Infojobs é comprada pela Redarbor e grupo soma 35 milhões de usuários
Com a aquisição, Ana Paula Prado, que era até então Country Manager, se torna CEO do InfoJobs Brasil
Luísa Granato
Publicado em 13 de abril de 2022 às 13h52.
A InfoJobs Brasil, o maior site de empregos do Brasil, foi adquirida pela empresa líder do setor da América Latina, a Redarbor. Agora, o grupo soma 35 milhões de usuários ativos em 25 países.
A venda foi feita pela Adevinta ASA, que passou sua participação de 76,2% do site de vagas de emprego para a Redarbor. Com a movimentação, Ana Paula Prado, que até então era Country Manager, se tornou CEO do InfoJobs Brasil.
“Esse investimento no negócio me deixa muito satisfeita. Nos tornamos o maior grupo de empregos da América Latina. E é uma nova etapa e a intenção da compra é a grande sinergia entre todas as marcas”, diz a CEO.
Além da Infojobs, o grupo possui duas outras marcas de sites de empregos, o Computrabajo e o Best jobs.
Segundo a executiva, a expectativa é que o movimento reforce a força da marca e ajude a enriquecer os processos para os candidatos.
“Confio plenamente no êxito da operação, devido ao grande potencial que vejo no InfoJobs Brasil junto com Computrabajo e nossos software de soluções para recursos humanos”, afirma David González Castro, CEO e fundador da Redarbor.
Com mais de uma década de carreira na empresa, a CEO, que entrou como gerente de vendas, com que eles saíram de 11 funcionários para 130 atualmente. Ela chegou na Infojobs na virada do recrutamento para o digital e conta que as transformações foram constantes desde então.
“Desde o princípio, estava aqui para desenvolver um novo modelo de negócio e isso foi feito em muitas mãos, entre clientes e parceiros. De início, eram produtos muitos simples, mas fomos evoluindo e estamos cada vez mais arrojados. Incluímos vídeo entrevista, questionários, fases. No ano passado, lançamos o nosso software de recrutamento com automações de processos e inteligência artificial”, diz a CEO.
Confira a conversa com ela sobre a carreira, liderança e tendências do mercado de RH:
Qual o seu novo desafio como CEO?
Desde o princípio, estava aqui para desenvolver um novo modelo de negócio e isso foi feito em muitas mãos, entre clientes e parceiros. De início, eram produtos muitos simples, mas fomos evoluindo e estamos cada vez mais arrojados. Incluímos vídeo entrevista, questionários, fases. No ano passado, lançamos o nosso software de recrutamento com automações de processos e inteligência artificial.
A Ana dentro disso foi crescendo junto e assumindo novas responsabilidades. No momento, temos aproximadamente 130 pessoas. Quando cheguei aqui éramos em 10 pessoas no Brasil. É um novo desafio ser a CEO, mas estamos em um momento de investimento no negócio, que foi adquirido e nos tornamos o maior grupo de empregos da América Latina. E é uma nova etapa e a intenção da compra é a grande sinergia entre todas as marcas
Que tendências vê para o setor de recrutamento? O que está no seu radar?
As empresas que não estavam preparadas com tecnologia, tiveram que se adaptar. E percebemos o movimento do mercado para encontrar soluções para resolver os problemas gerados na pandemia. As empresas que continuaram contratando, tiveram que fazê-lo de forma remota. Foi a solução mais requisitada e não vai deixar de existir.
Além de toda a praticidade das entrevistas remotas, toda a agilidade da inteligência artificial ajuda nos processos. E temos uma aprendizagem cada vez maior da tecnologia para encontrar os profissionais mais rápido.
Mas acho que o ponto crucial, apesar de toda a tecnologia, é que todas as soluções trazem agilidade. Elas trazem um retorno financeiro, mas não deixamos de ter em mente que trabalhamos com pessoas. Então, apesar da tecnologia, a gente tem focado em um processo mais humano. E continuamos nos guiando pela experiência do candidato.
Que habilidades de liderança você mais precisa utilizar agora?
O que me guia é a curiosidade, sou muito curiosa. E escuto a todos, tenho uma tendência a escutar todos os pontos de vista antes de colocar a minha visão. Eu vou me colocar, mas antes pondero com a realidade e levo em consideração como as outras pessoas pensam diferente.
E o tempo inteiro preciso aprender. Não dá, e a pandemia deixou claro isso, para acreditar que existe só uma saída, só um ponto de partida, um de chegada e o caminho é uma linha reta. A gente vai aprender a chegar no objetivo e a forma de chegar vai ser construída a muitas mãos.
Nesse processo, preciso estar muito disposta a errar. Faz parte. Não é que a gente faça já achando que vai errar. Mas quando acontece o erro, a energia precisa ser canalizada para consertar. Então tenho que ser flexível com os meus erros, com os dos demais e com a mudança de rumo que os negócios tomam.