan, que procura "compradores", a empresa espera ganhar arrecadando os royalties de concessão da marca. Para o consultor Marcus Rizzo, especializado no mercado de franquias, a novidade pode ser um bom negócio para os franqueados. "Um novo comando pode reconduzir a empresa ao crescimento através das franquias", afirma o consultor.

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