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Mais de 70% das PME resistem aos dois primeiros anos

Informação do Sebrae também diz que micro e pequenos negócios representam 99% do total de empresas e mais da metade dos empregos formais no País

Os dois primeiros anos de atividade são considerados os mais críticos para uma empresa, entre outras razões porque é necessário conquistar uma base de clientes (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2011 às 14h23.

Brasília - De cada 100 micro e pequenas empresas (MPE) abertas no Brasil, 73 permanecem em atividade após os primeiros dois anos de existência. A informação vem do estudo Taxa de Sobrevivência das Empresas no Brasil, lançado hoje pelo Sebrae.

Os micro e pequenos negócios, juntamente com os empreendedores individuais, representam 99% do total de empresas e mais da metade dos empregos formais no País. Os resultados foram anunciados pelo presidente do Sebrae, Luiz Barretto, durante entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (20), em São Paulo.

Os dois primeiros anos de atividade são considerados os mais críticos para uma empresa, entre outras razões porque é necessário conquistar uma base de clientes, tornar-se conhecido no mercado, reinvestir a maior parte das receitas no negócio e superar dificuldades de gestão, especialmente entre os empreendedores que não tinham experiência anterior como empresários.

Segundo o presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto, o alto índice de sobrevivência no Brasil é resultado de vários fatores, entre eles o avanço da legislação referente às micro e pequenas empresas, o aumento na escolaridade dos empreendedores, a maior demanda por capacitação dos empresários e o forte crescimento do mercado consumidor brasileiro.

“O ambiente legal está muito mais favorável desde a criação do regime tributário do Supersimples, que já conta com mais de 5,5 milhões de optantes, e a criação do Empreendedor Individual, que já tem 1,6 milhão de pessoas formalizadas”, afirma Barretto.


“O Sebrae também percebeu que o empresário está buscando capacitação e inovação para ser mais competitivo, já que não se fazem mais negócios com base apenas na experiência e intuição”, completa.

O estudo mostra que as indústrias são as que mais obtêm sucesso. De cada 100 empresas abertas, 75,1% permanecem ativas nos dois anos seguintes. Em seguida, aparecem comércio (74,1%), serviços (71,7%) e construção civil (66,2%). As empresas da região Sudeste apresentam os melhores índices (76,4%). Na sequência, vêm as regiões Sul (71,7%), Nordeste (69,1%), Centro-Oeste (68,3%) e Norte (66,0%).

Comparando o desempenho nacional com o de outros países, o País aparece em situação privilegiada. O índice de sobrevivência das micro e pequenas empresas brasileiras é superior ao de nações como Espanha (69%), Itália (68%) e Holanda (50%) e bastante próximo do Canadá (74%). Na Europa, os dados são verificados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Metodologia

Desde 1997, o Sebrae realizava pesquisas de campo para analisar a taxa de sobrevivência das micro e pequenas empresas no País. A partir de 2011, o levantamento passa a ser feito não mais com pesquisas, mas com base nos dados registrados pelas empresas na Receita Federal, o que vai permitir o acompanhamento anual dos índices de sobrevivência.


O Sebrae identifica a quantidade de empresas constituídas formalmente em determinado ano e o número das que encerram as atividades posteriormente.

Como fim da atividade, são consideradas: a baixa no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), a ausência da entrega da declaração de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e a entrega de declaração de inatividade da empresa, para efeito de imposto de renda, para se desobrigar do pagamento de impostos, no período considerado. Não são incluídas no estudo as atividades agrícolas.

Como a baixa das empresas pode ser registrada com defasagem na Receita Federal e a entrega da declaração do IRPJ pode ser feita com atraso, é necessário avaliar os registros por um período mais longo.

Assim, foi definido para esse primeiro estudo que seriam considerados os dados da Receita Federal até 2009, com relação aos negócios que abriram as portas em 2005 e 2006 e permaneceram ativos nos dois anos seguintes.

A taxa de sobrevivência de 73,1% das micro e pequenas empresas se refere àquelas que nasceram em 2006 e estão há pelo menos dois anos completos em atividade.

O índice demonstra avanço em relação ao ano anterior, já que aquelas que abriram as portas em 2005 tinham 71,9% de sobrevivência.

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Brasília - De cada 100 micro e pequenas empresas (MPE) abertas no Brasil, 73 permanecem em atividade após os primeiros dois anos de existência. A informação vem do estudo Taxa de Sobrevivência das Empresas no Brasil, lançado hoje pelo Sebrae.

Os micro e pequenos negócios, juntamente com os empreendedores individuais, representam 99% do total de empresas e mais da metade dos empregos formais no País. Os resultados foram anunciados pelo presidente do Sebrae, Luiz Barretto, durante entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (20), em São Paulo.

Os dois primeiros anos de atividade são considerados os mais críticos para uma empresa, entre outras razões porque é necessário conquistar uma base de clientes, tornar-se conhecido no mercado, reinvestir a maior parte das receitas no negócio e superar dificuldades de gestão, especialmente entre os empreendedores que não tinham experiência anterior como empresários.

Segundo o presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto, o alto índice de sobrevivência no Brasil é resultado de vários fatores, entre eles o avanço da legislação referente às micro e pequenas empresas, o aumento na escolaridade dos empreendedores, a maior demanda por capacitação dos empresários e o forte crescimento do mercado consumidor brasileiro.

“O ambiente legal está muito mais favorável desde a criação do regime tributário do Supersimples, que já conta com mais de 5,5 milhões de optantes, e a criação do Empreendedor Individual, que já tem 1,6 milhão de pessoas formalizadas”, afirma Barretto.


“O Sebrae também percebeu que o empresário está buscando capacitação e inovação para ser mais competitivo, já que não se fazem mais negócios com base apenas na experiência e intuição”, completa.

O estudo mostra que as indústrias são as que mais obtêm sucesso. De cada 100 empresas abertas, 75,1% permanecem ativas nos dois anos seguintes. Em seguida, aparecem comércio (74,1%), serviços (71,7%) e construção civil (66,2%). As empresas da região Sudeste apresentam os melhores índices (76,4%). Na sequência, vêm as regiões Sul (71,7%), Nordeste (69,1%), Centro-Oeste (68,3%) e Norte (66,0%).

Comparando o desempenho nacional com o de outros países, o País aparece em situação privilegiada. O índice de sobrevivência das micro e pequenas empresas brasileiras é superior ao de nações como Espanha (69%), Itália (68%) e Holanda (50%) e bastante próximo do Canadá (74%). Na Europa, os dados são verificados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Metodologia

Desde 1997, o Sebrae realizava pesquisas de campo para analisar a taxa de sobrevivência das micro e pequenas empresas no País. A partir de 2011, o levantamento passa a ser feito não mais com pesquisas, mas com base nos dados registrados pelas empresas na Receita Federal, o que vai permitir o acompanhamento anual dos índices de sobrevivência.


O Sebrae identifica a quantidade de empresas constituídas formalmente em determinado ano e o número das que encerram as atividades posteriormente.

Como fim da atividade, são consideradas: a baixa no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), a ausência da entrega da declaração de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e a entrega de declaração de inatividade da empresa, para efeito de imposto de renda, para se desobrigar do pagamento de impostos, no período considerado. Não são incluídas no estudo as atividades agrícolas.

Como a baixa das empresas pode ser registrada com defasagem na Receita Federal e a entrega da declaração do IRPJ pode ser feita com atraso, é necessário avaliar os registros por um período mais longo.

Assim, foi definido para esse primeiro estudo que seriam considerados os dados da Receita Federal até 2009, com relação aos negócios que abriram as portas em 2005 e 2006 e permaneceram ativos nos dois anos seguintes.

A taxa de sobrevivência de 73,1% das micro e pequenas empresas se refere àquelas que nasceram em 2006 e estão há pelo menos dois anos completos em atividade.

O índice demonstra avanço em relação ao ano anterior, já que aquelas que abriram as portas em 2005 tinham 71,9% de sobrevivência.

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