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Gestora KPTL nasce com R$ 1 bilhão sob gestão e 46 ativos no portfólio

Novata é resultado da fusão entre os fundos de venture capital A5 Partners e Inseed. Objetivo é dobrar de tamanho em 2020 e chegar a R$ 1,9 bilhão

Renato Ramalho, presidente da KPTL: foco em tecnologia para variados setores, como financeiro, agronegócio, saúde e energia (Divulgação/Divulgação)

Renato Ramalho, presidente da KPTL: foco em tecnologia para variados setores, como financeiro, agronegócio, saúde e energia (Divulgação/Divulgação)

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Natália Flach

Publicado em 20 de dezembro de 2019 às 11h24.

Última atualização em 20 de dezembro de 2019 às 11h25.

São Paulo - Dois fundos de venture capital que investem em empresas de tecnologia de pequeno e médio portes decidiram unir forças para competir por bons ativos e atrair investidores. O resultado da junção entre o A5 Partners e o Inseed é a gestora KPTL (lê-se capital), que nasce com 1 bilhão de reais sob gestão e 46 companhias no portfólio. Entre os principais cases das duas gestoras estão o portal de compras Shoptime, o e-commerce de moda OQVestir e o guia Kekanto/Delivery Direto.

A união das operações do A5 Partners e do Inseed ocorrerá nos próximos dias depois da aprovação dos cotistas dos fundos. Se o sinal verde for dado, no ano que vem, a KPTL vai investir em empresas por meio do quinto fundo, de 600 milhões de reais.

Os cheques do KPTL Growth Fund V para cada companhia vão variar de 5 milhões de dólares a 20 milhões de dólares. Com isso, a expectativa é ter, no portfólio, algo entre 10 e 12 companhias de tecnologia voltadas para setores financeiro, agronegócio, saúde e energia. "Assim, vamos ter fundos de praticamente todos os estágios, desde inicial (seed), passando por aquelas no meio do caminho (early) até mais maduras (late)", afirma Renato Magalhães, presidente da KPTL.

Com essa estratégia, o objetivo da KPTL é dobrar de tamanho no ano que vem e atingir 1,9 bilhão de reais sob gestão.

A criação da gestora coincide com o (re)descobrimento do Brasil por parte de grandes gestoras internacionais. Afinal, com câmbio a 4 reais e perspectiva de alta de, no mínimo, 2% do produto interno bruto, os ativos brasileiros passam a oferecer boas oportunidades de retorno no longo prazo.

"A vinda do Softbank validou nossa tese de que as empresas daqui são bons investimentos", afirma Ramalho. "Como os investidores vão buscar alternativas à renda fixa, por causa da queda da taxa de juros, é provável que parte do dinheiro seja direcionado para fundos de venture capital consolidados e com histórico de bons retornos. Por isso, decidimos nos unir", explica.

 

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