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iPad atrai consumidores e ajuda a aumentar vendas

Conheça a história de empresas que já estão usando o tablet da Apple para entreter os clientes e faturar mais

Cardápio do Sushi Yuzu: mais 10 dias e não haverá cardápios de papel no restaurante (Divulgação)

Cardápio do Sushi Yuzu: mais 10 dias e não haverá cardápios de papel no restaurante (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2011 às 08h03.

São Paulo – Desde que foi lançado, há quase um ano, o iPad é assunto para qualquer roda. Com a chegada do aparelho no Brasil, no mês passado, as empresas também começaram a fazer uso do aparelho para aumentar os negócios.

É o exemplo da Billabong, loja de roupas de praia, que colocou o gadget nas lojas, próximos aos caixas, em agosto. “O vestuário é um pouco a vivência de alguém e o tablet permite que o cliente vivencie a roupa na loja, e não apenas veja elas penduradas”, conta Leonardo Santos, gerente de TI do Grupo GSM, que representa a marca no Brasil.

Outro ponto analisado pela Billabong para adotar o aparelho nas lojas foi a economia. “O metro quadrado de espaço para lojas é muito caro e colocar todas as roupas disponíveis para o cliente ver pode se tornar cada vez mais complicado e caro. O iPad entra para revolucionar isso”, explica.

Apesar de não ser barato, no Brasil custa entre R$ 1649 e R$ 2599, o equipamento pode ser uma solução operacional para alguns negócios, além de atrair curiosos que podem virar consumidores. “O cliente acaba interagindo com o tablet em detalhes, sobretudo quando não conhece a ferramenta e tem o primeiro contato na loja”, diz Santos.

É o que acontece no Bar Brahma, que logo na estreia do iPad no Brasil começou a usá-lo também como cardápio. “Os clientes chegam e querem ver. É um motivo para ir e um estímulo a mais ao consumo”, diz Álvaro Aoas, dono do bar que tem cinco modelos disponíveis. “A finalidade é a inovação, trazer uma proposta de uma experiência diferente para o consumidor”, explica Aoas.

O aplicativo é feito para ser usado pelo cliente com a ajuda do garçom, para ter o cuidado do cliente não lançar o pedido na mesa errada, por exemplo. “O que muda em relação a um cardápio é que a aplicação inteira é feita com fotos e a tela do iPad ajuda muito nisso, a retina screen tem uma resolução melhor do que em notebooks e desktops”, explica Geraldo Yoshizawa, diretor de desenvolvimento da Esys Colibri, que criou o app usado no Bar Brahma.

Para criar o menu virtual, o empresário sincroniza a aplicação com o sistema de pedidos do restaurante, por isso, o cliente pode ver a descrição, foto e preço do prato e já fazer o pedido direto no aparelho. “O aplicativo só precisa estar ligado a um sistema de automação de restaurantes compatível”, explica Geraldo Yoshizawa, diretor de desenvolvimento da Esys Colibri, que criou o app, que custa mil reais para ser instalada e mais 70 reais por mês de manutenção.


O restaurante japonês Sushi Yuzu, de Blumenau, já nasceu com um cardápio digital. “Pesquisamos bastante e resolvemos abrir o restaurante com o iPad como uma substituição do cardápio”, conta Juliano Borges Mendes, sócio do local.

Segundo ele, incluindo os quatro tablets e o desenvolvimento de um cardápio com um programa de banco de dados, foram gastos 20 mil reais. “Com o programa que usamos, o Filemaker, a gente consegue ajustar preços e pratos todos os dias”, explica.

Mendes calcula que para um estabelecimento de quase 50 lugares seriam necessários 10 tablets para extinguir de vez o cardápio em papel. “Se tiver uma mudança em um cardápio e tiver que mandar reimprimir tudo, gastaria o suficiente para comprar mais um iPad e meio”, diz.

O retorno, até agora, está sendo melhor do que o esperado. Aoas acredita que o tablet deve ganhar cada vez mais espaço nos negócios. “A gente acredita muito no uso do iPad como uma solução operacional pela agilidade e pela economia de escala. É um equipamento vendedor”, diz.

Santos, da Billabong, reforça essa ideia. “Houve um impacto significativo e muito positivo nas vendas. O cliente vê os produtos ali e comenta com os amigos. A verdade é que o iPad surpreende os clientes e essa grata surpresa agrega muito valor ao nosso negócio”, diz o gerente da grife.

O próximo passo, segundo Santos, é usar o iPad dentro dos provadores. “Assim o cliente pode consultar o lookbook na hora que estiver provando uma roupa para comparar o resultado e pode até mesmo solicitar ideias de composição de roupas diferentes ao vendedor”, define. O sócio do Sushi Yuzu, Mendes, também já planeja adotar o aparelhinho nos dois outros restaurantes que tem. “Vamos fazer uma super carta de vinhos, com fotos e detalhes de cada rótulo, para o restaurante italiano que gerenciamos”, explica.

Além de ser usado em restaurantes e lojas, o tablet pode ser útil para empreendedores em outras situações, como reuniões, controle de contas, vendas e planejamento. Confira 10 formas de usar o iPad no dia-a-dia do seu negócio.

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