Exame Logo

Micro e pequenas puxam demanda por crédito em maio

Alta foi de 11% em relação a abril. No acumulado do ano, porém, crescimento é bem mais tímido: 1,1%

Gráfico (Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2011 às 18h13.

Brasília - A demanda por crédito de micro e pequenas empresas cresceu 11% em maio no comparativo com abril, segundo dados divulgados pela Serasa Experian nesta quinta-feira (16). Já entre as médias e grandes, a procura aumentou 0,6% em cada segmento.

O crescimento, segundo a empresa, deve-se à maior quantidade de dias úteis em maio - 22 contra 19. No geral, considerando micro, pequenas, médias e grandes empresas, a procura em maio cresceu 10,4% em relação ao mês anterior e 6,2% na comparação com idêntico mês de 2010.

No acumulado do ano, porém, o ritmo de crescimento é bem mais lento. O número de companhias que contrataram crédito no mercado de janeiro a maio deste ano aumentou apenas 1,1% em relação ao mesmo período de 2010. No ano passado, o volume havia crescido 10,8% nos primeiros cinco meses em comparação com igual período de 2009.

Para o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, o aumento da demanda por recursos financeiros deve-se ao crescimento da economia, que nos últimos anos teve um viés positivo para os pequenos negócios, baseado em grande parte na demanda doméstica e na inclusão de novos segmentos no mercado de consumo.

A desaceleração verificada nos últimos meses não deve mudar, porém, a perspectiva de longo prazo, observa o diretor-técnico do Sebrae. “A tendência é de aumento quantitativo e qualitativo dos pequenos negócios do país em função do círculo virtuoso da economia, de aumento da renda e do emprego. No longo prazo, há a perspectiva de crescimento com a inclusão de novos consumidores, o que deve elevar a demanda por crédito”, afirma.


A menor velocidade no crescimento da demanda das empresas por crédito, segundo nota divulgada pela Serasa, “é reflexo das sucessivas elevações da taxa básica de juros, resultando no encarecimento do custo do crédito e das perspectivas de desaceleração do ritmo de crescimento econômico”.

A taxa Selic, indicador fixado pelo Banco Central para balizar as taxas de juros cobradas pelos bancos, subiu muito nos últimos meses: passou de 9,4% em abril de 2010 para 11,92% um ano depois.

O crédito é importante para financiar as melhorias nos micro e pequenos negócios, uma vez que contam com baixo capital de giro para investimentos. É com esse propósito que o empreendedor individual brasiliense José Fernando de Freitas pretende pegar um empréstimo bancário.

Pelos seus cálculos, serão necessários cerca de R$ 100 mil para investir na modernização e ampliação de sua banca de alimentos instalada em uma feira do Distrito Federal.

A banca Cantinho Mineiro, instalada na Feira do Produtor de Vicente Pires (DF), precisa ser toda reformada, segundo ele. “Os negócios estão aumentando muito, vou precisar virar microempresa para ter acesso a volumes maiores de crédito. Os empréstimos para pessoa física são muito caros, preciso de um para pessoa jurídica com taxas mais baixas”, conta o empresário de 44 anos, que vende queijos e outros alimentos de Minas Gerais, seu estado Natal. Por semana, são comercializados cerca de 500 quilos de queijo.

Veja também

Brasília - A demanda por crédito de micro e pequenas empresas cresceu 11% em maio no comparativo com abril, segundo dados divulgados pela Serasa Experian nesta quinta-feira (16). Já entre as médias e grandes, a procura aumentou 0,6% em cada segmento.

O crescimento, segundo a empresa, deve-se à maior quantidade de dias úteis em maio - 22 contra 19. No geral, considerando micro, pequenas, médias e grandes empresas, a procura em maio cresceu 10,4% em relação ao mês anterior e 6,2% na comparação com idêntico mês de 2010.

No acumulado do ano, porém, o ritmo de crescimento é bem mais lento. O número de companhias que contrataram crédito no mercado de janeiro a maio deste ano aumentou apenas 1,1% em relação ao mesmo período de 2010. No ano passado, o volume havia crescido 10,8% nos primeiros cinco meses em comparação com igual período de 2009.

Para o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, o aumento da demanda por recursos financeiros deve-se ao crescimento da economia, que nos últimos anos teve um viés positivo para os pequenos negócios, baseado em grande parte na demanda doméstica e na inclusão de novos segmentos no mercado de consumo.

A desaceleração verificada nos últimos meses não deve mudar, porém, a perspectiva de longo prazo, observa o diretor-técnico do Sebrae. “A tendência é de aumento quantitativo e qualitativo dos pequenos negócios do país em função do círculo virtuoso da economia, de aumento da renda e do emprego. No longo prazo, há a perspectiva de crescimento com a inclusão de novos consumidores, o que deve elevar a demanda por crédito”, afirma.


A menor velocidade no crescimento da demanda das empresas por crédito, segundo nota divulgada pela Serasa, “é reflexo das sucessivas elevações da taxa básica de juros, resultando no encarecimento do custo do crédito e das perspectivas de desaceleração do ritmo de crescimento econômico”.

A taxa Selic, indicador fixado pelo Banco Central para balizar as taxas de juros cobradas pelos bancos, subiu muito nos últimos meses: passou de 9,4% em abril de 2010 para 11,92% um ano depois.

O crédito é importante para financiar as melhorias nos micro e pequenos negócios, uma vez que contam com baixo capital de giro para investimentos. É com esse propósito que o empreendedor individual brasiliense José Fernando de Freitas pretende pegar um empréstimo bancário.

Pelos seus cálculos, serão necessários cerca de R$ 100 mil para investir na modernização e ampliação de sua banca de alimentos instalada em uma feira do Distrito Federal.

A banca Cantinho Mineiro, instalada na Feira do Produtor de Vicente Pires (DF), precisa ser toda reformada, segundo ele. “Os negócios estão aumentando muito, vou precisar virar microempresa para ter acesso a volumes maiores de crédito. Os empréstimos para pessoa física são muito caros, preciso de um para pessoa jurídica com taxas mais baixas”, conta o empresário de 44 anos, que vende queijos e outros alimentos de Minas Gerais, seu estado Natal. Por semana, são comercializados cerca de 500 quilos de queijo.

Acompanhe tudo sobre:CréditoEmpresasempresas-de-tecnologiaExperianPequenas empresasSerasa Experian

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de PME

Mais na Exame