Loja virtual deve ter planejamento e estratégia
Empresas que desejam conquistar clientes na internet precisam estar atentas à imagem do empreendimento
Da Redação
Publicado em 30 de janeiro de 2012 às 08h20.
São Paulo – Ao criarem um site de comércio eletrônico , diversas empresas de pequeno porte acabam dissociando a imagem do empreendimento na vida real da imagem na internet. É o que explica o consultor de marketing do Sebrae em São Paulo, Marcelo Sinelli. “Muitas vezes a loja real é organizada, bonita e com ótimo atendimento. Já a virtual é um monte de fotos de produtos com preços, sem nenhum espaço para comentários ou informações sobre a empresa. A clientela continuará indo na loja real, mas a virtual não atrairá novos fregueses. É o que chamamos de dissonância cognitiva”.
Por isso, ter planejamento e estratégia para conquistar o cliente na internet é fundamental. “Não são só os pequenos negócios que têm imagens desconectadas. Encontramos grandes empresas que acreditam na internet apenas como uma vasta prateleira de produtos. Sem informações complementares ou associativas ao negócio”, ressalta Sinelli.
Mesmo quem não tem uma loja de comércio eletrônico, precisa fazer parte do mundo virtual para aproveitar as oportunidades ou para evitar possíveis aborrecimentos. “Há casos de pessoas que falam mal da empresa na internet e o proprietário nem fica sabendo. Um exemplo é um cliente que não gostou do arroz de um determinado estabelecimento e colocou no Foursquare – serviço de geolocalização que permite ao usuário dizer onde está através de um aplicativo no celular - a informação negativa. O comentário foi lido por dezenas de pessoas que, com certeza, irão pensar duas vezes antes de ir ao restaurante”, afirma o consultor do Sebrae. Sinelli recomenda que, nesse caso, o empresário reaja positivamente, convidando a pessoa insatisfeita a voltar ao restaurante por conta da casa, por exemplo.
Quem sabe aproveitar as ferramentas digitais colhe bons resultados. É o caso da empresária Rosana Gonçalves, diretora da Siquiplás, de São Paulo, que transformou o Youtube em uma ferramenta de marketing. Os 14 vídeos sobre o passo a passo para criar diversos produtos, cujas matérias-primas são fornecidas pela empresa, já tiveram quase 200 mil acessos na página virtual. “Se eu tivesse tempo, colocaria toda semana um vídeo novo”, diz a empresária.
A ferramenta digital abriu novos mercados para a Siquiplás. “Temos clientes em estados do Norte e Nordeste. Se não fossem os vídeos, não teríamos condições de demonstrar como nossos produtos funcionam”, diz. A Siquiplás está há 25 anos no mercado e distribui artigos químicos para lojas e atacadistas de artesanato. A empresa também atende escolas de samba e parques temáticos, além de produzir cenários para redes de televisão. “Produzimos resinas, fibra, poliuretano, tintas, pigmentos, entre outros itens”.
Segundo Rosana, o investimento nos vídeos é baixo e o retorno tem sido satisfatório. “Antes, fazíamos muita propaganda em revistas especializadas para atrair novos clientes. Paramos com isso e passamos a investir na qualidade dos vídeos e na participação em feiras especializadas. Tivemos um cliente do exterior que veio a uma feira nos procurar, depois de ter visto o nosso vídeo no Youtube”, diz.
Marketing digital
Para Leandro Kenski, diretor executivo da Media Factory, agência especializada em marketing digital, a internet também foi um aposta certeira. Com espírito empreendedor, abriu uma empresa de distribuição de balas na década de 90, mas não prosperou. Depois, montou outro negócio e começou a trabalhar com promoção de e-mail marketing. No início dos anos 2000, conheceu investidores que acreditaram na plataforma de marketing digital.
Hoje, a empresa oferece produtos relacionados a sites, links patrocinados, consultorias em métricas, SMS marketing, presença digital, entre outros. A Media Factory tem registrado crescimento de mais de 100% ao ano. “A experiência adquirida em empreendimentos anteriores e cursos realizados no Sebrae me ajudaram a ter uma visão mais ampla da gestão do negócio”. Atualmente, a empresa possui 85 funcionários.
Kenski recomenda o Sebrae para quem quer abrir um negócio. Segundo ele, as consultorias e os cursos da instituição colocam o empresário em contato com a realidade do mercado. “Você está ouvindo alguém que vive o dia a dia do mercado e que não é apenas acadêmico”.
São Paulo – Ao criarem um site de comércio eletrônico , diversas empresas de pequeno porte acabam dissociando a imagem do empreendimento na vida real da imagem na internet. É o que explica o consultor de marketing do Sebrae em São Paulo, Marcelo Sinelli. “Muitas vezes a loja real é organizada, bonita e com ótimo atendimento. Já a virtual é um monte de fotos de produtos com preços, sem nenhum espaço para comentários ou informações sobre a empresa. A clientela continuará indo na loja real, mas a virtual não atrairá novos fregueses. É o que chamamos de dissonância cognitiva”.
Por isso, ter planejamento e estratégia para conquistar o cliente na internet é fundamental. “Não são só os pequenos negócios que têm imagens desconectadas. Encontramos grandes empresas que acreditam na internet apenas como uma vasta prateleira de produtos. Sem informações complementares ou associativas ao negócio”, ressalta Sinelli.
Mesmo quem não tem uma loja de comércio eletrônico, precisa fazer parte do mundo virtual para aproveitar as oportunidades ou para evitar possíveis aborrecimentos. “Há casos de pessoas que falam mal da empresa na internet e o proprietário nem fica sabendo. Um exemplo é um cliente que não gostou do arroz de um determinado estabelecimento e colocou no Foursquare – serviço de geolocalização que permite ao usuário dizer onde está através de um aplicativo no celular - a informação negativa. O comentário foi lido por dezenas de pessoas que, com certeza, irão pensar duas vezes antes de ir ao restaurante”, afirma o consultor do Sebrae. Sinelli recomenda que, nesse caso, o empresário reaja positivamente, convidando a pessoa insatisfeita a voltar ao restaurante por conta da casa, por exemplo.
Quem sabe aproveitar as ferramentas digitais colhe bons resultados. É o caso da empresária Rosana Gonçalves, diretora da Siquiplás, de São Paulo, que transformou o Youtube em uma ferramenta de marketing. Os 14 vídeos sobre o passo a passo para criar diversos produtos, cujas matérias-primas são fornecidas pela empresa, já tiveram quase 200 mil acessos na página virtual. “Se eu tivesse tempo, colocaria toda semana um vídeo novo”, diz a empresária.
A ferramenta digital abriu novos mercados para a Siquiplás. “Temos clientes em estados do Norte e Nordeste. Se não fossem os vídeos, não teríamos condições de demonstrar como nossos produtos funcionam”, diz. A Siquiplás está há 25 anos no mercado e distribui artigos químicos para lojas e atacadistas de artesanato. A empresa também atende escolas de samba e parques temáticos, além de produzir cenários para redes de televisão. “Produzimos resinas, fibra, poliuretano, tintas, pigmentos, entre outros itens”.
Segundo Rosana, o investimento nos vídeos é baixo e o retorno tem sido satisfatório. “Antes, fazíamos muita propaganda em revistas especializadas para atrair novos clientes. Paramos com isso e passamos a investir na qualidade dos vídeos e na participação em feiras especializadas. Tivemos um cliente do exterior que veio a uma feira nos procurar, depois de ter visto o nosso vídeo no Youtube”, diz.
Marketing digital
Para Leandro Kenski, diretor executivo da Media Factory, agência especializada em marketing digital, a internet também foi um aposta certeira. Com espírito empreendedor, abriu uma empresa de distribuição de balas na década de 90, mas não prosperou. Depois, montou outro negócio e começou a trabalhar com promoção de e-mail marketing. No início dos anos 2000, conheceu investidores que acreditaram na plataforma de marketing digital.
Hoje, a empresa oferece produtos relacionados a sites, links patrocinados, consultorias em métricas, SMS marketing, presença digital, entre outros. A Media Factory tem registrado crescimento de mais de 100% ao ano. “A experiência adquirida em empreendimentos anteriores e cursos realizados no Sebrae me ajudaram a ter uma visão mais ampla da gestão do negócio”. Atualmente, a empresa possui 85 funcionários.
Kenski recomenda o Sebrae para quem quer abrir um negócio. Segundo ele, as consultorias e os cursos da instituição colocam o empresário em contato com a realidade do mercado. “Você está ouvindo alguém que vive o dia a dia do mercado e que não é apenas acadêmico”.