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Microempresas são maioria, mas empregam pouco e fecham cedo

Rio de Janeiro - Embora sejam maioria entre as empresas brasileiras, representando mais de oito em cada dez registros (88,7%), as microempresas empregam somente até nove pessoas e muitas delas não têm muitos anos de vida. Segundo o Cadastro Central de Empresas 2008, divulgado hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Rio de Janeiro - Embora sejam maioria entre as empresas brasileiras, representando mais de oito em cada dez registros (88,7%), as microempresas empregam somente até nove pessoas e muitas delas não têm muitos anos de vida. Segundo o Cadastro Central de Empresas 2008, divulgado hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase 40% das microempresas estabelecidas no país não passam de quatro anos de atividade. 

A instabilidade no setor acaba se refletindo no pagamento de salários. De acordo com o estudo, em 2008 as microempresas pagaram em média 1,8 salário mínimo, enquanto que as grandes empresas pagaram mais que o dobro desse valor. 

Ainda conforme o mapeamento do IBGE, a Região Sudeste concentrou 51,7% do total de empresas e deteve 55% do pessoal ocupado, pagando 63,4% do total de salários. A Região Sul vem logo atrás, seguida do Nordeste, Centro-Oeste e Norte. 

Ao analisar os dados do IBGE, o economista Sílvio Sales, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), disse que está aumentando o número de empresas instaladas no interior do país. Isso, acrescentou, é resultado da expansão agrícola, da extração mineral em novas áreas e do avanço na estrutura viária e de comunicações. 

"A dinâmica demográfica, que já não pressiona tanto as grandes cidades como no passado, também é uma evidência dessa tendência. O mesmo movimento de interiorização deve ser observado entre capital e interior dos estados", acrescentou Sales. 

O economista lembrou também que a distribuição salarial tem muita relação com a estrutura produtiva local. "São Paulo, com maior densidade econômica e com a presença de setores que exigem uma mão de obra mais qualificada, paga os salários mais elevados. No Distrito Federal é a presença da administração pública que eleva o salário médio. Na outra ponta, os estados com a presença de setores de menor produtividade, como pequeno comércio e indústrias tradicionais, têm salários médios menores." 

Sales enfatizou que a concentração de renda do país é confirmada pelo fato de que em apenas três locais - São Paulo, Distrito Federal e Rio de Janeiro - a média salarial supera à nacional.

Leia mais sobre o fechamento de pequenas empresas.

 

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