Escritório da Neoway: 30% do capital vendido à gestora CapSur (Divulgação/Divulgação)
Leo Branco
Publicado em 7 de setembro de 2021 às 19h43.
Última atualização em 7 de setembro de 2021 às 20h30.
A empresa de tecnologia catarinense Neoway, dedicada a sistemas para gestão de grandes volumes de informação (o chamado big data) acaba de ter 30% do capital vendido para a CapSur, gestora que em fevereiro liderou uma rodada de 1,1 bilhão de reais de investimento no unicórnio de logística Loggi.
O valor da transação não foi divulgado pelas partes envolvidas.
Fundada em 2002, em Florianópolis, a partir de uma tese de doutorado do engenheiro de produção Jaime de Paula na Universidade Federal de Santa Catarina, a empresa de tecnologia analisa as informações do mercado, tornando-as úteis para tomada de decisão de clientes, em geral de grande porte como bancos, varejistas e outras empresas de tecnologia.
Para isso, rastreia mais de 600 bases de dados públicas, como registros de CPF e CNPJ, em busca de modelos preditivos — em suma, cenários prováveis do que pode acontecer num determinado problema a afetar uma empresa.
Em quase duas décadas, a Neoway já atraiu investidores de peso como Endeavor Catalyst e Monashees. Ao todo foram mais de 100 milhões de dólares, dos quais 30 milhões de dólares vieram em 2018 com um aporte do fundo soberano de Singapura Temasek.
A base de dados da empresa é composta por milhares de bancos de dados, como registros de CPF e CNPJ.
Para Kadu Monguilhott, CEO da Neoway, "a operação reforça a relevância da Neoway para o mercado que passa a contar com a CapSur Capital, um investidor de grande credibilidade, que vem somar a outros grandes investidores como Accel Partners, Monashees, Temasek, Pointbreak e Endeavor Catalyst".
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