Com a economia abalada e o mercado de trabalho fragilizado, uma grande parcela da população teve que se reinventar e passar a empreender, principalmente no ambiente digital (TransUnioin/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 18 de novembro de 2021 às 15h52.
A vontade de trabalhar com aquilo que se ama é um dos impulsos para o crescimento do empreendedorismo jovem no Brasil. Segundo um levantamento realizado em março deste ano, 60% dos jovens querem ter um negócio próprio no futuro.
O mesmo levantamento mapeou outros desejos em comum, entre eles, o da independência financeira (67%) e autonomia no trabalho (39%). Além disso, 33% ainda disseram que querem ter mais tempo flexível e 31% afirmaram querer oferecer um produto/serviço inovador no mercado.
Giovanna Romano, 21, começou a empreender na internet em 2020, junto com sua mãe Gizelle Nascimento. A jovem empreendedora investiu na Roma Velas, uma lojinha online que vende velas, cristais e outros produtos veganos. “Eu já gostava desse tipo de produto e estava buscando eles para comprar, quando vi que podia unir uma coisa que gosto ao lucro. Hoje, após um ano de iniciar a lojinha online, faço conteúdos para o Instagram e também para o Tik Tok como uma forma de divulgar a marca. A ideia é continuar com ela e fazer com que o negócio cresça cada dia mais”, afirma.
O mercado de empreendedorismo digital jovem tem crescido muito nos últimos anos. Entretanto, um grande marco para esse mercado, sobretudo o digital, foi a pandemia. Com a economia abalada e o mercado de trabalho fragilizado, uma grande parcela da população teve que se reinventar e passar a empreender. Segundo o estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, mesmo em situação de pandemia, o número de jovens empreendedores cresceu 15% no país em 2020.
“Qualquer um pode empreender, mas o jovem tem algumas características fundamentais que fazem esse número crescer. Entre elas estão a curiosidade, a falta de medo em correr riscos, o desejo de incrementar renda, a facilidade do manuseio de ferramentas na internet, a usabilidade das redes sociais, a vontade de realizar algum sonho pessoal e o impulso de querer começar e experienciar algo novo. Tudo isso abre portas para esse público”, avalia Rafael Carvalho, COO da Herospark, plataforma completa para empreendedores digitais, e autor do best seller Paixão S.A.
Para Carvalho, qualquer pessoa pode começar a empreender e uma das opções é avaliar quais são as suas principais habilidades e paixões; a partir disso, é possível avaliar como começar um negócio, e uma das possibilidades, por exemplo, é criar infoprodutos ou cursos online relacionados ao tema de interesse.
“É assim que acontece na passion economy, você avalia quais seus interesses e, com isso, faz das suas paixões uma forma de lucrar. A partir daí, é preciso estudar como começar algo do zero, buscar plataformas e ferramentas que ajudarão a impulsionar seu negócio, buscar referências e estudar assuntos que ajudarão a tirar o seu negócio do papel”, afirma.
Entre as principais dicas do especialista para quem quer começar um negócio do zero e lucrar com ele, estão: Tenha ousadia para empreender; dê o primeiro passo; busque o seu diferencial no mercado; faça uma análise do seu negócio ou segmento; nunca pare de estudar e se qualificar; realize um planejamento estratégico, inclusive de marketing; trabalhe a divulgação; conte com plataformas especializadas para fazer seu negócio dar certo.